Gestão de Fluxo de Caixa
Por: Gabriel Nunes • 9/6/2016 • Trabalho acadêmico • 2.127 Palavras (9 Páginas) • 260 Visualizações
Gestão de Fluxo de Caixa
Introdução
A elaboração do demonstrativo de fluxo de caixa abrange o universo global das operações financeiras da empresa. Logo, o fluxo de caixa deve ser visto como um instrumento de previsão das premissas básicas estabelecidas, com o maior grau possível de confiabilidade, para se obter melhor controle sobre as finanças da empresa.
1 Fundamentos do Fluxo de Caixa
Fluxo de caixa é um mecanismo que apura a resultante entre o fluxo de Entradas e o de Saídas de moeda corrente em determinado período de tempo, ou como sendo um conjunto de procedimentos que permite, antecipadamente, avaliar as decisões pertinentes à administração de recursos financeiros.
O objetivo principal do fluxo de caixa e identificar os recursos financeiros disponíveis ou necessidades financeiras das empresas. Isso se faz projetando-se as entradas e saídas de recursos financeiros em determinado período de tempo.
Outros objetivos devem ser inseridos como fundamentais:
- elaborar um plano geral de operações;
- acompanhar, antecipando o comportamento do ciclo operacional, as variações que tem reflexo sobre o caixa operacional mínimo ou necessidade mínima de recursos (Capital de Giro);
- prever, a curto e médio prazo, fontes e seus custos financeiros para possíveis necessidades de moeda (suprimento);
- prever, a curto e médio prazo, desequilíbrio financeiro, permitindo soluções em tempo hábil.
1.1 Funções do fluxo de caixa
O profissional de finanças de uma empresa devera ter, no Fluxo de Caixa, um instrumento que permita encontrar alternativas para a tomada de decisões, como, por exemplo:
- reconhecer e administrar o grau de liquidez da empresa;
- avaliar e maximizar o retorno sobre investimentos (valor da empresa);
- administrar o crescimento a médio e a longo prazo (estratégico);
- prever as aplicações e/ou captações de recursos financeiros;
- conhecer o mercado financeiro e suas respectivas operações ativas e passivas (tomador/aplicador), procurando praticar bom relacionamento com as possíveis fontes supridoras e recursos financeiros;
- manter ou estabelecer ágil e atualizado o Sistema de Informações Gerenciais (SIG) – controles internos.
1.2 Fatores de mudança
Alguns fatores devem ser apontados como responsáveis pelas mutações no saldo do fluxo de caixa: internos (endógenos): capacidade instalada efetiva, estoques, produção, compras, pessoal, informalidade; externos (exógenos): vendas, inadimplência, expansão (demanda), sistema econômico, concorrência, mercado setorial.
1.3 Controle Financeiro: Movimento do Caixa
Quando vemos uma empresa em funcionamento, podemos identificar uma série de movimentações financeiras de entrada e saída de Recursos Financeiros. Esse conjunto de movimentações, ou seja, todos esses PAGAMENTOS E RECEBIMENTOS e todas essas ENTRADAS e SAÍDAS devem ser muito bem registradas e controladas.
Vamos agora definir o que são ENTRADAS e SAÍDAS de caixa:
ENTRADAS: São todas as receitas de valores no caixa da empresa resultante da venda de bens ou serviços, venda de máquinas e equipamentos, empréstimos ou financiamentos.
SAÍDAS: São todos os pagamentos realizados com recursos do caixa. Pode ser um pagamento para um fornecedor, um vale para o funcionário ou qualquer outro tipo de despesa.
A maneira mais comum para controlar as movimentações financeiras de uma empresa é utilizar o Formulário de Controle Financeiro. O Controle Financeiro nada mais é do que o registro formal de TODOS OS RECEBIMENTOS e PAGAMENTOS e ENTRADAS e SAÍDAS, ou seja, toda movimentação financeira da empresa, apresentando também o Movimento do Caixa.
Vamos ver um exemplo de Controle Financeiro que nos irá acompanhar durante todo o Curso de Finanças.
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O preenchimento do Controle Financeiro deve ocorrer da seguinte forma:
1. Nome da Empresa: Registra-se o nome da empresa.
2. Mês/Ano: Mês e ano a que corresponde ao Movimento.
3. Data: Dia em que as Movimentações ocorrem.
4. Descrição: É a origem da Movimentação. Pode vir acompanhada da numeração do documento para facilitar o controle e a posterior busca de um documento, em caso de dúvida.
5. Tipo: É a forma como o Pagamento ou o Recebimento está sendo realizado.
6. R/P: É a simples anotação que indica se a Movimentação realizada corresponde a um Recebimento ou Pagamento. Facilita o preenchimento das colunas Entradas e Saídas realizadas, bem como o cálculo dos totais de Recebimentos e Pagamentos.
7. Valor: é o valor correspondente à Movimentação.
8. Entradas: É o valor da Movimentação com DISPONIBILIDADE IMEDIATA (afetou diretamente o caixa).
9. Saídas: É o valor da Movimentação que representa DESEMBOLSO IMEDIATO (afetou diretamente o caixa).
10. Saldo: É a posição atualizada do caixa, resultante da entrada ou saída de recursos após a movimentação.
11. Saldo Inicial do Caixa: É o total de recursos de que a empresa dispõe para iniciar as atividades no dia. É correspondente ao Saldo de Caixa (a transportar) do dia anterior.
12. Total dos Recebimentos: É a soma dos valores que corresponderam aos Recebimentos.
13. Total dos Pagamentos: É a soma dos valores que corresponderam aos Pagamentos.
14. Saldo de caixa (a transportar): É o Saldo Final do Caixa no dia, que será lançado no Movimento do Caixa do dia seguinte como Saldo Inicial do Caixa.
A partir desse exemplo, podemos verificar toda a Movimentação Financeira que aconteceu na empresa no dia 03/05.
Independentemente do tipo de empresa, é importante que o Controle Financeiro seja feito diariamente, pois além de evitar o acúmulo de tarefas, é fundamental termos a situação atualizada dos Recursos Financeiros disponíveis. Assim sendo, poderemos tomar decisões de ordem financeira tendo por base as informações geradas pelo Movimento do Caixa.
O Caixa é bastante dinâmico em algumas empresas. Quanto mais dinâmico for o Caixa, maior será o volume de movimentações realizadas, isto é, teremos muitas ENTRADAS e SAÍDAS de recursos no Caixa.
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