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Os Desafios Da Gestão Em Contextos De Crises Sistêmicas

Por:   •  15/11/2023  •  Trabalho acadêmico  •  1.655 Palavras (7 Páginas)  •  291 Visualizações

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Grupo 182

Temática Norteadora: Desafios da gestão em contextos de crises sistêmicas – Uma reflexão à luz da transformação político e econômico do capitalismo a partir de fins do século XX

Introdução

          Nas últimas décadas, tem se observado profundas mudanças em escala mundial devido ao processo de globalização. A principal característica desse fenômeno é a integração do mercado entre países que se mantém interconectados por diversos meios, entre eles a internet. Isso significa que uma intervenção econômica em qualquer parte do mundo pode afetar uma empresa brasileira, por exemplo. A globalização financeira foi reforçada pela expansão do neoliberalismo e intentada pela evolução do capitalismo financeiro no final do século XX, promovendo mudanças ao padrão das economias mundiais que deixaram de ser por atividades diretamente produtivas como indústria, comércio e agricultura, para um padrão de canais financeiros conhecido pelo termo financeirização da economia, com as especulações e desregulação do mercado, provoca um efeito dominó na economia mundial com influência nas crises sistêmicas no início do século XXI.

O presente trabalho tem como objetivo as crises sistêmicas utilizando o conceito da financeirização da economia e o significado de regulação e especulação financeira, além de ressaltar as consequências das crises mundiais do século XXI, e os problemas enfrentados pelas organizações e como a gestão financeira de maneira ética contribui para organização se manter viva neste contexto. A metodologia trata-se de uma pesquisa bibliográfica integrada com as demais disciplinas que compõem este trabalho.

         As crises econômico-financeiras que assolaram o mundo nos anos de 2008 e 2011 trouxeram de volta a discussão acerca dos limites da intervenção estatal e da imposição de limites jurídicos ao poder econômico. Empresas e governos colocaram-se em alerta, dado o potencial socialmente danoso das crises econômicas. Os efeitos de crises econômicas nunca estão exclusivamente ligados à produção e à circulação. Ou seja, crises econômicas nunca são apenas econômicas. Crises mostram suas faces mais perversas no campo político, vez que os rearranjos institucionais necessários para combater seus efeitos e estabilizar o ambiente econômico, na maior parte dos casos, acabam por acirrar conflitos sociais e produzir violência. Segundo essa perspectiva, somente um controle político mais efetivo sobre os agentes econômicos seria capaz de impedir a ocorrência de eventos que levam às crises econômicas, algo impossível no contexto das políticas neoliberais.

Não há como negar que políticas de estímulo à atividade econômica e até mesmo de controle sobre a produção mostraram certa eficiência no combate aos efeitos sociais da crise. Vale lembrar que, no Brasil, por exemplo, as políticas sociais e de estímulo ao consumo foram fundamentais para o enfrentamento dos efeitos da crise econômica mundial. Na China, o controle sobre a produção e a forte intervenção estatal permitiram altos níveis de crescimento, mesmo diante do contexto global de retração das economias estadunidense e européia. Esses resultados obtidos pelas economias dos países em desenvolvimento aumentaram a crença de que a crise foi ocasionada pelas políticas neoliberais, cuja recusa de regulação mais rígida dos setores financeiros é uma das marcas fundamentais. A solução contra as crises econômicas e suas conseqüências políticas, segundo os defensores do intervencionismo, seria o estabelecimento de regras limitadoras às ações dos agentes econômicos, o estímulo à circulação e à produção e a promoção dos direitos de cidadania.

             As abordagens sistêmicas postulam uma leitura histórica do capitalismo que articule num mesmo quadro as esferas econômica, social e política, bem como as hierarquias entre classes e nações. Com ênfase na longa duração baseada em Sistemas, elas buscam a apreensão de uma totalidade condizente com a dinâmica e o evolver do capitalismo. Assim, as abordagens sistêmicas, por sua amplitude de enfoque, têm o mérito de pôr em tela aspectos cruciais como a dinâmica das relações internacionais, a interdependência de diferentes regiões, bem como suas assimetrias de poder e riqueza. Assim como têm a vantagem de buscar apreender em conjunto o movimento de diferentes dimensões da vida social.

A regulação de setores específicos na economia teve como propósito corrigir eventuais falhas de mercado.

                       A regulação do mercado, especialmente em setores em que a estrutura do mercado apresenta elevado grau de concentração – visto que concentrar é restringir o espaço de mercado livre –, é condição indispensável para garantir um adequado ambiente concorrencial. Essa interferência do Estado na organização da economia intensificou-se no mundo com os danos causados pelas grandes concentrações, notadamente diante da possibilidade de ocorrerem também danos potenciais. A concentração deve ser vista como uma ação que, mesmo quando não inviabiliza a concorrência, altera o nível de competição, prejudicando em última instância o consumidor.

                        Não há como negar que políticas de estímulo à atividade econômica e até mesmo de controle sobre a produção mostraram certa eficiência no combate aos efeitos sociais da crise. Vale lembrar que, no Brasil, por exemplo, as políticas sociais e de estímulo ao consumo foram fundamentais para o enfrentamento dos efeitos da crise econômica mundial. Na China, o controle sobre a produção e a forte intervenção estatal permitiram altos níveis de crescimento, mesmo diante do contexto global de retração das economias estadunidense e europeia. Esses resultados obtidos pelas economias dos países em desenvolvimento aumentaram a crença de que a crise foi ocasionada pelas políticas neoliberais, cuja recusa de regulação mais rígida dos setores financeiros é uma das marcas fundamentais. A solução contra as crises econômicas e suas consequências políticas, segundo os defensores do intervencionismo, seria o estabelecimento de regras limitadoras às ações dos agentes econômicos, o estímulo à circulação e à produção e a promoção dos direitos de cidadania.

                        Ao longo dos anos a humanidade enfrentou diversos períodos críticos, alguns desses com consequências graves que marcaram gerações. Até metade do século XIX as crises econômicas relacionavam se a subprodução agrícola e afetavam, sobretudo o meio rural. As primeiras que se tem registro que tomaram grandes proporções e influenciaram a economia foram as duas grandes guerras, que tiveram como base a briga pela macroeconomia.

                       O desenvolvimento da indústria pesada e das comunicações, assim como a incorporação dos sistemas monetários, provocaram crises devido a superprodução industrial, mais longas e mais extensas.

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