Governando o Sonho Chinês - Corrupção, Desigualdade e o Estado de Direito - Controle Externo e Interno
Por: Daniela Prates • 15/2/2020 • Resenha • 2.185 Palavras (9 Páginas) • 434 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Resenha Crítica de Caso
Daniela Marisa dos Santos Prates Procópio
Trabalho da disciplina: Controle Externo e Interno
Tutor: Prof.
Araraquara - SP
2020
GOVERNANDO O “SONHO CHINÊS”: CORRUPÇÃO, DESIGUALDADE E O ESTADO DE DIREITO
Referências: Este documento é autorizado apenas para revisão do educador por Antônio Luís Draque Penso, Universidade Estácio de Sá até março de 2016. A cópia ou publicação viola direitos autorais.
Em 2012, a República Popular da China (PRC ou China) ostentava a segunda maior economia do mundo, com uma população de 1,3 milhões e um PIB de $12,4 trilhão.
O Partido comunista Chinês (CCP) depois de três décadas entre o estabelecimento da PRC em 1949 e a morte de Mao Zedong em 1976, havia organizado a China em torno do socialismo de estado, planejando e coordenando atividade econômica quanto ao individualismo quanto a igualdade. Devido a uma série de líderes, começando com Deng Xiaoping que iniciaram uma reforma econômica inserindo a economia capitalista, a China teve um crescimento nos rendimentos médios, mas a aumentou a desigualdade de renda no país.
No ano de 2012, Xi Jinping e seu premier, Li Keqiang, se tornaram a quinta geração de líderes chineses e herdaram uma sociedade mais rica do que qualquer um de seus antecessores, mas enfrentaram os maiores desafios, como a desigualdade social e a corrupção. David Shambaugh, professor na George Washington University e observador da China declarou no Wall Street Journal, que o Partido Comunista entendia muito bem o motivo do sistema político da China estar quebrado e o forte líder da China, Xi Jinping, esperava uma repressão a dissidência e a corrupção que sustentavam a regra do partido e estava determinado a evitar se tornar o Mikhail Gorbachev da China, presidindo o colapso do Partido. As prioridades de Xi definiram o cenário para seu mandato de dez anos e para o futuro econômico e político do país.
Legitimidade Política e o Mandato do Céu
O Mandato do Céu foi a ideologia política mais antiga e duradoura da China, ela existe desde 221 A.C. As dinastias imperiais que usufruíram do poder e que utilizassem essa ideologia que “tratava a rebelião como forma de remover o manto da liderança de governantes imorais e conferindo-o sobre aqueles que eram virtuosos o suficiente para substituí-los”. Os desastres naturais, a fome e muitas secas dentro de um período de tempo provocaram rebeliões populares, assim desafiando o domínio imperial e significando para o povo que o imperador tinha perdido o seu mandato os deuses e que a dinastia dominante não estava mais adequada para governar o país. A legitimidade de um governo consistia no grau em que os governantes imperiais proviam para o seu povo.
Uma História de Guerra e Humilhação
De 1644 a 1911 durante a dinastia de Manchu-led Qing a China teve uma grande pressão externa que surgiu a partir da fonte nova e mais distante: nações ocidentais construtoras de impérios. Por exemplo, a Grã-Bretanha começou a contrabandear quantidades significativas de ópio para a China no final dos anos 1700. O Imperador chinês quando reprimiu o contrabando, a Grã-Bretanha entendeu o ato como causa de guerra. A Guerra do Ópio iniciando em 1839 e terminando em 1842 com a derrota humilhante da China que resultou no Tratado de alterou a estrutura do comércio exterior com a China para a vantagem da Grã-Bretanha, incluindo a concessão de Hong Kong.
Após a Segunda Guerra Mundial, no momento em que a China recuperou a sua independência, o Japão invade a China para uma luta rural e iniciando a Guerra Sino-Japonesa. A China foi liderada pelo Partido Comunista Chinês (CCP) e um jovem Mao Zedong, que criaram bases de guerrilhas de sucesso por trás das linhas japonesas. Isso fortaleceu o CCP e iniciou uma guerra civil entre eles os Nacionalistas, liderados por Chiang Kai-shek. O Partido Comunista Chinês teve o apoio dos camponeses através da reforma agrária e campanhas de alfabetização. Em outubro de 1949, o CCP ocupou Pequim e Mao Zedong declarou o estabelecimento da PRC da Praça da Paz Celestial proclamando: “O povo chinês se levantou!”.
Narrativas Políticas e Mudanças Econômicas
Desde 1949, a República Popular da China (PRC) se submeteu a quatro grandes transições de lideranças, cada líder recém nomeado e com o comprometimento com o Controle político CCP, e declarou novas reformas e mudanças políticas.
Mao Zedong e a Organização Social Comunista
Em 1940 a forte onda chamada “Maoísmo”, guiava- se sobre o forte marxismo e procurava reunir ideia soviética imperante com o desempenho da revolução chinesa, que foi denominado como Marxismo-leninismo.
Cientistas políticos viram o estilo de Mao como um estilo em constante evolução e durante toda a história da PRC o uso de campanhas políticas e mobilização erma táticas de governo. A primeira campanha, “campanha de transformação”, foi caracterizada pela mobilização maciça do partido e da população, por um período de tempo em u clima de estrema insegurança, medo e violência. A segunda campanha foi a “campanha de produção de rotina”, com as mesmas características que a primeira, mas não era conscientemente prejudicial a rotina.
Cidadãos em regiões urbanas foram modificados para membros de “unidade de trabalho” (danwei), homens extensivos da vida urbana que uniam o trabalho, controle político e serviços sociais.
Em 1957 a propriedade privada foi abolida e isso desencadeou diversas campanhas de multidões, abrangendo a campanha “Desabrochar de Cem Flores”, que instigava o pensamento crítico, campanha que por muitos foi vista como um fracasso. Outras campanhas surgiram como o “Movimento Antidireitista” que nasceu réplica e depurava os críticos do CCP. Já a campanha das “Quatro Pragas” tentou exterminar ratos, mosquitos, pardais e moscas. Talvez a campanha mais audaciosa que a China havia criado foi uma campanha que visava a modernização total do país, chamada de “Grande Salto Adiante” que transformou coletivos rurais em coletivos maiores (de 5.000-25.000 famílias). Mao, em 1958 disparou as políticas radicais destinadas a produção siderúrgico para ultrapassar o Reino Unido e os EUA investiu na China sendo o país com maior número de fornalhas de aço do mundo. Devido a uma grande seca e quotas progressivas de grãos, levaram um carestia a matar um número estiado de 40 milhões de pessoas entre 1958 e 1961. O que aconteceu resultou a Mao deixar grande parte de suas decisões econômicas a cargo de Deng Xiaoping e ele deixou a presidência, mas se manteve como líder do CCP e do exército. Mao continuou crescendo e continuava com suas ideologias em que ele chamava “revolução permanente” e levou isso ao extremo durante a Revolução Cultura Chinês (1966-1979). Durante a revolução surgiu um grupo chamado “Guarda Vermelha” em que Maio apoiou e seu objetivo era tornar a a China vermelha de dentro para fora, e depois ajudar os trabalhadores de outros países a tornar o mundo vermelho.
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