Enfoques Para Processos Empresariais
Por: horacioribeiro • 11/1/2022 • Resenha • 4.827 Palavras (20 Páginas) • 113 Visualizações
HORACIO RIBEIRO – MANUSCRITO PARA CORRIGIR – 21 2780 2164 CAPITULO 2
Para se definir as atividades que vão constituir um processo empresaria, deve-se ter uma filosofia que norteia o tratamento dado ao tema. Esta filosofia ou enfoque é que caracterizam a forma de estruturar as atividades que constituem o processo. O enfoque que norteia o tratamento do tema tem evoluído de acordo com a tecnologia e os avanços econômicos, estabelecendo vários estágios de acordo com a evolução política, das ciências sociais e econômicas da atividade humana. Para entendermos os vários modos de se estruturar um processo, vamos fazer uma rápida análise dos enfoques e as respectivas evoluções na estruturação dos processos.
Na Idade media, não existia o conceito de processos como o conhecemos hoje, pois nesta época não existiam empresas estruturadas como hoje. Nessa época surgiram as primeiras corporações de classes profissionais que eram instituições básicas das cidades mediáveis. Existiam basicamente dois tipos de profissionais os mercadores e artesões que eram responsáveis por todos os empreendimentos. Os mercadores eram homens que vendiam, trocavam e compravam mercadorias e mantinham o monopólio do mercado local e estes se organizavam para criar um sistema estável que garantisse os seus ganhos sem concorrência. Para isto, limitava-se a pratica de comercio local restringindo a atuação do comercio praticado por mercadores estrangeiros a venda aos mercadores locais. Garantia-se a todos os membros o mesmo direito de participar da compra de mercadorias dos estrangeiros. Exigia-se dos membros a cobrança de um preço uniforme pelos produtos que vendiam. Estas organizações funcionavam de forma informal criando uma espécie de monopólio.
Os artífices eram artesões e prestadores de serviços que executavam os seus trabalhos de forma rudimentar, por encomenda, não havia a noção de industria e de produção em serie. O produto era feito de forma especifica e individualizada para cada comprador sem método e na forma de artesanato. Existiam três classes de artesões. Uma das classes e constituída de artesões que montam o empreendimento, e estes decidiam a forma de fazer o produto, quem contratar, o preco e outras providencias inerentes ao negocio, eram chamados de mestres. O termo mestre durante muitos anos (anos 60, 70 e 80) foi usado nas industrias para identificar os supervisores de produção. Outros artífices não tinham conhecimento do mercado ou dinheiro e, portanto embora conhecessem o oficio não tinham como montar o seu próprio negocio e, trabalhavam para os mestres em troca de uma remuneração. O seu conhecimento do oficio, nos diversos aspectos técnicos e de mercado, e a economia de seus proventos faziam que no futuro tivessem a sua própria oficina tornando-se mestres. A terceira classe de arrefeces era constituída de aprendizes. Quando uma família desejava que um filho aprendesse um oficio, entravam em contacto com um mestre para que este lhe ensinasse o oficio. Era comuns as famílias pagarem por isto. Os aprendizes trabalhavam sem remuneração muitas vezes iniciando aos sete anos de idade. Cabia aos mestres a sua educação, em alguns casos com aplicações de castigos físicos. Quando o mestre considerava que o aprendiz já tinha conhecimento suficiente, tornava-o um profissional e passava a remunera-lo. Era um privilegio trabalhar para um bom mestre, pois estes eram extremamente seletivos com sues aprendizes.
Na idade media, não existia a noção de produção e de produtividade. A produção dependia da habilidade do artesão e os processos empresariais não eram estruturados não existindo mecanismos para seu planejamento e controle, mas a padronização imposta para a fabricação de alguns produtos gerou uma primeira forma de estrutura de processos o que caracterizou uma nova postura profissional na forma de fazer as coisas, e isto aconteceu os anos 400 e 1800, caracterizando a primeira revolução econômica da era moderna.
Nesta época comecõu-se os primeiros passos das industrias caracterizando já alguma forma de produção. Foram introduzidos os primeiros conceitos de poupança, de ganhos e outras características do capitalismo, inicialmente denominado por comerciantes, banqueiros e investidores na área de transportes (carruagens, trens, etc...). Foram as estruturas desta revolução econômica e que possibilitaram a criação das bases para a primeira revolução industrial (entre 1760 e 1860). Surgiram as primeiras maquina. Aparecem os primeiros inventos, a força animal foi substituída pela maquina a vapor. Começou a se desenvolver os primeiros desenhos de processos empresariais, com o enfoque voltado para esta forma de produção, Surgem os primeiros produtos industrializados feitos em série. A industria começa a se estabelecer. As maquinas produzidas começaram a ser usadas para automatizar a agricultura. Esta mão de obra que era usada na agricultura fica ociosa e sem trabalho começa a migrar para trabalhar nas novas industrias criando-se e apliando-se cidades e desta gerando e ampliando a necessidades de prestação de serviços para atender a demanda populacional vinda do campo. Surge a comunicação a distancia com o aparecimento do telegrafo ainda a fio. Estabelece-se os conceitos e bases para o desenvolvimento industrial.
A estrutura dos primeiros processos empresariais tinham o enfoque voltado unicamente para a produtividade. E foram construídos a partir de conceitos que caracterizam o enfoque clássico.
Enfoque clássico.
A revolução industrial propriamente dita (segunda fase) surge com o domínio de técnicas de controle e planejamento da produção. O domínio da siderurgia e o conhecimento da eletricidade tornaram possível a criação do motor elétrico. Este veio substituir engenhocas utilizadas ainda de forma rudimentar na industria (a maioria movida a vapor ou pela força das águas). O motor possibilitou melhorar as formas de produção. Nesta fase também surge o motor a combustão interna criando a industria automotiva. O ganho de produtividade na agricultura pela melhoria de equipamentos tornava cada vez maiores os contingentes de mão de obra ociosa continuava a migrar para as cidades criando um vertiginoso crescimento populacional. Amplia-se cada vez mais a oferta de serviços para atender toda esta população. Os processos empresariais começam a ser estruturados de forma a possibilitar o controle do trabalho e o atendimento as metas de produção, bem como a sua gerencia. Esta fase e considerada como clássica para a administração e seus princípios foram desenvolvidos por vários estudiosos, tais como Taylor, Fayol e Ford, que na forma de consultores introduziram os diversos conceitos que são à base do enforque clássico da administração.
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