ATPS (Atividade Prática Supervisionada). Administração Científica
Seminário: ATPS (Atividade Prática Supervisionada). Administração Científica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: natali • 11/11/2013 • Seminário • 5.923 Palavras (24 Páginas) • 441 Visualizações
Profª : Mônica Santolani
ARTIGO
Trabalho de graduação do 2º semestre do curso de Administração de Empresas, Solicitado pelo professor Jamil Alld, na disciplina de Administração, como requisito avaliativo da extensão de ATPS (Atividade Prática Supervisionada).
Desenvolvimento
As diversas teorias desenvolvidas na Administração demonstram a preocupação do ser humano em se aperfeiçoar e atender as necessidades de cada período. Como prova disso podem-se notar as diversas teorias que surgiram no decorrer dos anos, cada uma dando ênfase em determinada área ou problema. Abaixo trataremos especificamente dos princípios de cada uma dessas teorias.
Administração Científica
A Administração Científica é um método que surgiu no final do século XIX e início do século XX e tem por criador o engenheiro americano Frederick Winslow Taylor. A Escola da Administração Científica era formada principalmente por outros engenheiros, como Henry Lawrence Gantt, Frank Bunker Gilbreth, Harrington Emerson dentre tantos outros. Henry Ford geralmente é citado como um dos seguidores dessa teoria por aplicar seus princípios em sua empresa (Chiavenato 2000).
A Administração Científica recebe esse nome pelo fato de se caracterizar pela introdução de métodos científicos na tentativa de resolução dos problemas da Administração com o intuito de alcançar elevada eficiência industrial. Essa teoria da ênfase nas tarefas dos operários, que são vistos como a unidade fundamental na organização. A teoria baseia-se na ideia de que melhorando o trabalho e a produtividade dos funcionários melhora-se também a organização.
Em 1903 Taylor publica seu primeiro livro Shop Management (Administração de oficinas), que trata das técnicas de racionalização do trabalho dos operários através do Estudo de Tempos e Movimentos. Segundo (Chiavenato, 2000). “Taylor começou por baixo, junto com os operários no nível de execução, efetuando um paciente trabalho de análise das tarefas de cada operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-os e racionalizando-os”.
Segundo Faria (2009), Taylor também defende que a remuneração do trabalhador deveria ser feita com base na remuneração alcançada, pois desta forma, ele teria um motivo para produzir mais. Taylor queria aproveitar ao máximo a capacidade de cada operário, pois, em sua opinião, muitos tinham mais capacidade para produzir e não o faziam por falta de motivação.
Apesar de tantas outras teorias que surgiram nota-se que alguns aspectos da Administração Científica predominam até hoje, como a divisão do trabalho. Antes do surgimento da teoria o operário participava de todas as etapas da confecção de um produto. Depois do surgimento da mesma, esse trabalho passou a ser dividido em etapas, onde cada operário cuida de determinada parte na fabricação deste produto. Isso elevou a competitividade das empresas, pois proporcionou uma aceleração no processo de produção, colocando mais produtos no mercado, além de atribuir também competências específicas para cada operário, pois houve a divisão racional do trabalho.
Teoria Clássica
A Teoria Clássica de Henry Fayol surgiu em 1916 e começou a ganhar espaço na França, espalhando-se posteriormente por toda a Europa: Segundo Chiavenato (2000 p.82), “a Teoria Clássica se caracterizava pela ênfase na estrutura que a organização deveria possuir para ser eficiente”. Enquanto na Administração Científica de Taylor pressupunha-se que partindo do operário para o todo na organização que se obtinha a eficiência, na Teoria Clássica acreditava-se que a eficiência era obtida através do bom funcionamento da estrutura como um todo.
Através de sua teoria, divulgada no livro Administration Industrielle ET Générale, Fayol fortaleceu o conceito de competências de cada empregado nas empresas, por exemplo, através da ideia que cada setor deveria ter um supervisor, que exerceria atividades administrativas dentro da área que lhe competia, no chamado Princípio da Unidade de Comando, um dos 14 Princípios Gerais da Administração. Suas ideias também foram divulgadas por Gulick e Urwick, que ampliaram a visão da Teoria Clássica sem se afastar tanto da visão de Fayol.
Para Chiavenato (2000 p. 87), “a Teoria Clássica caracteriza-se por seu enfoque prescritivo e normativo”. Isso significa que ela dita o que o administrador deve fazer e como deve fazer. Ainda conforme Chiavenato (2000 p. 88) “para a Teoria Clássica a estrutura é analisada de cima para baixo (da direção para a execução) e do todo para as partes (da síntese para a análise) ao contrário da abordagem da Administração Científica”.
Algumas críticas são feitas em relação à Teoria Clássica da Administração, pelo fato de seus estudiosos não considerarem seus aspectos externos e tratarem a organização como uma máquina que estava pouco sujeita a intervenções externas. Apesar de ser uma teoria que permite uma abordagem sistemática e ordenada, se fosse hoje seguida à risca, provavelmente a competitividade das empresas seria prejudicada, visto que possui uma abordagem fechada da organização.
Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas, também chamada de Escola Humanística da Administração surgiu nos Estados Unidos, através dos resultados de uma pesquisa elaborada por Elton Mayo (Experiência de Hawthorne), em oposição à Teoria Clássica que era vista pelos americanos como uma maneira de exploração de empregados. Com o intuito de corrigir a desumanização do trabalho humano nasceu a Teoria das Relações Humanas, através da aplicação de métodos científicos e precisos (Chiavenato, 2000, p.107).
No ano de 1927 o Conselho Nacional de Pesquisas dos Estados Unidos iniciou uma experiência na fábrica de Hawthorne da Western Eletric Company, em Chicago, coordenada por Elton Mayo que já havia feito uma pesquisa em uma indústria têxtil e obtido bons resultados. Segundo Pereira (2007) o objetivo era fazer uma avaliação da correlação entre iluminação e eficiência dos operários, através da medição da produção. A experiência de Hawthorne traçou os princípios básicos da Teoria das Relações Humanas, apresentando diversas conclusões.
Foi constatado que a produtividade de determinado funcionário não é determinada pelo potencial físico ou fisiológico dos mesmos, mas por normas sociais
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