Cometências empreendedoras

Competências empreendedoras associadas a empreendedores pernambucanos de pequeno e médio porte que atuam no mercado globalizado

Ricardo Gabriel Danyalgil Junior

DANYALGIL JUNIOR, R. G.

Resumo

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Palavra-chave:

Empreendedores. Competências empreendedoras. Aprendizagem empreendedora. Pequenas empresas. Pernambuco.

1. Introdução

   O cenário contemporâneo da economia, cultura e sociopolítica, transforma o desenvolvimento dos seres e das empresas. No atual quadro global existe uma crescente importância no atualizado, pois é preciso estar preparado para enfrentar os desafios, como, “a gerencia de mudanças, a mobilização de pessoas, a de tomada de decisões rápidas e assertivas, a de gerir recursos e de processos, assim podendo obter vantagens competitivas” (BITENCOURT, 2009) também é fundamental para o empreendedor contar com várias habilidades, na qual envolvem conjuntos de competências, que permite a interação com outros seres (NARDELLI DIAS e VILAS BOAS, 2008).

   As suas características para uma sociedade pós-capitalista, é concebida como do conhecimento, demanda um indivíduo universalmente instruído, concentrando-se em absorver conhecimentos e sabedorias do legado humano, correlato com a ciência do presente e a visão do futuro (DRUCKER, 2002).

   Nesta perspectiva o empreendedor estará preparado para encarar o capitalismo informacional que demanda o saber ser, saber fazer e o saber agir. De acordo com Gondim & Cols (2003), o saber ser são os tributos pessoais incorporados ao ambiente de trabalho, melhorando assim a interação entre os seres e o autodesenvolvimento. O saber fazer são as habilidades físicas e a sapiência para realizar o trabalho. O saber agir é a capacidade de juntar o conhecimento, habilidades e a postura no trabalho. Man e Lau (2005) corroboram ao contextualizar no aprender a aprender, a capacidade de o empreendedor adquirir competências através de experiências cada vez mais complexas.

   Ferreira, Gimenez e Ramos (2005, p. 3) conferenciam essa abordagem, intitulada de construtivista.  Essa acareação trata-se do empreendedor em sua perspectiva multidimensional, levando em consideração traços individuais, características do empreendimento e fatores ambientais e econômicos.  

   Este estudo tem o foco de explanação do conhecimento sobre quais competências são mais relevantes para dirigentes de perfil empreendedor nordestinos, em virtude de criar mais assertividade de qual perfil se encaixa melhor nesta região, como também demostrar a diferença do comportamento empreendedor por região.

2. Referencial teórico

   As competências de um empreendedor coligi com características psicológicas, habilidades e sapiência, que são influenciados pelas suas vivências, conhecimentos, educação, histórico familiar e aspectos demográficos individuas (KETS DE VRIES, 1996; MAN & LAU, 2000). Antonello (2005) definiu também que o empreendedor precisa apresentar ações na criação de valores tangíveis e/ou intangíveis para os indivíduos, tornando as suas competências individuas as suas impressões digitais nos trabalhos realizados.

   Optou-se por considerar, neste estudo, competência empreendedora dos estudos de Man e Lau (2000) e Mello, Leão e Paiva (2006), sendo sete áreas distintas de comportamento, quais sejam: a competência de oportunidade, relacionamento, conceituais, administrativas, estratégicas, comprometimento e de equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.

2.1 Competência de oportunidade

   Na visão de oportunidades de negócios de acordo com Paiva, et al (2003, p. 2), o empreendedor deve identificar os cenários favoráveis, compreender os objetivos organizacionais e atuar sobre as potenciais chances de negócios fazendo sua avaliação de modo a transformá-las em situações assertivas. Esta identificação que antecede as decisões é fundamental para os empreendedores, que segundo Zampier (2009) requer tempo, comprometimento e imaginação sobre o intento e os caminhos necessários para cumpri-los.

        

2.2 Competência de relacionamento

   A competência de relacionamento é uma fonte geradora de identificação de oportunidades e se molda através da absorção de recursos dispersos no ambiente. Essa atuação corrobora a validar a habilidade de relacionamento na condição de ambiente para aquisição de capital econômico-financeiro e intelectual. (LIN, 2001; MELLO, LEÃO, PAIVA, 2006; FILION, 1999).

   O relacionamento interpessoal do empreendedor está classificado em três níveis de acordo com Filion (1991): O primário, sendo os contatos mais próximos; secundário, por conseguinte as amizades e comunidades sociais e o terciário, compondo os relacionamentos de interesses.

2.3 Competência conceituais

   As oportunidades do ambiente externo quanto dos internos da organização são etapas normais em um processo de decisão, cabe ao empreendedor driblá-las, podendo assim desenvolver respostas mais rápidas e intuitivas (MAN & LAU, 2001).

   A abertura de novos nichos de mercado, tanto com produtos e serviços novos como antigos são função desses indivíduos, tornando-os eficientes para ter a capacidade de avaliar situações de risco decorrentes de suas decisões (MELLO, LEÃO, PAIVA JUNIOR, 2006).

2.4 Competência administrativas

   As competências administrativas estão associadas a “homens eficientes” que de acordo com Taylor (1970) são indivíduos competentes, para alocação de talentos, recursos físicos, financeiros e tecnológicos, criando assim mecanismos de planejamento, organização, comando, motivação, delegação e controle ágeis (MAN & LAU, 2000).  

   Em situações de crise, a postura organizacional de empresas maduras alterasse para uma personalidade motivacional para obterem maior desempenho de seus colaboradores (DOLLINGER,1995; GIBB, 1999; MINTZBERG, AHLSTRAND, & LAMPEL, 2000; MINTZBERG & QUINN, 2001).