Caso: A Guarnição de Remo do Exército

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Universidade Estácio de Sá

MBA em Administração Pública

Fichamento de Estudo de Caso

Leandro Costa Lima Menezes

Disciplina: Gestão de Pessoas

Tutor: Prof. Marcelo Camacho

Niterói, Rio de Janeiro.

2017

Fichamento

Título: Gestão De Pessoas

Caso: A Guarnição de Remo do Exército

O texto demonstra os desafios que o treinador da equipe de remo da Academia Militar de West Point tem para identificar quais variáveis são determinantes para o resultado final da performance dos atletas de sua equipe. Visto que sua equipe Junior está vencendo a equipe titular nos treinos, o que, na concepção do treinador, não deveria acontecer de acordo com o método que foi utilizado para a formação da equipe principal.

O treinador buscou reunir o maior número de informações para identificar os problemas, mas, restando apenas uma semana para a principal competição da equipe, o problema ainda não fora solucionado.

Ao fazer uma análise dos fatores de sucesso para o melhor desempenho da prática do remo, o texto apresenta o projeto patrocinado pelo Comitê Olímpico Norte-americano em que treinadores de diversos níveis, com base nas suas experiências, apontam os fatores que consideram mais importantes para obter o máximo desempenho na atividade. A pesquisa revelou que as variáveis poderiam ser subdivididas em quatro fases: força e condicionamento, técnica de remar, fatores psicológicos e organização de um programa. A pesquisa também demonstrou que os treinadores iniciantes utilizam maior número de variáveis e foco na técnica, os treinadores intermediários, assim como os iniciantes, também utilizam maior número de variáveis, mas com foco no condicionamento físico e os treinadores mestres, mais experientes e bem-sucedidos, utilizaram-se de menos variáveis e destacaram os fatores psicológicos como os de maior importância para o sucesso das guarnições de remo.

        O autor do texto descreve o modo como eram formadas as equipes pelos treinadores. Os atletas eram avaliados individualmente por um método simples e objetivo, em que, por meio de um aparelho fixado em terra semelhante a “máquinas de remar” chamado ergômetro, tinham valores atribuídos a resistência e condicionamento. Esse equipamento eliminava a instabilidade de remar em um barco no mar e isolava os atletas da equipe, pois treinavam sozinhos. Ao final, esses resultados eram comparados entre si e com outras equipes.

        Os exercícios de levantamento de peso complementavam o treinamento no ergômetro e, com base nos registros, os treinadores eram auxiliados a avaliar seus atletas.

        Um ponto importante desse esporte é o trabalho em equipe, em que o sincronismo deve ser total para o seu desenvolvimento. Portanto, os atletas devem ter uma interação um com os outros perfeita, visando os mesmos objetivos. Porém, o método de treinamento individualizado não favorecia em nada esse ponto primordial do esporte em equipe.

        O autor cita o técnico John Smith, que escreve sobre remo no fim do séc. XIX, relatando a importância do sincronismo no remo, e como qualquer erro por menor que seja pode causar a desaceleração do barco. De acordo com um remador veterano, destaca também, além da importância do sincronismo, as dificuldades de se manter sincronizado para obter melhor equilíbrio e atingir a velocidade máxima.

        O treinador da equipe de remo da Academia Militar de West Point, explica que a sincronia de sua equipe principal era imperfeita.

        No início da temporada, o treinador selecionou seus atletas sistematicamente com base em seus números individuais, obtidos com os treinamentos durante as temporadas de outono e inverno, compondo as equipes dos barcos Varsity e Varsity Junior. Ao intensificar a rotina de treinos, testou pela primeira vez uma disputa entre os dois barcos, em que o Varsity, como o esperado, venceu facilmente o Varsity Junior. Mas, logo em seguida, o Varsity Junior venceu o barco principal, o que causou grande intriga ao treinador conforme isso ia se repetindo.

        O treinador não tinha nenhuma indicação prévia de que isso poderia acontecer e logo estabeleceu um padrão, identificando que o Varsity Junior não estava se tornando mais rápido, mas o Varsity que estava ficando mais lento. A partir daí o treinador começou a fazer uma série de novos testes para identificar os fatores que estavam fazendo com que os resultados fossem diferentes do esperado. Os testes revelaram que realmente os 8 remadores do barco Varsity eram melhores individualmente do que os do barco Varsity Junior, mas quando testados com a formação completa do barco a equipe do Varsity Junior era superior. Isso se deu pelo fato de a equipe principal não ter dentre seus atletas nenhum líder e muitos terem sido classificados como causadores de conflitos, enquanto que na equipe Junior praticamente nenhum atleta foi considerado um desagregador.

        O treinador da equipe de West Point tinha conhecimento da pesquisa feita pelo Comitê Olímpico, que evidenciava a importância dos fatores psicológicos, além de ser Doutor em psicologia e confiar na sua experiência como treinador, ele trouxe do Centro de Excelência de Desempenho (CEP) um especialista em maximizar o desempenho individual e de equipes.

        O autor relata o que foi observado nas equipes e cita e-mails em que os integrantes do barco Varsity culpam uns aos outros, pontuando falhas individuais dos membros do barco ao treinador. Já os e-mails que circulavam entre os integrantes do barco Varsity Junior, predominava um espírito de equipe, em que se via uma relação de apoio mútuo e motivação. Percebeu-se que os membros da equipe Varsity Junior se comportavam como uma equipe, em que o resultado dependia do esforço de todos, as críticas após cada regata eram colocadas de forma geral e nunca individualmente, diferente do que ocorria com o barco Varsity, onde eram apontadas falhas individuais, procurando um culpado pelo fracasso.