Fichamento Embraer

A Embraer foi fundada em 1969 pelo Ministério da Aeronáutica do Brasil para fabricar aeronaves comerciais e militares. A empresa teve como seu primeiro diretor Ozires Silva graduado pelo ITA e membro da força aérea brasileira.

O governo brasileiro controlava 51% do capital da empresa, que detinha regalias, como subsídios, os órgãos do governo deveriam comprar aeronaves da Embraer em vez de dar preferência a empresas concorrentes. Na fabricação dos aviões a matéria prima originaria de outros países não pagariam impostos ou tarifas aduaneiras ao entrar no país. E também as companhias atuantes no Brasil teriam a possibilidade de investimento de 1% de seus impostos em ações contribuindo assim para a Embraer levantar capital entre os anos de 1970 e 1985.

No termino da década de 1980 e começo da década de 1990 o desempenho da empresa sofreu impactos negativos por vários motivos. Em 1990 os impactos nacionais e internacionais da crise acabaram sendo devastadores sobre a estatal, as vendas caíram bruscamente, consequentemente diminuiu a fabricações de aeronaves o que ocasionou na redução do quadro de colaboradores da empresa.

        No ano de 1994 foi realizado o processo de privatização, que resultou em um processo de reestruturação organizacional da Embraer.

        Maurício Botelho, presidente executivo da empresa remodelou toda estrutura administrativa, renovou o quadro de gerentes trazendo muitas pessoas de fora da organização e promoveu outros que já integrava o quadro de funcionários.

        A gestão de pessoas, criou programas de incentivo para os funcionário, planos estratégicos de ação e prêmios de remuneração.

 A reestruturação de um setor chave da empresa, resultou em uma organização matricial estruturada em função de projetos objetivando o aumento de flexibilidade, interação e autonomia, reduzindo simultaneamente prazos e custos. A empresa passou a dar maior destaque ao seu relacionamento com fornecedores, melhorando assim a velocidade e qualidade, reduzindo o tempo de fabricação de suas aeronaves.  

A Embraer passou por grandes mudanças de valores, crescendo a satisfação por parte dos funcionários que se engajaram ainda mais com as estratégias da empresa aumentando o desempenho organizacional.

A Embraer teve seus prejuízos operacionais resolvidos com relativa agilidade porém o seu lucro líquido continuou em torno de zero devido a sua carga de endividamento já existente, a empresa precisava de um produto sucesso e tinha perspectiva de emplacar imediatamente o ERJ 145 um jato regional com 50 assentos e dois motores que começou a ser desenvolvido no ano de 1989.

O ERJ 145 era uma versão mais alongada e aproveitaria o trabalho de desenvolvimento do CBA 123 esse modelo atenderia voos de curta duração e regionais.

 Esse modelo ERJ 145 proporcionou a recuperação da Embraer no mercado viabilizando vendas foi responsável por 60% das receitas 1997 tirando a empresa do vermelho em 1998. Esse projeto só foi viável através de parcerias e pela rapidez e flexibilidade da empresa, adquiridas após reestruturações. Salientando que a empresa só conseguiu viabilizar investidores para o projeto devido seu potencial em tecnologias e design diferenciado.