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DESIGN THINKING EM EMPRESAS GLOBAIS

Por:   •  10/11/2018  •  Artigo  •  7.151 Palavras (29 Páginas)  •  198 Visualizações

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DESIGN THINKING EM EMPRESAS GLOBAIS

FRANCINE MARIA SACKSER

GILSON GILMAR HOLZSCHUH

Resumo

Este estudo realizou uma pesquisa de referencial teórico, buscando entender a conceituação do Design Thinking dentro de um contexto mais amplo. No sentido de entender a aplicação desta ferramenta em diversas áreas do conhecimento, e como seria possível utilizá-la na construção de melhorias, principalmente, na gestão das organizações, foi encontrado um embasamento teórico em diversos autores, com aplicações em vários cases. Foram aplicadas as técnicas de Design Thinking e no contexto da organização, como se deu a sua implementação e principais resultados.

Com a globalização dos negócios, as organizações precisam buscar novas ferramentas para inserir na sua gestão, de forma que possam manter-se competitivas neste contexto globalizado. Novas ferramentas estão sendo desenvolvidas e, é preciso que as empresas se mantenham atualizadas neste cenário tão competitivo. Com esta justificativa, este estudo demonstra esta ferramenta, teoricamente, como uma forma de as organizações encontrarem soluções globais que estão sendo utilizadas por diversas empresas no mundo, de acordo com os cases apresentados neste trabalho.

O Design Thinking utiliza o cliente como forma de atingir as metas e, ainda, coloca o ser humano como centro da metodologia e não o processo. Desta forma, consegue melhor envolvimento de todos os colaboradores, que se sentem presentes na instituição a qual representam, importando-se com os resultados a serem alcançados. Além disso, considera de extrema relevância os feedbacks dos clientes, e, ao absorver as informações recebidas, realimenta as suas metodologias, bem como as aplica como um payback novamente para o cliente. Assim, o Design Thinking gera satisfação em toda a cadeia produtiva, atingindo as organizações internamente por meio de seus colaboradores e externamente através de seus clientes.

  1. Introdução:

O século XXI, em suas primeiras décadas, descreve um cenário altamente competitivo. As empresas procuram a inovação para a obtenção de uma diferenciação de mercado e consequentemente uma vantagem no mercado. Neste sentido, o empreendedorismo, que consiste na analogia entre pessoas e processos, a fim de causar uma mudança social por conta da transformação de ideias em oportunidades, vem ao encontro do Design Thinking, o qual auxilia no que se refere à adoção de uma abordagem de problemas tradicionais de negócio sob a luz de inúmeras perspectivas. Esta ferramenta contribui na solução de diversos problemas de maneira mais efetiva, conduzindo as empresas a novas alternativas e a criação de novos cenários proporcionando-lhes diferenciais modernos e soluções importantes em seus resultados (Bonini & Sbragia, 2011; Macedo, Miguel, & Casarotto Filho, 2015).

Vivemos um período de alta tensão em todos os setores do mercado, com uma economia em constante altos e baixos, não garantindo investimentos por parte da população em manter um giro de capital alto no mercado. As empresas, que desejam sobreviver aos percalços da economia e manterem-se vivas perante a globalização, devem investir no lançamento de produtos com valor agregado, não medindo esforços na fidelização dos seus clientes (Segura, 2012).

 No ramo da indústria, apesar dos grandes noticiários relatarem tempos favoráveis aos investimentos, enxerga-se apenas empresas produzindo no limite, não arriscando passos audaciosos para aquecer a competitividade industrial. Diante dos fatos, uma opção que cabe às empresas é “direcionar os esforços para a inovação e melhoria contínua, seja de processo, de produto, de marketing ou de serviços” (De Santanna et al., 2014).

Sendo assim, a dúvida de muitas empresas é como direcionar tais esforços para gerarem mudanças necessárias, a fim de alcançar o sucesso no seu segmento. Assim, a metodologia do Design Thinking surge como opção para que as empresas analisem os seus processos de gestão, com o intuito de que a sua remodelação possa fazer com que os mesmos contemplem as condições de mercado impostas pela globalização e variação econômica (SILVA, Silva Filho, Adler, Lucena, & Russo, 2012).

É considerada por muitos autores uma abordagem de inovação que pode ser aplicada em qualquer cenário e situação, pois por meio dela se torna viável desenvolver projetos inovadores, cujo foco é transformar ambientes organizacionais. É um método que coloca o ser humano no centro do processo e, assim, descobre soluções criativas para os problemas complexos com base no que foi percebido, como uma necessidade ou desejo para as pessoas entrevistadas/observadas.

Para evidenciar a utilização do Design Thinking como metodologia para inovar a competitividade em empresas globalizadas, no presente artigo foi realizada uma pesquisa bibliográfica em referências teóricas e cases aplicados em empresas que o utilizaram para atingir o sucesso empresarial. Sendo o artigo organizado da seguinte maneira: Inicialmente, define-se teoricamente o que é Design Thinking, depois, discute-se a sua metodologia como fonte de conhecimento e inovação na gestão, utilizando-se cases que evidenciam este novo formato e, por fim, apresenta-se as considerações finais da pesquisa.

  1. Fundamentação Teórica:

O conceito de Design Thinking pode ser atribuído a Papaneck, Fuller e Caplan, que em 1976 associaram o conceito a mudanças sociais e ambientais (Vogel, 2009). Mas, segundo Morais (2013), o termo Design Thinking é normalmente atribuído a Peter Rowe, professor de Arquitetura e Desenho Urbano na Universidade de Harvard, pelo livro que publicou em 1987.

A origem desta nova forma de pensar está associada a Herbert Simon, Prêmio Nobel da Economia em 1978, Rolfe Faste, diretor do Programa de Desenho de Produto na Universidade de Stanford e David Kelley, fundador da Ideo. Desde 2009, multiplicaram-se os livros sobre Design Thinking aplicado à gestão, com especial destaque para Tim Brown, CEO da Ideo, e Roger Martin, diretor da Escola de Gestão da Universidade de Toronto. O precursor do Design Thinking no Brasil, Rique Nitzsche, professor da disciplina na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Instituto Brasileiro de Mercado e Capitais (IBMEC) e na Fundação Getúlio Vargas (FGV), diz que pela primeira vez o mundo dos negócios está percebendo que há um método de resolução de problemas que não nasceu na área da Gestão (Dantas, 2016).

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