Resenha - Teoria Contingencial De Fiedler
Dissertações: Resenha - Teoria Contingencial De Fiedler. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: kassiano1978 • 16/10/2014 • 1.373 Palavras (6 Páginas) • 1.268 Visualizações
CRUZ, Maria Rosa Pires da. Teoria Contingencial de Fiedler: aplicação prática da escala Least Prefered Co-Worker (LPC). Universidade da Beira Interior. Departamento de Gestão e Economia (DGE). Faculdade das Ciências Sociais e Humanas. Portugal, 2010.
O texto busca demonstrar alguns entendimentos sobre a liderança na perspectiva contingencial, investigando a teoria de Fiedler, que possui por premissa básica que o desempenho do grupo passa a ser contingencial na medida em que depende da interação dos estilos de liderança e das situações favoráveis para o líder.
Especifica o texto que qualquer organização requer gestão, e a gestão requer um certo nível de habilidade de liderança. Onde, o sucesso das empresas depende da sua habilidade em empreender as competências e conhecimentos dos trabalhadores, pois para ser competitiva, as empresas devem estimular os empregados e encorajar as suas iniciativas. Este clima proativo requer mais do que um gestor tradicional, mas sim, um líder que possa ajudar a desenvolver os empregados, instalando um sentido de empenho e compromisso.
A liderança possui caráter universal no instante que é manifestada de uma maneira ou de outra ao longo de diferentes organizações e contextos. Todas as culturas possuem lideres, por isso, existem diversas definições sobre liderança assim como o número de pessoas que tem tentado definir este conceito, segundo o entendimento do autor do texto, a liderança é um processo e uma característica.
Existem diversas teorias de liderança, podendo destacar as teorias dos traços, comportamental, contingencial e as novas abordagens de liderança. A teoria dos traços possui por objetivo identificar um conjunto de traços que ajudariam a selecionar a pessoa certa para cargos que requeriam uma liderança eficiente. Essa teoria fracassou por não considerar as interações entre os líderes e os subordinados e nem as condições situacionais.
A teoria comportamental busca identificar os determinantes da liderança para que se pudessem treinar as pessoas para serem líderes. Determinados enfoques do comportamento do líder enfocaram na identificação dos melhores estilos de liderança. O fracasso dessa teoria quando do esclarecimento dos estilos apropriados de liderança são moderados por restrições situacionais. É neste sentido que as teorias contingenciais e as transformacionais dominam o pensamento atual da liderança.
A teoria contingencial objetiva a eficiência do desempenho do grupo dependendo da combinação entre o estilo do líder na interação com os seguidores e o grau das circunstâncias que possibilitam ao líder controlar e influenciar. Este modelo teve algum sucesso, mas também obteve algumas fraquezas.
Já as novas abordagens da liderança integra as teorias transformacionais, transacional e laissez-faire. Estas teorias se direcionam ao líder alcançar confiança e respeito dos seguidores, alcançando assim a liderança por meio de um processo contínuo organizado, onde o comportamento do líder é modificado em conformidade com o feedback dos seguidores.
A teoria contingencial de Fiedle possui por premissa básica o desempenho do grupo dever ser contingencial na medida em que depende da interação dos estilos de liderança e das situações favoráveis para o líder. Com isso, Fiedler faz uso da distinção entre estilos de liderança para as tarefas e estilo de liderança voltada para o relacionamento, sugerindo relacionar estes estilos de liderança com diversos tipos de situação, com o intuito de definir quais as contingências que tornam eficaz um ou outro estilo.
Esta teoria identifica que a orientação para a tarefa e a orientação para o relacionamento traduzem sobretudo prioridades motivacionais dos líderes e uma não é melhor que a outra. Pois, os líderes determinados para as tarefas estão preocupados inicialmente em alcançar os objetivos, enquanto que os líderes motivados pelos relacionamentos preocupam-se em desenvolver relações interpessoais estreitas.
Para classificar os estilos de liderança, Fiedler estabeleceu a escala LPC (Least preferred co-worker – o colaborador menos preferido). Esta escala é representada em formato de questionário e nele são pedidos aos respondentes que descrevam o companheiro que já trabalharam que preferem menos tendo em conta uma lista de 16 adjetivos bipolares numa escala de 1 a 8. As respostas a esta escala são somadas e calculada a sua média, que representa o LPC.
O texto demonstra que a teoria de Fiedler possui outro fator importante, que são as variáveis situacionais, estas variáveis são necessariamente definidas como o grau que a situação permite ao líder exercer influência sobre o grupo. O controlo e a influência do líder são determinados por três fatores situacionais: relação líder – membros - o grau de confidência, confiança e respeito que os seguidores tem para com o líder; estrutura das tarefas – o grau de formalização e dos procedimentos operativos standards na atribuição do trabalho e; Poder formal- o líder influencia toda as atividades baseadas em poder como a contratação, o despedimento, a disciplina, as promoções e os aumentos salariais.
Assim, a escolha de uma destas medidas prende com o tipo de estudo. Fiedler esclarece ainda que o método sociométrico é mais recomendado para os grupos naturais onde existe já um conhecimento recíproco.
Convém ressaltar que a estrutura das tarefas é operacionalmente
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