Max Weber Foi Estudante da Área Econômica
Por: Jonathan Gomes • 16/1/2017 • Dissertação • 1.308 Palavras (6 Páginas) • 285 Visualizações
Max Weber
Durante a maior parte de sua vida acadêmica Max Weber foi estudante da área econômica. Seu último livro, um conjunto de notas de aula publicada por seus alunos, intitula-se justamente “ Historia Geral da Economia ”.
Weber elabora uma sofisticada abordagem sociológica da vida econômica. Já em seu último livro “ A ética protestante e o espírito do capitalismo “ de 1904, Weber enfatiza os fatores culturais presentes na gênese da conduta capitalista, pois esta era a visão que predominava na época; porém nas décadas seguintes ele rompera com essas noções e afirmara que o capitalismo é uma das expressões da vida racionalizada da modernidade ocidental e desse ponto de vista é similar da forma racional ao campo da política, do direito e da ciência.
Weber rompe com a definição Marxista de que o capitalismo é um fenômeno exclusivo da era moderna, daí usara a expressão de “capitalismo moderno”, ou seja, para Weber o capitalismo não é um fenômeno que atravessa a história, pois a busca do lucro já pode ser localizada nas sociedades primitivas e antigas, nas grandes civilizações e nas sociedades orientais e ocidentais.
Em sua análise Weber conclui que o núcleo estruturante da atividade capitalista é a empresa. Com base nessas premissas Weber construiu diferentes tipos ideais de capitalismo, como:
- O capitalismo aventureiro;
- Capitalismo de estado;
- Capitalismo mercantil; e
- Capitalismo comercial.
As principais análises de Weber no campo econômico, pode ser encontrada no segundo capítulo de seu livro “ Economia e sociedade “, tópico onde discute a ordem social econômica, ali, ele destaca, que o processo de racionalização da atividade econômica, também envolve a passagem de uma racionalidade material, da qual, a vida econômica está submetida a valores de ordem ética e política, por essa e outras razões Max Weber atualmente é considerado um dos precursores da sociologia econômica.
A ética protestante e o espírito do capitalismo
Nessa obra considerada uma das mais importante de Weber, ele relaciona o papel do protestantismo na formação do comportamento típico do capitalismo ocidental moderno, nele Weber parte dados estáticos, que mostram a proeminência de adeptos da reforma protestante, entre grandes homens de negócios, empresários bem sucedidos e mão-de-obra especializada, a partir daí Weber procura estabelecer conexões entre a doutrina e a pregação protestante, bem como de seus efeitos no comportamento de indivíduos e no desenvolvimento do moderno capitalismo.
Weber descobre, que os valores do protestantismo, tais como disciplina ascética, a poupança, a austeridade, a vocação, o dever e propensão ao trabalho atuavam de maneira decisiva sobre o indivíduo, com efeito, Weber observa que no seio das famílias protestantes os filhos eram criados para o ensino especializado e para o trabalho fabril, optando sempre por aquelas atividades mais adequadas a obtenção do lucro, preferindo cálculos e estudos técnicos aos estudos humanísticos.
Weber mostra a formação de uma nova mentalidade, um ethos, isto é, um conjunto de valores, costumes e hábitos fundamentais propícios ao desenvolvimento do capitalismo.
Este ethos, ou ética protestante, difere do arianismo, ou seja, da atitude contemplativa do catolicismo, mais voltado para oração, sacrifício e renúncia da vida prática. Um dos aspectos importante desse trabalho no seu sentido teórico está em expor as relações entre religião e sociedade e desvendar certas particularidades do capitalismo.
Além disso nesse trabalho podemos ver de que maneira Weber aplica seus conceitos e postura metodológico, alguns das principais análises feitas por Weber na ética protestante são as seguintes:
A relação entre religião e sociedade não se dá por meio institucionais, mas por intermédio de valores introgetados nos indivíduos e transformados em motivo da ação social, ou seja, a motivação do protestante segundo weber é o trabalho, enquanto dever e vocação como um fim absoluto em si mesmo, e não o ganho material obtido por meio dele. O motivo que mobiliza internamente os indivíduos é consciente. Entretanto, os atos individuais vão além das metas propostas e aceitar por eles.
Buscando sair-se bem na profissão, mostrando sua virtude, vocação e renunciando os prazeres materiais o protestantismo puritano se adapta facilmente ao mercado de trabalho, acumula capital e o reinveste produtivamente.
Ao cientista cabe estabelecer conexões entre a motivação dos indivíduos e os efeitos de sua ação no meio social, procedendo assim Weber analisa os valores do catolicismo e do protestantismo, mostrando que os últimos revelam a tendência ao racionalismo econômico, base da ação capitalista.
Para constituir um tipo ideal do capitalismo ocidental moderno, Weber estuda as diversas características das atividades em várias épocas e lugares, antes e após o surgimento das atividades mercantis e da indústria, e conforme seus preceitos Weber constrói um tipo gradualmente estruturado a partir de suas manifestações particulares tomadas a realidade histórica dessa forma típica, numa organização econômica racional assentada no trabalho livre e orientada para um mercado real, e não simplesmente para mera especulação ou rapinagem.
O capitalismo promove:
- A separação entre empresa e residência
- A utilização técnica de conhecimento científico;
- O surgimento do direito e da administração racionalizados
Sociologia Política
Trabalho de Weber com sua teoria dos tipos de dominação
Dominação para Weber é a possibilidade de um determinado grupo se submeter a um mandato. Isso pode acontecer por motivos diversos, como costumes e tradições. Weber define três tipos ideais de dominação, que se distinguem pelo caráter da dominação, pessoal como impessoal e principalmente pela diferença nos fundamentos da legitimidade, são elas:
- A dominação Legal;
- Tradicional; e
- Carismática
Na dominação legal, a obediência está fundamentada na aceitação da validade intrínseca das normas e sua vigência, e seu quadro administrativo é mais bem representado pela plutocracia, a ideia principal da dominação legal é que deve existir um estatuto, uma lei que legitima o mandato, nessa forma de dominação, o dominado obedece a regra e não a pessoa em si, independente do pessoal ele obedece ao dominante que possui tal autoridade, devido a uma regra que lhe deu legitimidade para ocupar este posto.
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