A vida da amélia
Por: scdstomars • 17/11/2015 • Bibliografia • 962 Palavras (4 Páginas) • 176 Visualizações
PROCESSOS PSICOLÓGICOS BÁSICOS
Amanda Leonardo Pereira RA: C65838-3
Gabriela Franco de Oliveira RA: C63666-5
Mariana Carrara RA: C54GBI-0
ÍNDICE
FILME: Á PRIMEIRA VISTA – IRWIN WINKLER.............................................. 3
RELAÇÃO ENTRE O FILME E A TEORIA......................................................... 4
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................... 5
- FILME: Á PRIMEIRA VISTA – IRWIN WINKLER
O filme, baseado em um caso de estudo de Oliver Sacks, conta a história de Virgil, um massagista que perdeu total visão aos 3 anos e teve que se adaptar ao mundo em que estava inserido. Sua irmã, Jennie e sua cão-guia, são responsáveis por ajudar Virgil em sua rotina. Ele desenvolveu diversas habilidades como patinar no gelo e jogar hockey, tem seus sentidos de audição, olfato e tato aguçados. E apesar do auxílio de sua irmã, apresenta extrema autonomia e conhecimento tanto de sua cidade quanto do clima característico.
Amy é uma arquiteta que estava de passagem pelo Hotel onde Virgil trabalhava como massagista. Em uma sessão, se conhecem e logo iniciam um relacionamento o qual Jennie não é a favor.
Amy faz diversas pesquisas de como Virgil poderia recuperar a visão e encontra um procedimento que realmente acreditava que daria certo. Embora Virgil já tivesse passado por diversas outras cirurgias quando criança para a tentativa de recuperação de sua visão, ele concorda em fazer o procedimento em New York e assim viveria com Amy.
Mesmo sendo contrariada, Jennie não impede que seu irmão siga com sua vida, e então ele se muda para o apartamento da namorada onde terá de se adaptar ao novo espaço.
Com o procedimento finalizado, Virgil não sabe por onde começar sua adaptação ao novo mundo que via diante seus olhos. Não tem noção de distância, perspectiva, formas e cores, não tem memória fotográfica, portanto não identificava quem estava à sua frente sem que a pessoa dissesse alguma palavra, para que pudesse confiar em sua audição. Basicamente continuava cego, pois ainda precisava de seus outros sentidos para começar a reconhecer as formas. Ele “enxergava, mas não conseguia ver”. Tinha percepção igual a de um recém-nascido, não entendia, por exemplo, o que era seu reflexo em um espelho, ou sua sombra. Parece se sentir mais calmo de olhos fechados para que sua visão não o confundisse, confiava mais nos sentidos que usava antes. Tal fenômeno é conhecido como Agnosia Visual.
Depois de iniciar sua adaptação visual, Virgil começa a ter rápidos flashes de cegueira. Ao procurar o médico que fez sua “milagrosa” cirurgia, não houve dúvidas de que ele voltaria ser cego, e então teria de retomar sua antiga rotina. Ao contar para Amy que voltará ser cego, Virgil decide ir embora justamente para que ela não se envolvesse em sua rotina.
- RELAÇÃO ENTRE O FILME E A TEORIA
Os sentidos são fundamentais na apropriação da realidade. A realidade de Virgil não incluía a visão. Por não ter memórias visuais, Virgil desenvolveu e adaptou seus outros sentidos: audição, olfato e tato.
Para entender essa adaptação é necessário diferenciar sensação de percepção.
Sensação é a compreensão da captação dos estímulos pelos órgãos de sentidos que levam até o cérebro as informações obtidas. A percepção é o processo de transformação dos estímulos que não possuem sentido e dar a eles novos significados.
Com isso, podemos relacionar o que aconteceu com Virgil, com bases teóricas.
Seja em sua casa, ou em sua cidade, ele faz pelo uso de sua autonomia para a identificação de objetos, lugares. Praticava patinação no gelo e aparentava ter discernimento sobre as mudanças climáticas por meio da apropriação sensorial que adquiriu, desenvolveu e adaptou para dentro de seu mundo.
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