Empresa economia e sociedade
Por: Scarlat Araujo • 19/6/2015 • Relatório de pesquisa • 875 Palavras (4 Páginas) • 351 Visualizações
Empresa, sociedade e ambiente
16 jun, 2013 Desenvolvimento Econômico e Social Economia Ambiental Paulo C. de Sá Porto
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Petroleiro Nordic Brasilia, operado pela Transpetro, no Terminal Marítimo Almirante Barroso (TEBAR) da Petrobras, em São Sebastião
A origem do atual modelo de crescimento econômico por parte dos países que hoje são ditos desenvolvidos se dá mais ou menos no século 18, quando se inicia no Reino Unido a primeira Revolução Industrial. Ele é baseado, em primeiro lugar, em um “efeito escala”: a produção deve ter um aumento contínuo, para que estes produtos possam satisfazer inicialmente a sociedade daquele país que os produzem e depois de outros países para os quais estes produtos possam ser exportados.
Porém, tal aumento contínuo exige uma quantidade crescente de recursos naturais e energia, e promove um aumento progressivo na emissão de rejeitos. Assim, este modo de produção vai somente amplificando o uso de recursos e energia e criando poluição, aumentando cada vez mais o impacto sobre o meio ambiente. Além disso, o aumento da população, e o conseqüente aumento da demanda, derivada das necessidades humanas ilimitadas, vai só acelerando o impacto ambiental do crescimento econômico.
Mas este crescimento baseado num padrão tecnológico intensivo no uso de matérias-primas e energia, grande demandante de recursos naturais (principalmente provenientes de petróleo e outros hidrocarbonetos), pode esbarrar nos limites da finitude dos recursos ambientais. Por exemplo, se a China e a Índia se desenvolverem no padrão de consumo da classe média dos EUA, para dar conta das suas necessidades de recursos naturais, os ambientalistas dizem que seriam necessários uns “cinco” Planetas Terra !! O nosso planeta não aguentaria…
Daí a necessidade urgente de se ajustar o modelo de crescimento econômico nos quatro cantos da Terra. A nova visão de Economia Ambiental é uma que tenta conciliar a necessidade de se desenvolver economicamente com o impacto deste desenvolvimento sobre o ambiente. Tenta também levar em conta o impacto deste sobre a sociedade. Daí o conceito de desenvolvimento sustentável, que tem as dimensões econômica, ambiental e social. Dentro deste “tripé”, a sociedade deve perseguir um objetivo conjunto entre prosperidade econômica, qualidade do meio ambiente e equidade social.
Nesta nova visão, as empresas foram obrigadas a ajustar seu comportamento. Adotam hoje (de maneira progressiva) ações que tentam de alguma maneira internalizar a ideia do Desenvolvimento Sustentável, integrando as suas ações com relação ao ambiente e à sociedade dentro de sua estratégia empresarial. Isto é feito através da prática da Responsabilidade Socioambiental Empresarial, ou RSE.
De acordo com o Princípio da RSE, a companhia é responsável pelo seu produto durante todo o seu ciclo de vida, e a sua ação no dia-a-dia afeta, e é afetada, por várias entidades dos países, regiões e do entorno das localidades onde operam. Estas entidades são chamadas de Partes Interessadas (ou Stakeholders), tais como governos, consumidores, investidores, empregados, populações vizinhas, ONGs, entre outras. As Partes Interessadas acompanham as ações da empresa, tendo a empresa em sua atuação “obrigações” para com tais partes.
Como as Partes Interessadas acompanham as ações da empresa, é interessante para esta o engajamento em ações e iniciativas voltadas para a construção de relações com suas várias Partes Interessadas, isto é, uma Gestão de Stakeholders (GS). Uma GS eficiente constrói o apoio social e político para os negócios da empresa (a legitimidade), fazendo com que a empresa atue de maneira a levar em conta os aspectos econômico, ambiental e social. Além disso, a GS permite que as empresas acompanhem de maneira mais próxima as ações das suas Partes Interessadas.
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