FORMULÁRIO PARA ELABORAÇÃO DO PRÉ-PROJETO

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PRÉ-PROJETO – “EU DIGO NÃO AO ASSÉDIO!”

1. INTRODUÇÃO

A abordagem da Responsabilidade Social Empresarial dentro das organizações tem por finalidade criar um laço com a comunidade através de ações sociais, contribuindo positivamente com a política social. Alguns fatores foram essenciais para a disseminação do pensamento responsável no mundo corporativo, tais como a degradação do meio ambiente e da cultura, a ausência de políticas de inclusão e respeito à diversidade, aumento da desigualdade social, a pressão econômica e a deficiência de políticas sociais por parte do Estado trouxeram para as empresas questionamentos sobre o cenário social e a necessidade de criar novas formas de encarar essa realidade. As práticas responsáveis sociais visam a redução de impactos negativos causados pela atuação das organizações, trazendo benefícios para funcionários, clientes, fornecedores e a sociedade. Além do desenvolvimento local promovido pelos programas sociais e sustentáveis implantados pelas empresas, as vantagens da adoção dessa prática englobam o redimensionamento da marca e reputação organizacionais, além de trazer alta competitividade. Ainda que haja bastante resistência à mudança trazidas pela responsabilidade social empresarial, as corporações estão se conscientizando do seu papel no desenvolvimento das comunidades, gerando atividades e programas com foco no desenvolvimento econômico, social e político.

        

        1.1. Objetivo Geral

Esse projeto tem como objetivo geral criar um programa de responsabilidade social empresarial e abordar o assédio sexual e moral no ambiente de trabalho.

        1.2. Objetivos Específicos

Como objetivos específicos tem-se a necessidade de abordar brevemente a importância do trabalho na vida do homem, conceituar assédio sexual e moral no ambiente de trabalho, apresentar o projeto “Eu Digo Não ao Assédio!”, identificar quais os benefícios da adoção dessa política responsável e registrar os custos do projeto.  

        1.3. Justificativa

O assédio dentro do trabalho pode ser compreendido como toda conduta que cause constrangimento psicológico ou físico ao colaborador. Um dos grandes desafios organizacionais na atualidade é lidar com questões que envolvem esse tipo de comportamento, uma vez que essa pressão desestabiliza a relação da vítima com o ambiente de trabalho, gerando estresse e ausência de comprometimento. Portanto, trata-se uma questão organizacional que demanda atenção, política de prevenção e combate dentro do ambiente de trabalho.

2. METODOLOGIA (Métodos e Técnicas de Pesquisa)

A metodologia escolhida para elaborar o projeto “Eu Digo Não ao Assédio!” foi a revisão da literatura, onde buscou-se dados e informações em livros, monografias e artigos eletrônicos, além de investigar estudos de casos que ampliassem a visão dos alunos para a construção de um programa de prevenção e combate ao assédio sexual e moral dentro do trabalho.

A importância dispensada às atividades de trabalho na vida do homem vai muito além de ser apenas uma fonte de recursos.  

Codo (1997, p. 26) define que o trabalho é “uma relação de dupla transformação entre o homem e a natureza, geradora de significado”. Ainda para este autor, quanto mais complexo for significado do trabalho para o homem, maior é impacto quando há rompimento nessa relação ou circuito.

 O trabalho engloba necessidades humanas individuais, de autodesenvolvimento e de satisfação. Não trata-se apenas de produzir bens ou serviços para a sociedade, mas da transformação de cenários e relações que são impactadas pela atuação do indivíduo no seu ambiente de trabalho.

Considerando o significado do trabalho proposto por Codo (1997) e a jornada diária de oito horas, o empregado passa boa parte do seu dia dentro da empresa. É de responsabilidade social e empresarial a gestão de um ambiente saudável e com oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Na visão de Melo Neto e Froes (2001) a responsabilidade social empresarial trabalha com duas vertentes: a atuação interna da empresa a sua relação com o ambiente exterior. Em ambas, a ética deve ser sempre o alicerce, seja para a criação de estratégias organizacionais ou no trato com o ser humano.

A discussão sobre a relação entre empregado e empregador é antiga. De acordo com Vieira (2007, p. 88), “a novidade reside na intensificação, gravidade, amplitude e banalização do fenômeno e na abordagem que tenta estabelecer o nexo-causal com a organização do trabalho e tratá-lo como não inerente ao trabalho”.

No Brasil está fundamentada legalmente pela Consolidação das Leis do Trabalho de 1943 (arts. 482 e 483) e pela Constituição Federal de 1988. É importante ressaltar que ainda que CF/88 garanta que “o trabalhador tem direito a um ambiente de trabalho moralmente sadio” e “consagra a dignidade da pessoa que também tem de ser observada no trabalho” (MARTINS, 2013, p. 33), as empresas enfrentam graves problemas ao tratar da questão do assédio em seus ambientes organizacionais.

Na visão de Paroski (2006), o ato de assediar tem significado de perseguir, molestar, perturbar, aborrecer, incomodar ou importunar alguém. Dentro do ambiente de trabalho o assédio pode ser moral ou sexual.

Para Basile (2011, p. 151) assédio moral no trabalho é “a frequente exposição do trabalhador a situações humilhantes, constrangedoras ou temerárias (violência psicológica), incompatível com a dignidade da pessoa humana e com o valor social do trabalho”. Para o Código Penal, Art. 216-A, o assédio sexual se configura pelo constrangimento “com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.