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Desafios da gestão em contextos de crise econômica

Por:   •  2/6/2019  •  Pesquisas Acadêmicas  •  1.502 Palavras (7 Páginas)  •  460 Visualizações

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Parte A - INTRODUÇÃO

O contexto desvantajoso dos períodos de crise leva as organizações a enfrentarem situações adversas como a redução do consumo em meio ao aumento da competitividade e concorrência acirrada. Diante disso, os gestores devem ser firmes em suas decisões e manter a equipe focada em reinventar estratégias pois sobreviver às recessões dá à empresa maiores chances de se estabelecer no mercado.

Cada organização tem sua própria forma de identificar o que deve ser reavaliado, modificado e até mesmo restringido em casos de retrocesso da economia, porém alguns pontos em comum são sempre levados em consideração, entre eles: a supressão de gastos desnecessários, o aumento da produtividade sem aumento nos investimentos, o aperfeiçoamento dos processos, etc.

O comprometimento dos gestores faz com que muitos enxerguem os momentos críticos como oportunidades de se investir em otimização, o que trará resultados positivos a médio e longo prazo. Defrontar a crise optando pelos métodos adequados de guiar e motivar os colaboradores é fundamental para atravessar períodos de instabilidade e, para isso, é preciso estar atento aos processos fazendo com que que eles sejam executados da melhor forma possível.

A empresa que consegue atravessar uma recessão não apenas mantém os negócios como também amadurece, aumentando sua fatia de participação no mercado. Além disso, a ideia de que é melhorar esperar as coisas se acalmarem para agir é altamente nociva e não deve ser considerada pois quando a crise passar e o país e a economia voltarem a crescer, a escolha pela estagnação nos tempos baixa pode já ter fadado o negócio ao fracasso.

Reavaliando metodologias em cada um dos setores da organização, é possível identificar o que a dificulta de manter-se saudável o suficiente para driblar o momento de recessão. Ademais, é necessário refletir sobre sua estrutura e investir em mobilização para que as bases da gestão sejam fortalecidas e que tais ações se transformem em vantagem competitiva de mercado para o ciclo que se iniciará após o período de tensão.

Por isso, o presente trabalho analisará o contexto da crise econômica, procurando abordar seus impactos no cenário empresarial e elucidar a importância do desenvolvimento de estratégias de sobrevivência para períodos de retrocesso da economia, relacionando técnicas eficazes de gestão à permanência da empresa no mercado.

Para obter resultados acerca desta problematização, será feita a análise de obras cinematográficas que abordam a temática da crise e sua repercussão nas esferas da sociedade, além de artigos científicos que tratam dos seus efeitos sobre as empresas e seus modelos de gestão.

Parte B – DESENVOLVIMENTO

Desde o ano de 2008 o mundo vive dias de incertezas e isso se reflete até hoje na economia. Esse episódio teve início nos Estados Unidos e repercutiu no mundo todo. Empresas que antes tinham lucros exorbitantes, quebraram pois as pessoas não estavam conseguindo pagar e tudo transformou-se num efeito dominó onde muitas pessoas tentando vender seus bens que não conseguiam pagar acabavam vendendo por um valor muito abaixo do valor investido inicialmente, ficando ainda mais endividadas, além de empresas indo à falência, tornando a situação mais grave ainda, pois a quantidade de desempregados foi aumentando cada vez mais.

Diante do quadro em que o país se encontra, existe a necessidade de buscar estratégias que possam ser o diferencial dentre as inúmeras empresas que tentam se sobressair nesse momento de queda na economia. Muitas empresas correm contra a tempo em busca de soluções para não ficarem no prejuízo. Conforme relatado por DEARO (2017), em uma entrevista com empresários de sucesso mostra como conseguiram alavancar seus crescimentos no meio da crise, relata que há vários pontos de ação que vai desde se dedicar cada vez mais ao cliente e buscando analisar ainda mais o mercado de acordo com as necessidades de cada região que se quer abranger. Dar também a devida importância aos funcionários, tornando-os fiéis a empresa, evitando gastos com treinamento de novos funcionários. CALDAS (2015) relata que o empresário deve que analisar vários aspectos da empresa diante de um retrocesso na economia, analisar os custos da empresa, deixar o que realmente é necessário, se for preciso mexer no quadro de funcionários o mínimo possível.

         Outro ponto importante para a empresa é analisar a necessidade de investimento que deve ser constante, de acordo com SILVERTHORNE (2010) relata em sua matéria estudos feitos por pesquisadores da Harvard Business School, que as empresas que estão em constante analise interna, ou seja, que se conhece profundamente através de uma liderança bem organizada sabe o melhor momento de reduzir custos ou de investir na quantidade correta que não vai prejudicar a empresa e vai conseguir superar a crise, tornando-as mais forte. Este estudo também demonstra que por causa da falta desse conhecimento interno nas empresas, muitas delas que antes da crise eram fortes e aparentemente bem administradas ruíram no momento que precisavam ser mais fortes.

Uma das primeiras ações a tomar é olhar para si mesmo e fazer uma espécie de autoavaliação, pessoalmente e também na visão da empresa. Devemos buscar melhorias e maneiras de sair da situação crítica atual para atravessar esse período de recessão e sobreviver ao mercado que é cruel com quem está acomodado. GABRIEL (2016) cita em seu texto uma metodologia de autodiagnostico para identificar como a empresa está sustentada para passar por uma crise, com base em três perguntas principais: 1 - O SEU SETOR NA CRISE: Nosso setor de atuação está protegido da crise ou sofrendo com ela? Temos como exemplo a construção civil e o setor de bens duráveis que sofrem fortes impactos com crise enquanto o setor de supermercados apresenta certa resiliência; 2 - A SUA POSIÇÃO NO SETOR: É pequena, relevante ou dominante? Aqueles em posições de maior destaque tendem a lidar com os efeitos negativos da crise com mais facilidade; 3 - A SUA CAPACIDADE FINANCEIRA: Qual a minha real condição de enfrentar e atravessar a crise? É preciso saber se temos ou não reservas de caixa ou de crédito suficientes para suportar a retração do mercado trazida pela crise e para lidar com as consequentes perdas de margens. Com base nessas questões conseguimos algumas respostas onde podemos analisar como a empresa se encontra em relação a crise. A partir daí, podemos pensar e estruturar um plano de ação para atravessar a crise, tornar-se um destaque em meio a estagnação e comodismo dos concorrentes, atingir novos mercados e novos consumidores dos seus produtos ou serviços.

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