BUROCRACIA
Por: Erika Anhas • 14/9/2015 • Monografia • 1.611 Palavras (7 Páginas) • 170 Visualizações
História da Burocracia
Desde muito tempo é termo burocracia é comumente utilizado para afirmar a noção de organização imprópria e ineficiente, essa é a definição que o senso comum imagina. Porém o real conceito deste termo foi corrompido com o passar dos anos, a burocracia não se trata de papelada excessiva ou desnecessária e sim uma forma de controle sobre uma organização.
Max Weber (1864-1920), sociólogo alemão, foi o criador da sociologia da burocracia, foi professor das universidades de Friburgo e Heidelberg e ficou famoso pela teoria das estruturas de autoridade. Com a tradução de alguns de seus livros para a língua inglesa, ficou conhecida nos Estados Unidos a Teoria da Burocracia na Administração, o que o tornou o criador de um dos pilares das teorias organizacionais.
Com o objetivo de adequação dos meios aos objetivos de forma racional, a finalidade era alcançar os mesmos com máxima eficiência. Contudo a burocracia tal como existe hoje, base do sistema moderno de produção teve sua origem nas mudanças religiosas no período do renascimento.
Nem das mudanças tecnológicas, nem das relações de propriedades como acreditava Karl Max, a origem desse sistema revolucionário é proveniente dos novos conjuntos morais conhecidos como “ética protestante”. O trabalho duro e árduo como dádiva de Deus, a poupança e o ascetismo, que doutrinavam a também a rotina financeira, direcionando o povo a reaplicar o dinheiro que sobrava em vez de gastar e desperdiçar com bens materiais alimentando o pecado da vaidade.
As semelhanças entre o protestante e o capitalista são impressionantes, o capitalismo, a burocracia e a ciência moderna, constituem três formas de racionalidade que se apoiaram mutuamente nas mudanças religiosas, que surgiram inicialmente em países protestantes, como a Inglaterra e a Holanda e não em países católicos.
A teoria da Burocracia desenvolveu-se por volta dos anos 40, com a finalidade de organizar e resolver os problemas das organizações que sentiam na prática a fragilidade e a imparcialidade das teorias da época (Teoria Clássica como da Teoria das Relações Humanas).
As deficiências dessas mesmas teorias geraram a necessidade de um enfoque mais amplo e completo na reestruturação das organizações e de seus participantes. Um modelo organizacional eclético, que pudesse ser usado por qualquer empresa e que tivesse a capacidade de abraçar todas as variáveis envolvidas no contexto organizacional.
Em uma época em que as empresas cresciam exponencialmente. Motivo, que tornou então necessárias e oportunas mudanças, no modo de administrar, a rotina e os procedimentos das empresas. A máxima proposta por Max era a de que o homem poderia ser pago para agir e se comportar de acordo com normas pré-estabelecidas. Que deveriam ser minuciosamente explicadas de modo que em hipótese alguma emoções interferissem no seu bom desempenho. Surge então a teoria da burocracia.
Definição da Burocracia:
Max Weber define a burocracia como sistema de controle que administra uma organização hierarquizada, com o intuito de prover serviços. Possui regras internas e procedimentos padrões, projetados para funcionar como engrenagens de uma máquina. O sistema burocrático tem o poder de emitir direcionamentos e normas capazes de afetar o provimento desses serviços, tanto por parte do estado quanto pela iniciativa privada.
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Princípios da Burocracia
Weber tinha como base sete princípios para defender sua teoria:
- Hierarquia,
- Impessoalidade
- Divisão do trabalho
- Previsibilidade de cada funcionário
- Formalização das regras
- Competência técnica e
- Separação entre propriedades.
- Segundo Weber uma organização que não possui regras nem um armazenamento regular de informações não funcionaria, podemos dizer que a prática desta teoria são os chamados corpos burocráticos, conhecidos hoje como agências reguladoras. Caracterizam-se por Agências Reguladoras as organizações que regulam a prestação de serviços pela iniciativa privada, como por exemplo, o Ministério da Saúde; Este determina normas sobre a saúde, seja pública ou privada.
Weber também considerava a burocracia como um tipo de poder e não como um sistema social e para entender melhor a burocracia estudou diversos tipos de sociedades e as autoridades, dentre elas distinguiu três:
A Sociedade Tradicional na qual predominam características patriarcais (sociedade, família, o clã, sociedade medieval e etc...); a Sociedade Carismática a qual predominam características místicas, arbitrárias e personalísticas, como nos grupos revolucionários, nos partidos políticos e a Sociedade Legal, racional ou burocrática, na qual predominam as normas impessoais e uma racionalidade nas escolhas dos meios como nas grandes empresas e países modernos.
E para cada tipo de sociedade possui uma autoridade correspondente, autoridade é a capacidade de impor ao outro sua própria vontade em uma relação social. O poder, portanto é a possibilidade de imposição de arbítrio por parte de uma pessoa em relação as outras. Toda autoridade e o poder que a mesma proporciona ao influenciador necessita da legitimidade, e a autoridade só é legitima quando aceita, proporciona poder que conduz a dominação.
Ilustração:
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Profissionalização dos participantes:
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