Administração, uma habilidade humana

ADMINISTRAÇÃO, UMA HABILIDADE HUMANA.

A administração é com certeza uma habilidade humana que se desenvolve após séculos de evolução pela grande necessidade das organizações. Sobre os acontecimentos sociais que ocasionaram o surgimento das Teorias da Administração:

1. Antecedentes Históricos da Administração

Teve início apenas em meados do século XX. A história da Administração foi influenciada por muitas correntes, a saber:

1.1. Influência dos Filósofos

Suas definições se deram a partir dos pensamentos de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles. Muitos princípios da Administração, como o da divisão do trabalho, da ordem e do controle surgiram por meio dos pensamentos filosóficos da época.

1.2. Influência da Igreja Católica

Havia uma hierarquia de autoridade, um estado-maior e uma coordenação funcional, que juntas e comandadas por uma única pessoa – o Papa – e que, bem-sucedida serviu de modelo para diversas organizações.

1.3. Influência da Organização Militar

Esta influenciou a organização linear, o princípio da unidade de comando e a escala hierárquica, a centralização do comando e a descentralização da execução, pensamento estratégico e a necessidade de disciplina e planejamento.

1.4. Influência da Revolução Industrial

A moderna administração surgiu em resposta as duas consequências provocadas pela Revolução Industrial: Crescimento acelerado e desorganizado das empresas que passaram a exigir uma administração cientifica capaz de substituir o empirismo e a improvisação. Necessidade de maior eficiência e produtividade das empresas, para fazer face à intensa concorrência e competição no mercado;

1.5. Influência dos Economistas Liberais

Surge o conceito de livre concorrência e de liberalismo econômico. Adam Smith funda a economia clássica, cria os conceitos de racionalização da produção, especialização e divisão do trabalho, reforçou o planejamento e da organização dentro das funções da administração. O socialismo e do sindicalismo obrigam o capitalismo de todos os meios de produção e a adequada remuneração. Surge então a racionalização do trabalho como um todo.

1.6. Influência dos Pioneiros e Empreendedores

Crescimento da preocupação com o consumo direto; - surgimento das indústrias ferroviárias, de ferro e de aço; surgimento dos ‘impérios industriais’ e dos gerentes profissionais; surgimento do ramo de bens duráveis; preocupação com as vendas; desenvolvimento da organização do tipo funcional; preocupação com os meios de redução de custos. Surgem as fusões de empresas e aparecem os primeiros oligopólios.

Podemos citar como sendo os precursores da administração, seus princípios e contribuições:

Frederick W. Taylor, engenheiro e criador da Teoria da Administração Científica, a qual se baseia na estrutura formal e nos processos das organizações, preconizava a prática da divisão do trabalho, enfatizando tempos e métodos a fim de assegurar seus objetivos, a máxima produção com o mínimo de custo seguindo os princípios da seleção cientifica do trabalhador, do tempo padrão, do trabalho em conjunto, da supervisão e da ênfase na eficiência. Os quatro princípios fundamentais da Administração Científica são: princípio do planejamento, princípio da seleção dos trabalhadores e princípio do controle.

Henri Fayol, engenheiro e criador da Teoria Clássica da Administração parte de uma abordagem sintética, global e universal da empresa, com uma visão anatômica e estrutural. Fayol procurou demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados de gerência, os resultados desejados podem ser alcançados. Criou 14 princípios da Teoria Clássica: Divisão de Trabalho, autoridade e responsabilidade, disciplina, unidade de comando, unidade de direção, subordinação do interesse individual ao geral, remuneração do pessoal, centralização, cadeia escalar, ordem, equidade, estabilidade do pessoal no cargo, iniciativa e espirito de equipe.

Na busca de um meio termo entre Organizações Mecanicistas X Organizações Flexíveis à gestão participativa surge como um avanço, unindo a racionalização da produção capitalista (de acordo com as Teorias Clássicas) com as sugestões dadas pelos trabalhadores(criatividade e produção intelectuais exigidas pelas Indústrias Criativas). Em todas as teorias aproveitamos os lados positivos e negativos, sendo os negativos aperfeiçoados e adaptados de acordo com o cenário e o cotidiano em que se encontram.

A TEORIA ADMINISTRATIVA E SUAS ESCOLAS

Com relação à Teoria Humanística (Escola das Relações Humanas)

“Esta teoria apresenta apenas conclusões parciais, omitindo variáveis importantes abordadas pelos clássicos e utilizando uma abordagem francamente demagógica e manipulativa.” (CHIAVENATO, 2011, p. 18).

Na teoria humanística mostrada nos textos o pensamento central do movimento era baseado no conceito homo socialis - motivado por recompensas sociais e simbólicas, visto que as necessidades psicológicas eram mais importantes que as necessidades econômicas. As características da Escola de Relações Humanas eram - ênfase nas pessoas: organização informal, motivação, liderança, comunicações e dinâmica de grupo.

Ainda dentro da ênfase humanística temos a Teoria Comportamental, sendo a segunda abordagem. Herbert A. Simon 1947, publicou um livro – O comportamento administrativo; onde desenvolve sua teoria das decisões. Para ele, a decisão é muito mais importante do que a ação subsequente.

A abordagem comportamental descende diretamente da Escola das Relações Humanas e mantém a tradição de deixar os aspectos estruturais em segundo plano, para focalizar os aspectos comportamentais. Características da ênfase nas pessoas: estilos de administração, teoria das decisões, integração dos objetivos organizacionais e individuais.

Mais recentemente, surgiu um movimento de grande vitalidade denominado Desenvolvimento Organizacional (DO), a fim de melhorar a eficiência e a eficácia das empresas. Características na ênfase nas pessoas: mudança organizacional planejada, abordagem de sistema aberto.

A origem da Teoria Neoclássica:

A Teoria Neoclássica surgiu na década de 1950 diante de um novo contexto de crescimento