Ciência política

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Tutora Presencial: Eliete Saldanha

Tutores a Distância: Raquel Rolim e Diego Holanda

Atividade 01

1. Caro estudante, sabemos que o poder supõe quatro elementos: i) o Sujeito, o qual pode ser um indivíduo, um grupo ou uma organização que exerce o poder; ii) um Objeto que pode ser um indivíduo, um grupo ou uma organização sobre o qual o poder é exercido; iii) um Meio, podendo ser este, um bem ou um recurso que o sujeito utiliza para exercer poder sobre o objeto; iv) e um Fim, sendo este o objetivo ou a finalidade com que o poder é exercido pelo sujeito sobre o objeto. Partindo dessa premissa conceitue poder, diferencie a tipologia moderna de poder segundo Bobbio, e diga como o poder político é exercido pelo Estado. (5 pt)

O conceito de poder varia no tempo e em função da corrente de pensamento abraçada pelos diferentes autores a fim de exemplificar a complexidade de que se reveste o conceito. Se definirmos com o que aprendemos nas enciclopédias, as definições são muitas e variadas como, por exemplo: Estar capacitado, juntar condições para fazer o que se expressa, força, capacidade para provocar alguns efeitos; autorização para fazer alguma coisa devido a que se possui autoridade para executar algo.

Quando dizemos que uma pessoa é poderosa, estamos nos referindo à influência que ela exerce sobre o comportamento de outros indivíduos, e não aos instrumentos e bens que ela dispõe. Portanto, o que define o poder é o seu exercício e sua influência sobre o comportamento das pessoas.

Conforme nos mostra Norberto Bobbio, há uma tipologia moderna das formas de poder, como poder econômico, poder ideológico e poder político. O primeiro, poder econômico, é o que se vale da posse de certos bens. Estes são os donos dos meios de produção, que têm a posse da terra e das indústrias e têm a empresa em seu nome; em oposição, está o trabalhador que nada tem a não ser a sua força de trabalho (mão-de-obra), única força que tem para, em troca, receber um salário mínimo.

O poder ideológico se baseia na influência das idéias formuladas pelo poder dominante. Os formadores de idéias têm a função de consenso, isto é, de criar idéias que mantenham as estruturas intactas, preservando a classe dominante. A família, as religiões, a escola, os meios de comunicação sociais e o direito (lei) são alguns dos aparelhos (instituições) que dão sustentação ao sistema. Um exemplo básico está nas religiões, quando os sacerdotes exercem sobre seu fiéis por meio de seus valores expressos em palavras que condicionam o seu comportamento.

Enfim, o poder político, que funda-se sobre a posse dos instrumentos através dos quais se exerce a força física (armas de todo tipo e grau): é o poder coativo no sentido mais estrito da palavra. Contudo, Norberto Bobbio também aponta que não é apenas o uso da força, mas sim seu monopólio, sua exclusividade, que tem o consentimento da sociedade organizada. Em outras palavras, será uma exclusividade de poder que pode ser exercida sobre um determinado grupo social, em determinado território.

O poder político é exercido pelo Estado, a partir do momento em que o Individuo troca sua liberdade individual pela segurança, pois, somente o Estado tem a prerrogativa de poder usar sua força de forma imperativa, não existindo outra forma de poder que concorra com este, para se fazer respeitar, o Estado detém o monopólio do uso legítimo da força física sobre os indivíduos que integram uma Sociedade. Estado e poder político são termos indissociáveis e o que diferencia o exercício do poder político do simples uso da força bruta são a exclusividade e legitimidade que o Estado possui para recorrer ao uso de força física sobre as pessoas nas sociedades civilizadas.