Comunicação Empresarial no Brasil uma Leitura Crítica
Por: Juliana Graebner • 18/6/2017 • Resenha • 799 Palavras (4 Páginas) • 367 Visualizações
O livro “Comunicação empresarial no Brasil: uma leitura crítica” de Wilson Bueno aborda diversas questões sobre Responsabilidade Social, o texto Avacalhando o conceito de Responsabilidade Social, ao “avacalhar” este conceito enfatiza os problemas e a hipocrisia que envolvem as empresas que pagam como cidadãs preocupadas com o bem comum que refletem a indignação do autor em relação aos equívocos conceituais. Para o autor segundo os canais midiáticos mais tradicionais do país mostram diversas organizações como comprometidas com a sociedade, o que não é bem a realidade, na prática prevalece à hipocrisia e o cinismo da mídia. O conceito de responsabilidade social tem que ser tomado na sua integridade, questionando a falta de ética da Comunicação Empresarial. Muitas pessoas assumem que Responsabilidade Social é algo superficial havendo uma falta de reflexão e acaba acreditando que algumas empresas são socialmente responsáveis e fazem algo pela comunidade, como doar cestas básicas ou manter uma creche, assim foi feitas comparações com traficantes que fazem esses serviços em prol de sua comunidade.
Podemos ainda citar que a partir da visão do autor o conceito de responsabilidade social implica vislumbrar a organização como um todo, analisando sua relação com a sociedade e com os públicos específicos de maneira abrangente. Podemos classificar empresas que não são socialmente responsáveis, como as que agridem o meio ambiente, não permitem ascensão profissional e pessoal dos seus funcionários, não paga impostos em dia, é autoritária e fabrica produtos danosos. Podemos citar as indústrias tabagistas que matam milhões de pessoas e torna outros milhões doentes anualmente como uma empresa sem responsabilidade sócia, existindo uma falta de transparência em suas ações, a Souza Cruz e a Philip Morris são exemplos de indústrias tabagistas que em diversos momentos abafou suicídio de seus funcionários dentro da empresa, divulgando uma boa imagem empresarial através da sua própria comunicação. Podemos ainda citar as indústrias de bebidas que juntamente com as de cigarro se baseiam no slogan “fume ou beba com moderação”, que não as tornam uma empresa cidadã. Ainda podemos citar a Monsanto que torna sua imagem cidadã aos olhos da mídia ao associar seus produtos transgênicos a saúde e a preservação do meio ambiente. Pode-se dizer que mesmo diversas organizações fazendo coisas erradas, pagam de empresas honestas nos canais midiáticos e que a justiça sempre acoberta os que detêm o poder e essas continuam manipulando dados.
Assim fica definido pelo autor, que uma organização para ser considerada socialmente responsável é aquela que não ferisse qualquer um dos princípios de transparência ética, comportamento social, saúde entre outros fatores positivos. Também é necessário que as empresas de comunicação parem de ser hipócritas e fiscalizem essas organizações, sobre tudo estar vigiando essas ações sociais estabelecidas para enganar o público. A imprensa tem o dever de cumprir o papel esperado, contribuindo para não compactuar e reforçar as mentiras e avacalhações desse conceito importante, pesquisando a trajetória dessas organizações que hoje aparecem na mídia como cidadãs. Acima de tudo deve existir a ética profissional, mantendo o compromisso de passar a verdade para a população, essa deve estar à cima de tudo, “uma comunicação empresarial prostituída e uma imprensa omissa não servem para coisa alguma, bem como uma responsabilidade social clonada que cheira muito mal.”.
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