A TEORIA CONTINGENCIAL
Por: Giovani900 • 16/5/2017 • Trabalho acadêmico • 1.238 Palavras (5 Páginas) • 358 Visualizações
Abordagem Contingencial
Porque devemos conhecer a Teoria Contingencial?
“Para a Teoria da Contingência, não há nada absoluto nas organizações ou na Teoria Administrativa. Tudo é relativo, Tudo depende”.
A abordagem contingencial exige que sigamos princípios gerais da administração, porém eles precisam ser adaptados às situações particulares.
Para melhor entender a teoria contingencial é preciso destacar a adversidade administrativa:
Tipos de empresas
Que diferenças encontramos entre as empresas?
Brasileira e Multinacional, agrícola, industrial e serviços? Micro, pequenas e grandes? Tecnologia de produção, perfil dos profissionais, habilidade gerencial.
As pessoas são diferentes, as empresas também, as organizações podem ter inúmeros tipos de formatos, elas seguem princípios gerais sim, mas têm sistemas produtivos estratégias e formas de integração diferenciada conforme as características que apresentam, por isso precisam adaptar os princípios gerais da teoria da administração as circunstâncias que vivenciam. Ex: uma empresa do setor agrícola não pode agir da mesma forma que uma indústria, que têm princípios diferentes do comércio (do varejo), assim como uma empresa que possui 10 empregados deve agir diferente uma que possui 10 mil empregados. A teoria da contingência nasceu de pesquisas que ajudaram as empresas se posicionarem de forma adequada frente a realidade, ela oferece ferramentas práticas para que as organizações alcancem suas metas.
A Teoria Contingencial se deu origem através de várias pesquisas.
Pesquisas que deram origem a Teoria Contingencial:
Pesquisa 1 – Estratégia e Estrutura (Alfred Chandler)
Chandler dedicou muitos anos de sua vida ao estudo das grandes corporações (Ford, Ibm, Gm, e outras), estudando as evoluções dessas corporações ao longo de décadas e algumas delas por mais de um século, ele elaborou uma conclusão que é útil até hoje. A estratégia e estrutura estão extremamente relacionadas, se existe uma estratégia é necessária uma estrutura para atingi-la, ou seja, a estrutura segue uma estratégia. O pesquisador se inspirou particularmente nas ferrovias norte americanas, aquelas organizações tinham problemas muito graves no meio do século XIX para poder se comunicar e gerenciar suas atividades, na época não existia energia elétrica, os Estados Unidos era praticamente vazio, e precisava-se que os trens viajassem por milhares de quilômetros, portanto afim de atingirem seus objetivos e realizar as suas estratégias, as ferrovias norte americanas criaram uma estrutura, desenvolveram uma forma de chegar lá. Chandler nos ensina que a organização tem um objetivo então ela deve ter uma estrutura, ou seja, a estrutura é compatível com o objetivo? Essa estrutura permitirá atingir o objetivo? Assim também como a estratégia deve levar em consideração a estrutura da organização, portanto a estratégia é contingente a estrutura, elas caminham juntas e devem ter sintonia.
Pesquisa 2 – Organizações Mecânicas X Organizações Orgânicas (Burns e Stalker)
Organização Mecânica – refere-se aquela onde se espera que cada uma das partes da organização, pessoas, processos e estrutura funcionem de uma forma rotinizada, ou seja, padronizada, é a melhor forma para a produção em massa, para a produção em escala para as indústrias.
Suas características são:
Estrutura burocrática, com divisão de trabalho bem definida e detalhada;
- Cargos bem definidos e especializados;
- Decisões centralizadas;
- Hierarquia rígida, comando único;
- Sistema rígido de controle e informação;
- Ênfase nas regras e procedimentos formais;
- Ênfase nos princípios universais da Teoria Clássica;
Organização Orgânica – prescindem dessa padronização, mas exige flexibilidade, elas pedem ideias e criatividade, por exemplo, uma empresa de publicidade e propaganda, mesmo sendo flexível exigindo ideias novas essa organização também tem departamentos de cobranças, contabilidade etc, que exigem padronização de processos.
Suas características são:
- Estrutura organizacional flexível, com pouca divisão de trabalho;
- Cargos modificados e redefinidos, com a interação de outros funcionários que participam da mesma tarefa;
- Decisões descentralizadas e delegadas aos níveis inferiores;
- Hierarquia flexível;
- Tarefas executadas pelo conhecimento que os empregados têm da empresa;
- Amplitude de controle, com mais funcionários por supervisor;
- Confiabilidade nas comunicações;
- Ênfase nos princípios da Teoria das Relações Humanas;
Pesquisa 3 – Diferenciação e Integração (Pau R. Lawrence e Jay W. Lorsch)
Esta forma de pensamento nos faz refletir sobre como o trabalho é organizado dentro da organização. Esses dois pesquisadores observaram o seguinte; à medida que uma organização cresce ela se diferencia, cria seus níveis estratégicos, táticos e operacionais. As suas diretorias criam gerências, que por sua vez criam supervisões e assim sucessivamente, ou seja, as atividades vão se subdividindo. Ex: quando começamos uma empresa, trabalhamos uma, duas, três pessoas; à medida que cresce e se contrata mais pessoas, as atividades começam a se diferenciar, e os profissionais que a compõem, acompanham esse processo, em outras palavras, quanto maior a organização maior a probabilidade de encontrarmos nela especialistas, porém isso pode levar a um problema, se as pessoas fazem atividades especializadas, como essas especialidades se coordenam? Como se controla para saber se as atividades estão em sintonias? Essa teoria finaliza com as ferramentas de integração, é fundamental que uma empresa à medida que cresça também desenvolva ferramentas para que as pessoas se comuniquem, se entendam, distribuam trabalhos entre si e de forma que não haja problemas dessa natureza, essas ferramentas seriam; distribuir um e-mail para todo mundo, ter um jornal interno que passe a comunicação, criar escritórios no máximo possíveis sem biombos, sem vidros, sem divisórias de forma que as pessoas possam interagir umas com as outras, ter uma associação esportiva que as pessoas possam conversar de uma forma íntima, informal, na qual as pessoas possam se aproximar enquanto indivíduos que servirá depois no dia a dia prático. Portanto é necessário saber que na medida em que a empresa cresça, as suas funções se diferenciem, se especializem, porque isso gera maior eficiência.
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