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A UTILIZAÇÃO DO EDI (ELETRONIC DATA INTERCHANGE) COMO UMA FERRAMENTA PARA O GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

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Por:   •  1/10/2013  •  Tese  •  3.101 Palavras (13 Páginas)  •  642 Visualizações

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A UTILIZAÇÃO DO EDI (ELETRONIC DATA INTERCHANGE) COMO UMA FERRAMENTA PARA O GERENCIAMENTO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS

Resumo

O objetivo do presente trabalho é a análise da utilização do EDI entre os parceiros de negócios e a apresentação dos seus principais conceitos. A necessidade de agilidade na troca de informações dentro da cadeia de suprimentos, faz do EDI uma poderosa ferramenta para as companhias. As maiores dificuldades para a implementação do EDI são problemas com a padronização e os altos custos iniciais, que podem ser amenizados com a sua utilização via Internet.

Key words: Manufacturing Integration, Electronic Data Interchange (EDI), Supply Chain Management, Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos

1. Introdução

No mundo atual, onde as empresas cada vez mais necessitam tornar-se mais competitivas, por uma questão de sobrevivência, o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos do termo em inglês Supply Chain Management tornou-se um aspecto muito importante. O conceito da terceirização é muito utilizado, e com isso a cadeia de suprimento está mais complexa a cada dia, e este gerenciamento mais difícil ainda.

A competição global evidenciou a necessidade do compartilhamento de informações entre os projetistas do produto, fabricantes, e distribuidores. Como resultado, muitas companhias necessitam do fluxo de informação através da cadeia de valores (suprimentos), desde a compra de matéria prima e componentes, P&D, manufatura para distribuição e marketing, e suporte de produtos no pós-vendas (Cash & Konsynsk, 1985; Clemons & McFarlan, 1988; Gurbaxani & Whang, 1991). O estabelecimento dos sistemas de informação inter-organizacionais (Barret & Konsynski 1982) melhoraram a dinâmica dos negócios através do fornecimento oportuno do compartilhamento das informações.

O EDI, é uma nomenclatura universal, para padronizar “Eletronic Data Interchange”, conforme a norma ISO 9735. Seus conceitos foram inicialmente desenvolvidos na França, desde 1987, sendo que o número de aplicações vem crescendo rapidamente.

O EDI foi definido pela padronização Francesa (Marcillet, 1994), EDIFRANCE, como: “transferência de dados de computador para computador, entre parceiros de negócios (Preston, 1988; Hinge,1988), usando mensagens eletrônicas de dados, estruturados e agrupados, na forma de mensagens padrões, desta forma, favorecendo a diminuição de custos, e aumentando a produtividade da companhia, melhorando os procedimentos, e reduzindo custos. Esta é uma nova forma de comunicação entre parceiros econômicos, nos quais os documentos em papel não são mais necessários”.

Sendo de vital importância as normalizações, para que as transações via EDI, sejam bem sucedidas. Este assunto é um dos principais problemas da Implantação do EDI ao longo da Cadeia de Suprimentos, pois as companhias podem adotar padrões diferentes de EDI (Malo, 1996).

Para resolver os problemas de padronizações, muitas empresas utilizam as VANs (Value Added Network Services).

Os dados para uma transmissão via EDI, necessitam estar estruturados, tal como: número do produto, nome do cliente, quantidade, etc. Devemos diferenciar o EDI do eletronic mail, onde os dados devem ser transmitidos de um ad hoc enquiry, contendo forma não reconhecida. O EDI pode ser visto como um sistema de cooperativa, requerendo a colaboração de pelo menos duas partes, usualmente com diferentes objetivos de negócios. Este sistema de cooperativa pode envolver as corporações e seus fornecedores e clientes; corporações e seus bancos, entre as join ventures de uma companhia, ou entre competidores (Preston, 1988).

Para muitos, se não para todos os negócios, o EDI é uma etapa inicial radical, ele envolve não somente um investimento em hardware e software, taxas de network e custos de desenvolvimento, entretanto, mais significante ainda, é um re-pensar do relacionamento entre cliente e fornecedor, uma adaptação nas práticas de trabalho, e uma dramática alteração no ciclo de negócios (Preston, 1988).

Na reposição automática de estoques feita através do EDI, por exemplo, são enviados diariamente para o fornecedor os dados do movimento de saída de seus produtos das lojas dos clientes. O sistema vai controlando os dados do estoque até que, atingido um certo limite pré determinado, ele próprio ordena a reposição desta mercadoria automaticamente, enviando já uma nova remessa de produtos e emitindo as notas fiscais. Desta forma, elimina-se a necessidade do pedido, podendo ficar a cargo do próprio fornecedor o controle do estoque do cliente (Tecnologista, set 96).

O EDI, oferece um grande número de vantagens, entre as quais pode-se citar:

• a economia de tempo, devido ao aumento da velocidade na troca de informações;

• reduções: de pessoal, de papel, de inventário, do tempo para o ciclo de transações comerciais do lead time (Wang e Seidmann, 1995);

• a qualidade da informação, pois diminui a possibilidade de erros de processamento, durante a troca de informações;

• Permite uma ligação muito próxima com o fornecedor;

• Facilita a coordenação do fluxo de material num ambiente JIT (Srinivasan et al., 1994);

• a confiabilidade e disponibilidade da informação, pois a circulação de informações não depende do movimento físico de documentos, no qual somente o operador que possui o documento, tem acesso as informações (Marcillet, 94; Preeston 88).

2. Padronização

Dois padrões tem sido mais utilizados, o Ansi X12, nos Estados Unidos e o EDIFACT (Eletronic Data Interchange for Administration, Commerce and Transport) na Europa (Marcillet; 94).

Várias tentativas tem sido feitas para que exista uma nomenclatura mundial, mas isto tem se mostrado muito difícil. A estratégia de planos da AIAG (Automotive Industry Action Group), inclui como objetivo, acelerar o desenvolvimento de soluções globais, utilizando padrões internacionais (Malo, 1996). A AIAG tem um guia para Implementação do EDI, usando o padrão X12.

O Brasil adota o padrão Europeu de documentos (Iaderosa,1992). Dentro dele existe uma série de documentos formatados. No Brasil segue-se a norma ABNT NBR 12963 (Tecnologista, set 96).

A adaptação e adoção de documentos padronizados foi um passo importante para a compreensão do que era

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