Atividade Individual Governança Corporativa
Por: Alessandro Ziebell • 9/12/2018 • Trabalho acadêmico • 2.146 Palavras (9 Páginas) • 964 Visualizações
ATIVIDADE INDIVIDUAL
Matriz de análise
Disciplina: Governança Corporativa Módulo: 4º
Aluno: Alessandro Ziebell Turma: 0518-8_4-MBA_GCOEAD-24_21052018_4
Tarefa: Narrativa sobre Governança Corporativa e Sustentabilidade
1. Narrativa sobre como as estratégias organizacionais devem levar em conta os princípios da governança corporativa: transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa
De acordo com Mendes-da-Silva (2017, p.9), “o pilar central das práticas e dos mecanismos de governança corporativa reside na garantia do aproveitamento de oportunidades associada ao controle dos riscos”.
Nos dias de hoje, quando se fala em transparência e eficiência na gestão de uma empresa, o tema governança corporativa fica evidente não só no Brasil como no mundo todo, por estar diretamente ligado as melhores práticas para se administrar um determinado negócio, avaliado de uma forma efetiva os riscos e o retorno de um determinado investimento.
O IBGC conceitua governança corporativa como “o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de administração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas” (IBGC, 2015).
As empresas que colocam em prática esse conceito são mais valorizadas e têm mais facilidade para captar recursos no mercado, e com isso, constroem boa reputação e se consolidam no mercado em que atuam, gerando o que chamamos de criação de valor.
Nesse sentido, de acordo com o IBGC, quando uma empresa tem um adequado processo de criação de valor, “as boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum” (IBGC, 2015).
As discussões sobre o tema governança corporativa iniciaram no contexto das grandes companhias de capital aberto, porém têm-se discutido também em sociedades fechadas, pequenas e médias empresas, em organizações estatais e do terceiro setor inclusive.
Segundo o IBGC, as bases da boa governança corporativa variam de acordo com o ambiente corporativo – regulatório e social – em que as organizações estão inseridas, sendo que existem quatro princípios que são fundamentais: a transparência, a equidade, a prestação de contas ou accountability e a responsabilidade corporativa (IBGC, 2015).
Como já comentado anteriormente, as empresas quando forem traçar suas estratégias devem fazê-las, utilizando o processo de geração de valor, pautadas nesses quatro princípios da governança corporativa.
As decisões e os processos devem se dar de maneira clara, de forma que as partes interessadas recebam as informações que sejam de seu interesse e não apenas as de caráter obrigatório impostas em leis e regulamentos. Nesse caso, as partes interessadas são chamadas de stakeholders, o público com quem a empresa se relacionado, quais sejam: clientes, fornecedores, investidores, governo, sociedade. De acordo com o IBGC, este princípio chama-se transparência (IBGC, 2015).
No relacionamento com todos os stakeholders, as organizações devem optar pelo tratamento justo e isonômico, levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. O IBGC trata esse princípio como equidade (IBGC, 2015).
Já para o princípio da prestação de contas ou accountability o IBGC determina que os agentes de governança corporativa da organização, devem prestar contas de seu trabalho, não só em relação aos recursos financeiros que administram, mas também em relação ao papel que exercem junto aos stakeholders, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões, atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papéis (IBGC, 2015).
Também é importante que os agentes de governança zelem pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzam as externalidades negativas de seus negócios e suas operações e aumentem as positivas, levando em consideração os diversos capitais (financeiro, manufaturado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc) no curto, médio e longo prazos (IBGC, 2015).
É importante destacar que a adoção desses princípios é voluntária e vai além das exigências legais, porém geram valor para as organizações, e estrategicamente falando, vai de encontro com o que se espera do nível de governança corporativa, que é o adequado aproveitamento de oportunidades associadas ao controle de risco, gerando valor e consequente reputação para as empresas.
2. Argumentação que explique o porquê de as organizações levarem em consideração não apenas os aspectos financeiros, mas também as três dimensões da sustentabilidade (econômica, social e ambiental) de forma sistêmica
O objetivo fundamental na adoção de práticas de boa governança é o de melhorar a performance da companhia e fazer com que esses ganhos sejam usufruídos por todos os grupos envolvidos.
A governança corporativa num primeiro momento, nos remete a questões financeiras e econômicas de uma organização.
De acordo com o que diz o conceito de governança corporativa, o principal objetivo é o de fiscalizar e controlar os interesses dos steakholders de uma organização. Dessa forma, podemos justificar que, os interesses desse público não estão ligados somente a questões financeiras, pelo contrário, os interesses são os mais variados possíveis, como já visto anteriormente, e dessa forma as dimensões da sustentabilidade devem ser tratadas de forma sistêmica pela governança corporativa de uma organização diante do mercado em que atua.
Quando falamos em dimensões da sustentabilidade, estamos nos referindo as áreas econômica, social e ambiental que uma determinada organização desenvolve.
Boas práticas de governança corporativa aumentam os valores de uma empresa diante dos investidores e do mercado.
De forma a complementar as argumentações aqui descritas, o IBGC em seu guia de sustentabilidade para as empresas, descreve o seguinte: “o entendimento do escopo das responsabilidades das organizações vem se tornando uma prioridade inevitável para dirigentes empresariais em qualquer país. As organizações estão sendo, cada vez mais, cobradas pela
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