DOCUMENTOS E ESTADO BRASILEIRO
Por: luanmaurilio • 20/2/2017 • Trabalho acadêmico • 439 Palavras (2 Páginas) • 180 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO[pic 1]
SEROPÉDICA, 10 DE FEVEREIRO DE 2017
PROFESSORA: LUENA NASCIMENTO NUNES PEREIRA
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA SOCIAL
ESTUDANTE: LUAN MAURIÍLIO DA SILVA OLIVEIRA
MATRÍCULA: 201445547-1
RESENHA
DOCUMENTOS E ESTADO BRASILEIRO
A fim de abrir um leque para a discussão central, é necessário colocar que sempre o ser humano é um ser essencialmente social e está inserido em grupos. Desde sua geração na família e posteriormente, interagindo, através da expressão em diversas instituições, comunidades e redes, ele sempre se relaciona com as outras pessoas.
Necessário se faz também colocar que consideramos documento todo tipo de identificação que nos relaciona ao Estado, sendo este obrigado por lei e regido por normas as quais a nação pode nos contabilizar, somar, agregar e unir as informações qual o individuo pode ser considerado ‘único’.
Em algumas organizações sociais os documentos podem ser dispensáveis, uma vez que a própria dinâmica da organização permite a identificação dos indivíduos através de suas características, contudo, para que isso ocorra, é comum que o grupo social seja restrito.
Cabe notar também que quanto mais intima a relação de determinados grupos sociais (mesmo que em uma grande sociedade), mais indispensáveis se tornam a apresentação de alguma certidão ou documento, dada a valorização do circulo fechado e o notório saber daqueles que se apresentam.
Por outro lado, comumente notamos que, em casos de não identificação do indivíduos que se reporta, por vezes, a ‘igualdade’ promovida pelos documentos de identificação nos apresentam cenas das quais pessoas que querem ou podem ser valorizadas socialmente não a estão, fazendo uso do conhecido ‘você sabe com quem está falando?’.
O documento também é considerado uma identidade, não só da personalidade, como uma maneira cívica de se manifestar perante o Estado. Temos como exemplo o título de eleitor, CNH, carteira de trabalho e passaportes, que, além de registrarem um histórico de nossas vidas, nos permitem manifestações como cidadãos.
Se tratando do Brasil, cabe notar que é tanta a quantidade de documentos e tão burocrático é para o individuo poder resgatá-los que, em alguns casos, onde ocorre um assalto, por exemplo, o cidadão considera tão ou mais importante resgatar sua ‘identidade nacional’ do que seus próprios bens.
Tantos são os ‘papéis representativos’ da liberdade brasileira que os mesmos reinteram a noção de cidadão e, simultaneamente, a sensação de inferioridade de seus indivíduos e distância do Estado enquanto órgão que de fato, seja representativo dos interesses daqueles que os ‘submetem’.
Por trás de tantos documentos também ocorrem tentativas, por parte do Estado, de desburocratizar a maneira como os documentos são concebidos, com a idéia de que com poucos com uma maneira mais fácil de obter documentos, podemos nos aproximar do Estado, e, por fim, manifestar nossa cidadania.
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