ATIVANDO O EMPREENDEDORISMO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Por: Douglas Garcia • 30/4/2021 • Trabalho acadêmico • 2.217 Palavras (9 Páginas) • 168 Visualizações
Ativando o empreendedorismo em tempos de pandemia
Douglas Ragazzi¹
Lais Santos Ribeiro¹
Layla Gallina¹
Ednea Zandonadi Brambila Carletti²
¹Graduandos em Administração da Faculdade Multivix Castelo.
²Mestre em Ciência da Informação pela PUC-Campinas. Especialista em Informática na Educação pelo IFES. Graduada em Pedagogia pela FAFIA. Professora da Faculdade Multivix Castelo.
Resumo
O objetivo foi relatar a crise financeira desencadeada pelo grande índice de desemprego no país gerada pela pandemia do novo Corona Vírus. A pesquisa foi de caráter qualitativo visando analisar o crescimento dos novos empreendedores que buscaram uma maneira alternativa para gerar renda, considerando que a maioria teve seu contrato de trabalho suspenso devido a pandemia. Analisamos que apesar do contexto adverso para os negócios em geral, pequenos empreendimentos estão implementando inovação para enfrentar a crise. Foi observado também que diversas instituições financeiras fizeram a liberação de novas linhas de crédito e facilitaram a obtenção de recursos para que novas empresas se formem e até mesmo para que empresas já existentes possam investir em novas alternativas para um aumento de receita.
PALAVRAS CHAVE: Empreendedorismo; Análise De Cenário Econômico; Pandemia E O Mercado De Trabalho; Nova Fonte De Renda.
ABSTRACT
The objective was to report the financial crisis triggered by the high unemployment rate in the country generated by the pandemic of the new Corona Virus. The research was quantitative in nature, aiming to analyze the growth of new entrepreneurs who sought an alternative way to generate income, considering that the majority had their employment contract suspended due to the pandemic. We analyze that despite the adverse context for business in general, small enterprises are implementing innovation to face the crisis. It was also observed that several financial institutions released new lines of credit and made it easier to obtain resources for new companies to form and even for existing companies to invest in new alternatives to increase revenue.
KEYWORDS: Entrepreneurship; Economic Scenario Analysis; Pandemic And The Labor Market; New Source Of Income.
- INTRODUÇÃO
Nos diais atuais é cada vez mais comum nos depararmos com pequenas empresas que surgem com novas propostas inovadoras e atuais, cada uma delas com sua própria identidade e característica. Ser um empreendedor é sair da área de conforto do sonho idealizado apenas no papel, empreender é buscar e abraçar a oportunidade que está na sua frente e que ninguém percebe. O grande diferencial dos empreendedores, portanto, é esse. Eles não deixam que as suas ideias fiquem presas ao plano das ideias: eles as recriam ativamente no mundo real.
Logo no primeiro trimestre de 2020 nos deparamos com uma pandemia global que abalou drasticamente a economia do nosso país e fazendo com que o índice de desemprego no país alcançasse recorde histórico, as demissões superaram as contratações com carteira assinada em 860.503 postos de trabalho, em abril. Foram 1.459.099 desligamentos e 598.596 contratações, fazendo assim o saldo de abril o pior dos tempos. Segundo o Ministério da Economia, os dados mostram que a queda no número de contratações contribuiu de forma expressiva para o saldo negativo de empregos formais.
Com esse cenário catastrófico, várias pessoas se viram em uma situação crítica e sentiram a necessidade de buscar novas alternativas, muitas dessas pessoas resolveram abrir seu próprio negócio, Nos nove primeiros meses deste ano, o número de microempreendedores individuais (MEIs) no país cresceu 14,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado, chegando a 10,9 milhões de registros. Foram 1.15 milhões de novas formalizações entre o fim de fevereiro, pouco antes do início da pandemia, até o fim de setembro, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal. Somados às mais de 7,5 milhões de micro e pequenas empresas, esse setor representa 99% dos negócios privados e 30% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos) do país. Impulsionados pela crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, os brasileiros estão buscando na atividade empreendedora uma alternativa de renda. Com isso, uma estimativa feita pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) mostra que aproximadamente 25% da população adulta estarão envolvidos, até o fim do ano, na abertura de um novo negócio ou com uma empresa com até 3,5 anos de atividade.
"O desemprego está levando as pessoas a se tornarem empreendedoras. Não por vocação genuína, mas pela necessidade de sobrevivência", diz Carlos Melles, diretor-presidente do Sebrae. Comemorado nesta segunda-feira (5), o Dia da Micro e Pequena Empresa marca também um dos momentos mais desafiadores para os pequenos negócios no país. O diretor-presidente do Sebrae vem defendendo que as medidas de estímulo aos pequenos negócios sejam prorrogadas. Com o fim do prazo do adiamento do pagamento de impostos, como o Simples Nacional, Melles vem trabalhando para que o Congresso Nacional aprove medida que concede moratória aos tributos suspensos entre os meses de abril e setembro. Ele não descarta, inclusive, a necessidade de uma anistia aos empreendedores. "A gente tem a expectativa de que o governo perceba que se não azeitar esse contingente que segura o Brasil, vamos ver muitos negócios sendo encerrados".
Dados do Ministério da Economia mostram que as empresas optantes do Simples Nacional geram mais da metade dos empregos formais (cerca de 55% do estoque de empregos formais) e participam de 44% da massa salarial.
- INOVAÇÃO NA CRISE
Apesar do contexto adverso para os negócios em geral, pequenos empreendimentos estão implementando inovação para enfrentar a crise. Levantamento feito pelo Sebrae na última semana de agosto mostra que as vendas online continuam em alta entre as micro e pequenas empresas que têm utilizado canais digitais, como as redes sociais, aplicativos ou internet como plataformas para comercialização de produtos e serviços. Enquanto no levantamento feito no fim de maio, 59% das empresas utilizavam esses canais, atualmente esse percentual chega a 67%. Entre os empresários ouvidos, 16% passaram a vender por meio de ferramentas digitais a partir da chegada do nova corona vírus ao país.
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