Marx e Engels Compreenderam que as Relações Estabelecidas Entre as Classes
Por: riclou • 28/8/2018 • Trabalho acadêmico • 1.263 Palavras (6 Páginas) • 3.775 Visualizações
UNIVERSIDADE JORGE AMADO
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
SOCIOLOGIA
TRABALHO DISCIPLINA 2
RICARDO MARTINS LOUREIRO
Matrícula: 143000349
Prof. Ecyla Jesus
Salvador, Março/2018
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
3
DESENVOLVIMENTO 4
REFERÊNCIA. .........................................................................................................8
Introdução
Marx e Engels compreenderam que as relações estabelecidas entre as classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra. Ou seja, as relações sociais de produção eram baseadas na exploração do trabalho de uma classe sobre a outra e, em geral, esse processo era acompanhado de altas doses de violência. Para os autores, ao longo da história, os conflitos de classe são a mola propulsora das transformações e das mudanças.
Nesta atividade, façam uma avaliação crítica-analítica sobre como as relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão do capitalismo.
Desenvolvimento
O Capitalismo é uma forma de organização social marcada pela separação entre os proprietários, controladores dos meios de produção, (máquinas, matérias-primas, instalações, etc.) e os que não possuem e não controlam os meios de produção, dependendo exclusivamente da venda de sua força de trabalho, através do salário, para sobreviver. Essa divisão seria a base da divisão da sociedade capitalista, entre duas classes antagônicas: a burguesia exploradora e os trabalhadores explorados.
A expansão das forças de produção e da organização do trabalho capitalista, com o assalariamento e a exploração da mais-valia, proporcionou um avanço tecnológico que ficou conhecido como Revolução Industrial. A necessidade de exploração da mais-valia para a produção de capital e sua acumulação levou ao fortalecimento das relações sociais de produção capitalista. No aspecto econômico, ela resultou no desenvolvimento industrial, tecnológico e de meios de comunicação.
Por outro lado, a exploração da mais-valia provocou a miséria de um número crescente de trabalhadores, que passaram a lutar por melhorias em suas condições de vida e trabalho. Para isso, criaram sindicatos e diversas formas de associação de trabalhadores através dos quais lutavam pela garantia de direitos. Com o acúmulo de experiências, os trabalhadores passaram também a perceber a necessidade de alcançar o poder político e econômico, no Estado e nas empresas, para que a exploração da mais-valia fosse extinta. Com isso, conquistaram o direito ao voto, o direito de organização e o direito de greve.
Assim, pode-se perceber que o Capitalismo teve como um dos seus alicerces as relações sociais de produção, em que de um lado havia os proprietários dos meios de produção, procurando explora o máximo para conquistar lucros, e do outro lado a massa oprimida dos trabalhadores em que após muita luta conseguiram, com o passar dos anos, seus direitos. Porém, além dessas relações, existe também outro importante alicerce que fez com que o Capitalismo fosse adotado como uma organização social mundial.
O Estado tem sido definido como um conjunto de instituições políticas, jurídicas e administrativas com jurisdição sobre a população de um país internacionalmente reconhecido em suas fronteiras. Sendo um dos fatores primordiais para a ascensão do Capitalismo.
Para os pensadores alemães Karl Marx e Friedrich Engels, o Estado é um instrumento que serve aos interesses da classe dominante em qualquer sociedade.
No texto a seguir, Martin Carney discute a concepção marxista do Estado:
“Em primeiro lugar, Marx considerava as condições materiais de uma sociedade como a base de sua estrutura social e da consciência humana. A forma do Estado, portanto, emerge das relações de produção, não do desenvolvimento geral da mente humana ou do conjunto das vontades humanas. (…)
Essa formulação do Estado contradizia diretamente a concepção de Hegel do Estado “racional”, um Estado ideal que envolve uma relação justa e ética de harmonia entre os elementos da sociedade. Para Hegel, o Estado é eterno, não histórico; transcende a sociedade (ou seja, está acima da sociedade) como uma coletividade idealizada. Assim, é mais do que as instituições simplesmente políticas.
Marx, ao contrário, colocou o Estado em seu contexto histórico e o submeteu a uma concepção materialista da história. Não é o Estado que molda a sociedade, mas a sociedade que molda o Estado. A sociedade, por sua vez, se molda pelo modo de produção e pelas relações de produção inerentes a esse modo de produção.
Em segundo lugar, Marx (novamente em oposição a Hegel) argumentava que o Estado, emergindo das relações de produção, não representa o bem comum, mas é a expressão política da estrutura de classe inerente a produção.
Hegel tinha uma visão do Estado como responsável pela representação da “coletividade social”. O Estado estaria, assim, acima dos interesses particulares e das classes, assegurando que a competição entre os indivíduos e os grupos permanecesse em ordem, enquanto os interesses coletivos do “todo” social seriam preservados nas ações do próprio Estado.
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