Mercado internacional

1. Mercado Internacional – Conceito

O ser humano possui necessidades básicas que precisam satisfazer, como alimentação, habitação e vestuário. Essas são necessidades primarias, com a evolução do homem, foi surgindo novas necessidades, educação, lazer, conforto e etc.

O homem se viu obrigado a produzir, porque os elementos encontrados na natureza tornaram-se insuficientes.

        Conforme Maia (2006, p. 20):

O ser humano percebeu que era difícil produzir tudo que precisa. Era mais fácil fazer dez coisas iguais do que sete diferentes. Assim, nasceu a divisão do trabalho: individuo produzia apenas um tipo de objeto em quantidade superior a suas necessidades e trocava o excedente. A divisão do trabalho não só aumentou a produtividade como também permitiu a melhora da qualidade. Esses dois fatos proporcionaram maior oportunidade de trocas.

        O mercado Internacional é um conjunto de movimentações de mercadorias que são objetos de troca entre os blocos econômicos mundiais, que são medidos pelo total de exportações. Além da troca de mercadorias também é considerado os níveis de serviços.

A principal razão para a existência do comercio internacional é a constatação simples de que nenhum país é autossuficiente o bastante para produzir todos os bens e serviços de que sua população necessita. E, em muitos casos, mesmo quando o país consegue produzir esta ou aquela mercadoria, não o consegue de forma eficiente e vantajosa em relação a outros países. Isto se deve ao simples fato de que os países são dotados, de forma diferente, de recursos naturais, de clima, de nível de tecnologia e assim por diante. (SILVA, p.15, 1999)

        Para Maia (2006, p22) “não só o comércio se tornou internacional. Também outros atos humanos, relacionados com a atividade econômica, não respeitaram as fronteiras nacionais, formando um conjunto de atividades que constituem a Economia Internacional”.

        O fenômeno da globalização teve grande influencia no Mercado Internacional e na relação entre os blocos econômicos. O avanço da tecnologia e informação contribuiu para a criação de grandes empresas multinacionais de diversos segmentos da economia.

1. Teoria da concorrência

1. Concorrência Pura ou Perfeita

A teoria da concorrência pura ou perfeita mostra um mercado onde não existe deslealdade, pois mesmo existindo um grande numero de empresas, uma empresa isoladamente não afeta o preço de equilíbrio e nem a oferta de mercado.

Conforme Vasconcelos e Garcia (2008, p.96):

Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários em curto prazo, isso atrairá novas firmas para o mercado, pois também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado (devido ao aumento no numero de empresas), os preços de mercado tenderão a cair, e consequentemente também os lucros extras que tendem a zero. Existirão apenas lucros normais, implícitos nos custos, quando então cessa o ingresso de novas empresas nesse mercado.

Para Nordhaus (1993, p. 165) “A concorrência perfeita ocorre quando nenhum produtor pode influenciar o preço de mercado [...] há muitas empresas pequenas, cada uma a produzir um produto idêntico e sendo cada uma demasiado pequena para influenciar o preço de mercado”.

Deve-se salientar que, na realidade, não existe o mercado tipicamente de concorrência perfeita, sendo talvez o mercado de produtos hortifrutigranjeiros o exemplo mais próximo a esse modelo (VASCONCELOS E GARCIA, 2008, P. 96).

Podemos constatar que a concorrência perfeita, não impõe barreiras em seu mercado e todas as empresas utilizam os mesmos dados. E que realmente ela não é utilizada nos mercados atuais.

2.2. Concorrência Imperfeita

A concorrência imperfeita existe quando uma empresa pode afetar o preço de mercado dos bens que produz. Exatamente o oposto da concorrência perfeita.

Para Nordhaus (1993, p.190) “A concorrência imperfeita verifica-se num setor de atividade sempre que existam vendedores individuais que detém alguma parcela de controle sobre o preço da produção desse setor”.

Conforme Krugman e Obstfeld (2005, p.92) na concorrência imperfeita:

As firmas estão conscientes de que podem influenciar os preços de seus produtos e de que podem vender mais somente ao reduzir preço. Essa concorrência caracteriza dois tipos de indústrias: aquelas em que há poucos produtores principais e aquelas em que o produto de cada produtor é visto pelos consumidores como bastante diferenciado dos produtos das firmas rivais. Sob essas circunstancias cada firma considera-se uma formadora de preço, ao escolher o preço de seu produto, em vez de ser uma tomadora de preço.

Dentro da concorrência imperfeita existem varias estruturas de mercado como: Monopólio, Oligopólio, Concorrência Monopolística, que vamos verificar a seguir.

Monopólio

O poder de monopólio se caracteriza por uma só empresa que domina o mercado, quando um produtor ou comerciante aumenta unilateralmente os preços, ou diminui a qualidade ou variedade de produtos ou serviços, com finalidade de aumentar os lucros.

Conforme Vasconcellos e Garcia (2008, p. 98) as barreiras à entrada podem advir de:

Monopólio puro ou natural: As empresas já instaladas operam com grandes plantas industriais, com elevadas economias de escala e custos unitários bastante baixos, o que possibilita a cobrança de preços relativamente baixos por seu produto, o que acaba sendo uma grande barreira para a entrada de novos concorrentes.

Patentes: enquanto a patente não cai em domínio publico, a empresa é a única que detém a tecnologia apropriada para produzir aquele determinado bem;

Controle de matéria- prima básica: por exemplo, o controle das minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio.

“quando um país ou um grupo econômico tem o monopólio de um produto, fica dono do mercado. Consequentemente, pode impor o preço que quiser. Pode até reduzir a produção para elevar os preços” (MAIA, 2010, P. 179).

Para Nordhaus (1993, p. 191):