AS TEORIAS E TIPOS DE LIDERANÇA
Por: Erica Rosolen • 13/4/2020 • Bibliografia • 2.314 Palavras (10 Páginas) • 156 Visualizações
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CONCEITO-CHAVE
O QUE É LIDERANÇA?[pic 6]
A liderança é um tema muito interessante, pois todos nós, de alguma forma, sabemos o que esse conceito signi ca e somos capazes de reconhecer os líderes ou até mesmo de nos reconhecer enquanto líderes. Em razão de nossa vivência pessoal e pro ssional, é possível que identi quemos aqueles líderes que avaliamos como bons e aqueles que percebemos como ruins ou inadequados.[pic 7]
REFLITA
Procure lembrar-se de alguém que tenha in uenciado sua vida de forma importante. Pense nas qualidades que caracterizam essa pessoa. Ela pode ser considerada líder? Que tipo de líder?[pic 8]
Para Robbins (2002, p. 304), a liderança pode ser de nida como “a capacidade de in uenciar um grupo em direção ao alcance de objetivos”. Por sua vez, Gri n e[pic 9]
Moorhead (2015, p. 276) a rmam que a “liderança é um processo e uma qualidade. Como processo, envolve o uso de in uência não coercitiva. Como qualidade, é um grupo de características atribuídas a alguém que usa com êxito a sua in uência”.
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Os estudos sobre liderança despertam grande interesse nas organizações e nos pesquisadores. Embora com objetivos e visões diferentes, ambos os lados entendem a liderança como um processo fundamental para a compreensão do comportamento de indivíduos e grupos.
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O tema ganha amplitude porque pode ser entendido e aplicado por qualquer tipo de organização ou, ainda, pela sociedade em geral, como no caso de movimentos grupais de cunho social, político ou cultural. Assim, a liderança tem sido um tema muito discutido ao longo da história e, ainda hoje, gera novas discussões e pesquisas. Bergamini (1994) a rma que o termo “liderança” surgiu por volta de 1300. Alguns autores indicam os primeiros estudos formais sobre liderança apareceram ainda no campo da História e da Filoso a há séculos (MELO, 2014), enquanto outros autores consideram que esses estudos vieram do movimento das relações humanas entre as décadas de 1920 e 1930 (ROCHA, 2000).
Ao longo desse histórico, muitas teorias e abordagens foram desenvolvidas. Em uma tentativa de compilação desse conjunto, Bass (1990, p. 11 apud MELO, 2014, p. 217) expõe:
A liderança tem sido concebida como centro no processo de grupo, como uma questão de personalidade, um exercício de in uência e de persuasão, como resultante de comportamentos especí cos, relação de poder, como um instrumento para alcançar metas, um esforço de interação, como um papel diferenciado, como uma iniciação da estrutura e como muitas combinações dessas de nições.
Com base nessa constatação, podemos entender que as possibilidades de discussão sobre liderança são múltiplas e diversas.
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TEORIAS TRADICIONAIS SOBRE LIDERANÇA
TEORIA DOS TRAÇOS[pic 13]
Uma das primeiras abordagens contemporâneas sobre a liderança diretamente focada nos processos organizacionais foi desenvolvida com base na crença de que os líderes “nascem prontos”, ou seja, são pessoas que possuem um conjunto de características que, quando combinadas, favorecem o exercício da liderança como um dom natural. Essa forma de entender a liderança é conhecida como Teoria dos Traços.
Segundo Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 322): “a abordagem dos traços tentava identi car traços de caráter duradouros e estáveis que diferenciavam líderes de não líderes”. Nessa perspectiva, foram elencados diversos traços relacionados à liderança, como inteligência, energia, autocon ança, alguns traços físicos, como estatura e formato do corpo, ou outros aspectos, como caligra a e signo astrológico.
Essa abordagem foi alvo de muitas críticas, especialmente por, de alguma forma, delimitar “líderes” e “não líderes”, favorecendo a discriminação, o preconceito e os
estereótipos. Academicamente, as críticas se baseiam na não comprovação de uma
relação direta entre a liderança e os inúmeros traços identi cados nas pesquisas.
BIG FIVE (OU MODELO DOS CINCO GRANDES FATORES)
A compreensão de que alguns traços pessoais podem de nir a liderança ainda vem sendo utilizada como base para estudos mais recentes, como o modelo Big Five. Ele foi desenvolvido mediante estudos de personalidade que tiveram origem nos anos 1930, por McDougall, e foram utilizados como base para estudos posteriores, chegando até a atualidade. O modelo, conhecido no Brasil como Modelo dos cinco grandes fatores, tem sido base para pesquisas em várias culturas ao redor do mundo e tem se mostrado uma alternativa e ciente, com bons resultados de comprovação empírica (SILVA; NAKANO, 2011). Por meio desse modelo, foi criada uma escala em que os cinco fatores podem ser objetivamente avaliados, sendo eles: [pic 14][pic 15][pic 16]
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Fonte: adaptado de Robbins, Judge e Sobral (2010, p. 130).
Embora o modelo não tenha como foco a exploração e a compreensão da liderança, mas, sim, a personalidade, alguns de seus fatores vêm sendo relacionados ao exercício e ciente da liderança, como a extroversão e a conscienciosidade, no sentido de que essas características de personalidade[pic 17][pic 18]
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favorecem a visibilidade e a con ança necessárias ao exercício da liderança.2
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Esse modelo também sofre críticas por parte de pesquisadores em razão da carência5
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de de nições mais claras dos fatores, além de não ter base em uma teoria da personalidade especí ca e aceita cienti camente (LIMA; SIMÕES, 2000).
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Há ainda outros modelos teóricos que discorrem sobre a liderança, como as teorias situacionais de liderança.
TEORIAS SITUACIONAIS DE LIDERANÇA
Estas teorias têm como uma de suas bases as teorias comportamentais, que investigam a forma como os líderes atuam e, por consequência, in uenciam o comportamento do grupo. Com base em uma análise crítica desses estudos, as teorias situacionais (também conhecidas como contingenciais) foram
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