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Ações Estratégicas – Governança Corporativa

Por:   •  27/2/2024  •  Artigo  •  7.744 Palavras (31 Páginas)  •  49 Visualizações

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AULA 4 – A IMPLEMENTAÇÃO DAS ESTRATÈGIAS

Nesta aula[a][b]

Ações Estratégicas – Governança Corporativa

Estratégias Funcionais

Liderança Estratégica (Cap12 Hitt)

Inovação como motor de propulsão corporativo

Metas de compreensão

Governar uma Corporação a partir das implementações de ações estratégicas

Acompanhar a implantação de estratégias funcionais

Avaliar estratégias de diferenciação de mercado ou estratégias de custos.

Entender como ocorre as estratégias de diferenciação e de direcionamento ou nichos de mercado.

Avaliar como as organizações implementam estratégias competitivas bem-sucedidas adequadas aos recursos e às competências organizacionais.

Apresentação

O processo de implantação das estratégias é a fase posterior a concepção e elaboração da estratégia empresarial. Passada a fase de pensar, refletir e planejar a estratégia pretendida, e avaliando o ambiente concorrencial, e determinando a trajetória da organização com a elaboração do plano estratégico, que consiste nas diretrizes organizacionais e qual estratégia e posicionamento será determinado, atingimos o momento de execução da estratégia.

Nesta fase, da implantação da estratégia, as organizações irão executar o planejamento empresarial, para cumprir com os objetivos pretendidos. Assim, nesta fase, é fundamental deter um sistema de gestão (ou governança) da empresa, que acompanhe o desenvolvimento da atividade econômica da empresa, da postura estratégica, tática e operacional (ou funcional) da organização.

Em paralelo à fase da implantação da governança corporativa, toda a atividade deve ser monitorada, para averiguar se as atividades executadas estão sendo realizadas de acordo com o planejamento realizado, de forma sistemática, mensurando e avaliando se as metas organizacionais elaboradas a partir da definição das diretrizes organizacionais estão sendo cumpridas.

Nesta fase, é salutar observar quais indicadores serão monitorados e se a liderança na execução das atividades empresariais está sendo efetiva e eficiente. Assim, a integração entre os diversos níveis funcionais (estratégicos, táticos e operacionais) estejam alinhados e sendo conduzidos de forma plena e satisfatória.

Esta fase terá um importante papel para avaliar se o desempenho das estratégias empresariais está satisfatório, e se os indicadores estimados estão sendo realizados. Caso haja uma divergência de resultados, então cabe a organização realizar uma avaliação se o planejamento está adequado e os indicadores, caso sejam divergentes, estão ajustados à realidade da organização.

Na fase de controle, portanto observar o aprendizado da organização é fundamental para que se possa readequar a direção determinada. Esta fase iremos tratar posteriormente, na próxima aula.

Governança Corporativa (cap 10 Hitt)

O termo Governança Corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo as práticas e os relacionamentos entre proprietários, conselho de administração, diretoria e órgãos de controle, de forma que sejam incentivadas as melhores práticas de Governança das empresas e conjuguem estes princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando seu acesso ao capital e contribuindo para a sua longevidade com ética e moral. (IBGC, 2015).

A governança corporativa tem fundamentos sólidos, definidos a partir de princípios éticos aplicados na condução dos negócios. Seu desenvolvimento e sua afirmação têm razões macro e microeconômicas e se sustenta por princípios e motivos que se encontram em suas origens, mas também pelos institutos legais e marcos regulatórios que envolvem os processos de gestão e que, cada vez mais, aperfeiçoam-se com base nos valores que regem a boa governança. Assim, os fundamentos da boa Governança Corporativa é permitir um um conjunto eficiente de mecanismos, incentivos e ferramentas de monitoria que auxiliem e asseguram que o comportamento dos gestores e stakeholders esteja sempre alinhado com o melhor interesse da empresa. 

Os escândalos envolvendo grandes empresas ao redor do mundo, especialmente no Japão, EUA e Itália foram motivadores para que as boas práticas de Governança Corporativa fossem disseminadas ao redor do mundo especialmente por profissionais do mercado e pelos acadêmicos.

Saiba mais

Os pilares que sustentam a governança corporativa são:

• Equidade: Principio que tem como finalidade garantir o tratamento igualitário a todos os acionistas, garantindo que todos tenham justa participação seja no aumento da riqueza corporativa, nos resultados das operações ou ainda na presença em assembleias gerais.

• Disclosure (Divulgação de informações): Principio que ressalta a importância da transparência das informações, especialmente as que impactam os negócios e que envolvem riscos, oportunidades e resultados.  

• Compliance (Conformidade com as normas): Principio que estabelece a necessidade de cumprimento das leis, normas regulamentos e determinações sejam elas constantes nos estatutos sociais, nos regimentos internos ou nas instituições legais do país.  

• Accountability (Responsabilização e prestação de contas): Princípio que este relacionado com a obrigatoriedade de um sistema de informações precisas e relevantes que possibilitem a prestação de contas.    

Fonte: Adaptado de Andrade e Rossetti (2004) e IBGC

Conflito de Agência

Um dos motivos mais fortes para os fundamentos da Governança Corporativa surgiu para gerenciar o conflito de agência. O conflito de agência surge quando o proprietário (acionista/shareholder) delega a um grupo de executivos da organização (administradores ou gestores) o poder de decisão sobre a organização, considerando os aspectos processuais e legais. Neste caso, podem ocorrer situações que ocorrem divergências no entendimento de cada um dos grupos daquilo que consideram ser o melhor para a empresa / organização. Este tipo de conflito é mais comum em sociedades como os Estados Unidos e Inglaterra, onde a propriedade das companhias é mais pulverizada.

Esses conflitos surgem quando um ou mais indivíduos contratam outra pessoa ou organização, denominados agentes (ou administradores), para a realização de algum serviço, delegando-lhe a tomada de decisões. Estas, entretanto, podem conflitar com os interesses dos acionistas, fazendo com que surja, então, o típico conflito de agência que, por sua vez, gerará o custo de agência. Sendo assim, apresentam-se os possíveis conflitos de agência, existentes em empresas tradicionais e cooperativas de crédito, destacando por sua vez, os principais custos de agência e as soluções para minimizar esses custos. Ressalta-se a importância da aprovação, por parte do Conselho de Administração, de um código de conduta e um código de ética que defina as responsabilidades legais, sociais e ambientais e comprometa, por sua vez, toda a organização.

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