Competências Transversais e Desempenho Empresarial: Uma análise conceitual comparativa
Por: Juliana0603 • 10/4/2017 • Resenha • 671 Palavras (3 Páginas) • 851 Visualizações
Nome: Juliana Cenedes Prudente de Oliveira
Resenha Crítica do artigo - Competências Tranversais e Desempenho Empresarial: uma análise conceitual comparativa
A crescente importância e atualidade do conceito de competências transversais, bem como as suas repercussões ao nível das práticas de gestão de recursos humanos e, mais especificamente, relativamente à gestão por competências, transforma-o num conceito relevante para diversos estudos, como o referido artigo analisado. O conhecimento sobre as competências transversais valorizadas pelas empresas é um poderoso instrumento para o desenvolvimento não somente dos profissionais e empresas, mas também das instituições de ensino superior, onde o tema ocupa com frequência os debates teóricos e pesquisas acadêmicas.
O conceito de competências transversais, ou soft skills, distingue-se de competências específicas (associadas a uma determinada função, profissão, emprego), pela sua transversalidade (não contextualização) e transferibilidade (adquiridas num contexto e passíveis de seres exercidas em contextos diferentes). Em resumo, são aquelas que são comuns a diversas atividades profissionais. São diversos os estudos empíricos que investigam as competências transversais requeridas pelo mercado de trabalho, especialmente as interpessoais (trabalho em equipe, capacidade de liderança, etc.), intrapessoais (motivação e atitude, capacidade de aprendizagem, etc.) e tecnológicas.
O artigo foca em três competências transversais, consideradas extremamente importantes para o desempenho empresarial: trabalho em equipe (favorece a troca de conhecimentos e habilidades entre as pessoas), inteligência emocional (uso da razão como consequência do refinamento da emoção) e resiliência (é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades). Apesar da relevância de todas as competências mencionadas, é notória a valorização do trabalho em equipe pelo ambiente empresarial. Trata-se do resultado de um esforço conjunto e, portanto, as vitórias e fracassos são responsabilidades de todos os membros envolvidos.
No caso da resiliência, não menos valorizada, é evidente de que se trata de uma competência influenciada pelo estilo de vida do indivíduo. Em empresas que passam, por exemplo, por um período longo de enxugamento no quadro de funcionários e aumento da competitividade, tornando o ambiente de trabalho altamente estressante, faz-se necessária a atuação de colaboradores com resiliência para promover as transformações necessárias e alcançar o propósito da organização. Em um mundo onde as pessoas têm sido cada vez mais exigidas profissionalmente e as mudanças nas empresas são cada vez mais constantes, ser resiliente virou um trunfo para a carreira e praticamente uma premissa para contratação em empresas mais estruturadas.
No que diz respeito à inteligência emocional, é perceptível que sua ausência prejudica o progresso e o sucesso do indivíduo dentro da empresa e, por outro lado, seu uso pode levar a resultados produtivos, tanto para o indivíduo quanto para a organização. Podemos exemplificar com o caso narrado no livro “A Meta” (autor: Eliyahu M. Goldratt & Jeff Cox) como um típico caso de falta de inteligência emocional. A obra trata das dificuldades enfrentadas pelo gerente de uma fábrica em administrar sua empresa, com o objetivo de evitar a falência. Ele tem um tempo limitado para melhorar o desempenho da fábrica e não mede esforços em encontrar e descobrir procedimentos, para torná-la competitiva. Este gerente trabalhava sob pressão, seu chefe direto estava lhe cobrando a entrega de um pedido atrasado e para atender a referida solicitação não mediu esforços, ultrapassou limites e normas internas, agregando altos custos extras e mais problemas para a empresa. Estava nervoso e aborrecido, nada funcionava, a vida conjugal também ia mal porque Alex não tinha tempo para a família.
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