COrrecao monetaria
Por: Oracy30 • 9/10/2015 • Resenha • 805 Palavras (4 Páginas) • 243 Visualizações
1 CONCEITO DE CORREÇÃO MONETÁRIA
É o reajuste periódico de certos preços na economia pelo valor da inflação passada, com o objetivo de compensar a perda do poder aquisitivo da moeda. É reflexo do custo do dinheiro e não indicativo da inflação, tanto que legalmente somente pode ser usada como ‘remuneração’ do capital, não para a atualização da dívida.
A depreciação do valor da moeda (ou redução do pode aquisitivo) é identificada com inflação. Porém o aumento dos preços de alguns bens e serviços, resultante, por exemplo, de ma escassez típica das entressafras, não é o bastante para caracterizar um processo inflacionário. Este só fica caracterizado se todos os bens e serviços acusam uma tendência de alta generalizada e contínua.
Assim, podemos caracterizar a inflação como uma contínua, persistente e generalizada expansão dos preços. No Brasil, por exemplo, desde a Segunda Guerra Mundial temos assistido processos inflacionários de intensidade variada, mas que jamais fugiram ao controle das autoridades financeiras.
No ano de 1964, a correlação monetária foi instituída no Brasil como método para amenizar os efeitos da inflação. Paralelamente, foram criadas as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional, com o intuito de restabelecer a confiança nos títulos da dívida pública.
O Governo, com a finalidade de uniformizar a correção monetária, passou a utilizar duas unidades financeiras: as Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTNs) e a Unidade Padrão de Capital (UPC).
2 REPRESENTAÇÃO DA CORREÇÃO MONETÁRIA
3 CÁLCULO DE CORREÇÃO MONETÁRIA ACUMULADA
Atualmente são utilizadas várias ferramentas online para calcular a correção monetária acumulada. Esses mecanismos permitem corrigir o dinheiro pela inflação utilizando índices como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), IPCA, IGPM, IGP-DI, e IPC-Brasil. O que precisa ser feito é fornecer a data inicial e a data final a ser calculada utilizando o formulário apresentado pelo site. O resultado tem como base os dados do Banco Central através da Calculadora do Cidadão.
Exemplo:
José Almeida deve a Carlos Silva o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), relativo à compra e venda de uma motocicleta na cidade de Montes Claros. A dívida venceu em 10/03/2012. Tendo em vista a inadimplência do Sr. José Almeida e supondo que hoje é 15/04/2013, faça a correção monetária do valor devido.
Passo 1 – Buscar a tabela aplicável ao caso: Tendo em vista que as partes tem domicílio e o negócio ocorreu na cidade de Montes Claros, a tabela a ser utilizada seria a do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).
Passo 2 – Definir qual fator de Atuação Monetária será utilizado: Tendo em vista que hoje é 15/04/2013, a tabela a ser utilizada será de Abril/2013, com o fator de Atualização Monetária definido conforme o vencimento da dívida (10/03/2012), ou seja, será utilizado o fator do mês de Março de 2012.
[pic 1]
Passo 3 – Multiplicar o Valor do Débito pelo fator de Atualização Monetária. Tendo em vista que o valor do débito é R$5.000,00 (cinco mil reais) e o fator de atualização Monetária é 1,0740968, temos:
Principal: R$5.000,00 – Fator: 1,0740968
Valor Atualizado = Principal x Fator
Valor Atualizado = R$5.000,00 x 1,0740968
Valor Atualizado = R$ 5.370,48
Valor de Atualização Monetária: R$ 370,48
Passo 4 – Constar os Dados em Tabela:
[pic 2]
4 COMO APLICAR A CORREÇÃO MONETÁRIA EM PLANOS DE INVESTIMENTO
Impacto da inflação nos investimentos
Muitas vezes também não levamos em consideração o impacto da inflação em nossos investimentos. O objetivo financeiro de muitos investidores é alcançar o tão sonhado primeiro milhão. Entretanto é bom lembrar que o poder de compra de um milhão de reais hoje é muito maior do que será daqui a 20 anos, por exemplo. Portanto é importantíssimo considerar os juros reais ao fazer projeções, pelo que expliquei no parágrafo anterior.
Para finalizar, é muito importante saber que qualquer investimento ou aplicação financeira que render menos de 5% ao ano estará “roubando” seu dinheiro. Em outras palavras, ela está te remunerando abaixo da inflação.
Excetuando-se a caderneta de poupança, todos os demais investimentos sofrem a incidência do imposto de renda. Dependendo do tipo de investimento e do prazo, a mordida do leão varia de 15% a 27,5% sobre o ganho de capital (rendimentos).
Além disso, também dependendo do tipo do investimento, o imposto pode ser retirado num prazo definido ou apenas no momento do resgate da aplicação. Transformando em números, se uma determinada aplicação rendeu 10% no ano, 1,5% desse rendimento ficará com o governo. Você ficará apenas com 8,5% do rendimento.
Já em relação à inflação, funciona um pouco diferente. Os investimentos não são penalizados diretamente, mas indiretamente. Nenhum percentual dos seus investimentos será retirado ao longo do tempo, mas a incidência da inflação fará com que sua aplicação se desvalorize. É aquela velha história de que R$ 100 hoje não valem os mesmos R$ 100 daqui a 5 anos. Portanto, é importante descontar a inflação mensal para que o valor projetado esteja corrigido.
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