Fundamentos de Estratégia e Administração Gestão Empresarial

1) Os gerentes tem ritmo de carga de trabalho implacáveis pois o seu cargo na empresa exige extrema diversidade de tarefas e atividades em que os gerentes são interrompidos a todo momento e correm de um lado para outro o tempo todo. E carregam a responsabiliade da sua unidade e sempre precisa continuar sem nunca ter certeza que o sucesso está garantido.

2) Os gerentes gostam ou tem a necessidade de saber de tudo o tempo todo, e a interrupção mostra que isso está acontecendo, a todo o momento estão chegando informações até ele, mesmo que seja por meio de problemas a serem resolvidos. Essa característica mostra o quanto o trabalho do gerente é interminável, sempre terá algo que precisam fazer, pois a carga de trabalho é sempre alta. Além disso, com a interrupção é possível perceber que os gerentes desenvolvem o entendimento da importância do custo de oportunidade, podendo priorizar algumas coisas em certos momentos e o benefício que essa prioridade pode trazer.

3) Ele expõe alguns fatos bem relevantes: Inúmeros estudos demonstram que os gerentes trabalham em um ritmo implacável; Suas atividades geralmente se caracterizam por breviedade, variedade, fragmentação e descontinuidade; São fortemente orientadas para a ação. Ou seja, pelo ritmo de trabalho insano, dificilmente o gerente ficara planejando demais alguma atividade. Seu tempo é utilizado na maioria das vezes para ação, atividades variadas e breves, não prolongando uma reflexão mais demorada e especifica de um determinado problema/assunto.

4) Os gerentes trabalham com informações formais e informais em seu dia a dia, por meio de telefonemas, emails, discussões informais e reuniões, memorandos, documentos formais. Porem é preferido meios de informações informais, como a comunicação oral que segundo Mintzberg a gestão é de 60% a 90% oral. Pois os gerentes preferem a conversa presencial e alem de trazer resultados mais rápidos proporcionam maior confiança.

5) A gestão em geral de acordo com Mintzberg é de fato tratada como relações laterais com amigos e socios tanto quanto superior e subordinado. Tal fato se deve à gerentes passarem metade do tempo com fornecedores, clientes, socios entre outros. Em um estudo, Mintzberg retrata Executivos-Chefes no qual passavam 48% de seu tempo em reuniões e telefones para obter informações exclusivas e oportunidades que poderiam aparecer. Além disso, mantinham contato com advogados, consultores e corretores para receber conselhos especializados.

6) Mintzberg cita alguns textos como o de Peter Drucker em seu livro clássico de 1954, The Practice of Management:

Uma analogia [para o gerente] é a do regente de uma orquestra sinfônica, cujos esforços, visão e lideranças fazem com que partes instrumentais individuais, apenas barulho quando sozinhas, tornem uma música viva e completa. Mas o maestro possui a partitura do compositor: ele é apenas um intérprete. O gerente é compositor e maestro ao mesmo. (pp. 341-342)

e de Sune Carlson:

Antes de realizarmos o estudo, sempre pensei no executivo-chefe como o maestro de uma orquestra, sozinho e distante em seu pedestal. Agora em certo sentido, penso nele como a marionete em um teatrinho, com centenas de pessoas puxando as cordinhas e forçando-o a agir dessa ou daquela maneira.

Mas finaliza dizendo que o gerente não é maestro nem marionete o controle, até o possível, tende a ser mais implícito do explícito, pelo estabelecimento de algumas obrigações que deva cumprir posteriormente