Fichamento do Texto: A RESSIGNIFICAÇÃO DO LOCAL
Por: m_rabelo • 27/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.251 Palavras (6 Páginas) • 193 Visualizações
Universidade Federal do Ceará
Centro de Ciências Agrárias – CCA
Departamento de Estudos Interdisciplinares - DEINTER
Curso Gestão de Políticas Públicas
Administração e Gestão Pública
Professor Gil Célio de Castro
Aluno: Marcelo Rodrigues Rabelo 404332
Fichamento do Texto:
A RESSIGNIFICAÇÃO DO LOCAL
O imaginário político brasileiro pós-80
Maio-2018
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
ARAÚJO DA COSTA, João Bosco. A ressignificação do local: o imaginário político brasileiro pós 80. São Paulo em perspectiva. São Paulo: SEADE, jul. p.113-118.
QUESTÃO:
Como eram e como é hoje, a visão acerca do poder local ancorada na perspectiva dos pequenos municípios ?
RESPOSTA:
Até os anos 80 a visão do poder local era baseado na negatividade. O poder local era sempre tratado como lugar de captura da esfera pública pela esfera privada, de práticas coronelísticas, patrimonialistas e clientelísticas, onde predominavam as lealdades pessoais, de amizades, de favores e relações familiares.
A partir dos anos 80, a imagem do poder local passa a ser ancorada na positividade, expressando mudanças em diversas áreas: um novo estatuto jurídicoinstitucional com a Constituição de 1989; na discursividade dos atores políticos; nas abordagens teórico-metodológicas que, onde destacam-se as inovações e soluções criativas das prefeituras nos campos da saúde, educação, moradia e participação cidadã.
JUSTIFICATIVA:
“Da condição de importância diante do crescente desafio de oferecer bens e serviços públicos eficientes e de qualidade e da incapacidade de formular saídas econômicas, o poder local passou a ser portador de possibilidades de gerenciamento eficiente dos recursos públicos e protagonista de iniciativas de desenvolvimento da vida econômica e social.” (pág. 113)
“Mudança que traduz a descoberta do local como portador de positividades, no momento em que solidificam-se uma percepção mais aguda do processo de mundialização e uma crescente descrença na capacidade de respostas políticas e econômicas globais a partir dos Estados nacionais.” (pág. 113)
A RESSIGNIFICAÇÃO DO PODER LOCAL
“O tema do poder local tem sido recorrente no pensamento político brasileiro. As significações instituídas em cada quadra histórica estão articuladas às conjunturas teóricopolíticas, ou seja, ao tema que ocupa a centralidade da agenda política de cada momento histórico.” (pág.113)
“Em cada fase do nosso processo histórico, o estatuto do local é instituído de forma dicotômica em relação ao nacional, ressonando em polaridades tais como centralização/descentralização, público/privado, desenvolvimento/subdesenvolvimento, Estado/sociedade civil, moderno/tradicional.”(pág. 114)
“[...]: lugar de captura da esfera pública pela esfera privada, de práticas coronelísticas, patrimonialistas e clientelísticas, do primado das relações de reciprocidades hierárquicas.” (pág. 114)
“A partir dos anos 80, o local passa a ter uma imagem representativa ancorada na positividade, expressando mudanças em diversas áreas: um novo estatuto jurídicoinstitucional com a Constituição de 1989; na discursividade dos atores políticos; nas abordagens teórico-metodológicas que, se não constituem ainda um novo paradigma, apresentam importantes deslocamentos nas matérias veiculadas pelos órgãos da mídia, que têm destacado as inovações e soluções criativas das prefeituras nos campos da saúde, educação, moradia e participação cidadã.” (pág. 114)
“Somente após a revolução capitalista e depois de um período “liberal” – o século XIX – é que os países mais desenvolvidos foram capazes de adotar o sufrágio universal e de se tornar democracias.” (pág. 79)
“Somente nesse momento as elites desses países ficaram razoavelmente convencidas de que os pobres não representavam uma ameaça real à ordem social, pois respeitariam os direitos de propriedade e os contratos.” (pág. 79)
“Com a emergência de novos atores na década de 70 – comunidades eclesiais de base da Igreja Católica, novo sindicalismo do ABC paulista, associações de moradores disseminados pelo país –, verifica-se uma polarização entre o Estado autoritário e estes atores, que expressam uma sociedade civil emergente e instituem novas práticas e espaços da política (Sader, 1989).”(pág. 114)
“[...]“novos movimentos sociais”. [...] é inegável que deram origem a um expressivo campo ético-político, com importantes rebatimentos no processo político brasileiro.” (pág. 114)
“São estes novos atores que vão flexionar a agenda política da resistência ao regime autoritário, deslocando para o nível das estruturas de poder local o debate sobre o tema da democracia. É a partir de suas demandas que os espaços e as estruturas de poder local passam a ser vistos como arenas de disputas entre atores distintos, espaços de virtualidades transformativas, quebrando a imagem homogênea do poder local que terminava favorecendo as elites locais ao identificá-las com a história e a vida das localidades” (pág. 115)
“Das lutas reivindicativas dos anos 70 e 80, resultaram as recentes reflexões sobre as estruturas de poder local, que passam a ser reconhecidas, como palco
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