Comando de motivação e liderança

INTRODUÇÃO

O tema Motivação e Liderança de Equipes, é bastante focado nas organizações, é também o centro de abordagem de estudo de vários pesquisadores, devido à percepção da importância do funcionário como indivíduo, onde o funcionário não é mais visto como mero meio produtivo, e sim como parte da organização, desta maneira o líder também deixa de exercer o papel de ‘chefe’ e se torna um facilitador das relações de trabalho, transformando-se em um gestor de pessoas. (CHIAVENATO, 2005, p. 146)

Hoje a motivação e a liderança tornaram-se relevante, ocupando o ponto máximo de valorização, por se encontrarem presente em quase todas as listas de qualidade desejáveis. (CHIAVENATO, 2005, p. 146)

Chiavenato, (2005, p.116) diz que:

“[...] nenhum chefe, em qualquer lugar de comando, na medida em que é chefe, examina ou prescreve o que é vantajoso a ele mesmo, mas o que o é para seu subordinado, para o qual exerce a sua profissão, e é tendo esse homem em atenção, e o que lhe é vantajoso e conveniente, que diz o que diz e faz tudo quanto faz”.

Tamanha importância é dirigida ao líder, pois as organizações perceberam a impossibilidade de executar mudanças planejadas sem o engajamento dos seus colaboradores, pois para as mudanças aconteçam é necessário que todos estejam motivados (SANTOS, 1997, p.78).

Esse estudo terá como objetivo geral identificar o nível de satisfação com que os funcionários da uma empresa tendem a desempenhar suas funções. E como objetivos secundários identificar o tipo de relacionamento entre líder e liderados, a satisfação dos funcionários em relação ao salário, carga horária e oportunidade de crescimento e, se o funcionário se considera devidamente motivado e valorizado. Esse estudo se justificativa devido a necessidade de compreender a verdadeira importância do fator humano dentro das organizações independentemente do seu segmento.

Para a construção deste estudo foram realizadas pesquisas bibliográficas em artigos científicos já publicados, como também acesso a outras fontes de publicação cientifica como o Scielo – Scientific Eletronic Libraty Online, o Lilacs – Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências e Saúde e no Bireme.

Utilizando descritores como motivação, liderança, e valorização do indivíduo revelaram publicações de 2000 à 2012 limitados a humanos, nos idiomas português, inglês. Foram excluídas publicações fora do período considerado ou em outro idioma que não abrangessem os objetivos e o tema deste estudo. A apreciação das publicações deu-se com leitura exploratória dos resumos e, quando estes não eram suficientes, pela consulta direta ao texto.

Nesta pesquisa constará quatro capítulos, no primeiro pode ser encontrado citações de alguns autores que tomaram como tema de estudo a liderança e a motivação, tanto nas organizações quanto nas equipes. No segundo capítulo relata sobre a liderança em si, os tipos de lideranças e suas respectivas atuações. No terceiro capítulo poderá ser encontrado o conceito de motivação, os ambientes e os fatores motivacionais, as necessidades humanas e as conseqüências da motivação na organização e nas equipes de trabalho. O quarto, porém não menos importante capítulo, centra-se na importância da liderança e da motivação e nos fatores que geram motivação no ambiente de trabalho. No referido estudo constará citações de diversos autores, dentre eles Idalbeto Chiavenato, Miguel Abboud e Philip Kotler.

1. LIDRANÇA E MOTIVAÇÃO

Os objetivos e recursos são de fundamental importância quando se define a administração de uma organização, pois uma organização é exatamente a junção de recursos que deliberadamente realiza algum tipo de objetivo (ou conjunto de objetivos).

Segundo Zanelli (2004) o ponto mais importante das organizações é sem dúvida o fator humano, por ser a fonte de criação e inovação. O indivíduo é o ativo intangível nas organizações, pois as máquinas trabalham, mas não criam, não inventam. O capital financeiro representa poder, porém não pensa. Por isto, as pessoas e seus conhecimentos, são os recursos organizacionais tão fundamentais nas organizações, uma fonte de riqueza muito mais importante que o dinheiro.

Desde o período da República que considerações vêm sendo levantadas a respeito da liderança, por estudos que seguem de Platão, passando pela construção da Bíblia passando por vários estudiosos ao decorrer do tempo, conforme afirma Begamini (2000 p. 23).

É fundamental que exista comunhão entre o líder e os liderados para atingir metas. A liderança torna-se clara, quando os liderado seguem o líder, aceitando sua influencia por determinado motivo.

Ainda conforme Maximiano (2008, p.251):

“O motivo dos liderados é a identidade de interesses entre suas necessidades, valores e aspirações do líder. Para desenvolver as competências como líder é necessário entender as motivações das pessoas que pretende liderar”.

Carnigie (2001, p.63), diz que é possível determinada equipe frequentemente saia-se melhor do que um indivíduo, o bom trabalho de uma equipe é essencial para o sucesso de todos e capaz de apresentar resultados poderosos.

A liderança pode ser definida como a “atividade de influenciar os outros para que se empenhem voluntariamente na obtenção dos objetivos do grupo”. Existem várias definições de grupo, pode-se entender por um grupo pequeno, um setor de uma empresa, uma organização, porém, o que interessa é a liderança no campo organizacional (Maximiano, p. 96, 2008).

De acordo com Bergamini (2000, p.81):

A formação de um vínculo social entre o líder e os liderados consiste em uma condição crucial para o ajustamento dos mesmos nas diferentes circunstâncias de trabalho; entretanto, a formação deste vínculo poderá ocasionar sentimentos positivos ou negativos, ou seja, o vínculo da liderança só ocorrerá de maneira, produtiva quando as ações do líder forem ao encontro das expectativas do subordinado e vice-versa.

Das definições dadas por Bergamini (2000, p.81), surgem os dois campos fundamentais de liderança:

O processo intelectual de conceber os objetivos da organização.O fator humano, isto é, influenciar o outro para que voluntariamente se empenhe no alcance dos