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Métodos Quantitativos Matriz de Análise de Viabilidade

Por:   •  9/8/2021  •  Trabalho acadêmico  •  1.944 Palavras (8 Páginas)  •  416 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz de análise de viabilidade

Disciplina: Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance

Módulo: 5

Aluno: Beatriz Rocha Ribeiro

Turma: ONL021UH-POGFIRS13T5

Tarefa: Analise de viabilidade para Holguín LTDA na aquisição de micro usina de energia.

INTRODUÇÃO

Apresente as suas considerações iniciais sobre o caso estudado.

A Rolguind Ltda atuante na fabricação de roldanas especiais para guindastes está desenvolvendo o planejamento financeiro para os próximos anos. A área de guindastes está em constante crescimento, por essa razão o faturamento para os próximos cinco anos já está garantido por meio de contratos firmados. A fabricação de roldanas é altamente dependente dos tornos mecânicos, que consomem muita energia elétrica. Com esse cenário, a Tecsol Ltda (empresa especialista no fornecimento e na instalação de equipamentos para geração de energia solar), visitou a Rolguind Ltda com a proposta de economizar energia através da compra de seus produtos, a criação a instalação de uma micro usina de energia solar. Ao analisar a última fatura de energia da Rolguind Ltda, o analista da Tecsol Ltda concluiu que a empresa de roldanas atualmente paga R$0,86 por quilowatt consumido para a concessionária de energia (sem taxa mínima). O analista também explicou que com a criação da micro usina, se a energia produzida fosse menor que a consumida, a fatura viria com o desconto equivalente ao que foi gerado e em caso da geração fosse maior que o consumo, a fatura da concessionaria seria zero e o excedente não seria computado no futuro. Baseando-se no consumo analisado, a Tecsol Ltda ofereceu o projeto com a micro usina para geração de 3000 kwh/mês com um investimento de R$90.600,00, o montante poderia ser pago à vista com 2% de desconto ou com uma entrada de 30% e mais 36 parcelas iguais e consecutivas à taxa efetiva de 1.19% a.m. O projeto consiste na instalação de uma micro usina de geração de energia (R$39.000,00) e mais 6 conjuntos de placas solares (R$8.600,00). A Rolguind elaborou uma análise de viabilidade baseada em 5 anos de utilização dos equipamentos da Tecsol, sendo acordado que, ao final do período, o valor residual de 10% do total investido seria devolvido. O custo de oportunidade (TMA) avaliado viável para Rolguind é de 1,48% e que o investimento seja retornado em, no máximo, 48 meses.

Cálculo e interpretação do coeficiente de correlação entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês

A expressão de correlação linear pode ser apresentada da seguinte forma:

Formula 1 – Coeficientes de Correlação Linear

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Fonte: Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance (2021)

Segundo Assaf Neto (2016, p. 259), “o conceito de correlação visa explicar o grau de  

relacionamento verificado no comportamento de duas ou mais variáveis. Quando se trata unicamente de duas variáveis, tem-se a correlação simples”.

 

Segundo Gitman (2010, p. 215), “se duas séries se movem na mesma direção, elas são positivamente correlacionadas. Quando se movem em direções opostas, são negativamente correlacionadas”.

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Fonte: Dados das pesquisa

No exemplo analisado, a variável x é o faturamento da empresa Rolguind Ltda e a variável y é o consumo de energia. O objetivo é entender se existe uma correlação entre às duas variáveis e qual o grau de relacionamento. Quanto mais próximo de +1, há maior relação entre as variáveis analisadas. O coeficiente encontrado aplicando a formula apresentada, foi de 0,998210027, ou seja, podemos avaliar que existe um alto grau de relacionamento entre o consumo de energia e o faturamento da empresa de guindastes, Rolguind Ltda. O que indica, que quanto maior for o faturamento consequentemente maior será o consumo de energia.

Cálculo da equação da reta de regressão linear entre o faturamento e o consumo médio de energia por mês

A expressão de uma reta para uma correlação linear, pode ser apresentada com a equação abaixo:

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Fonte: Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance (2021)

Nessa equação, Y é a variável que se deseja projetar, chamada dependente, A é o ponto onde a reta corta o eixo Y, B define a intensidade da inclinação da reta de regressão e X é a variável independente.

Segundo Assaf Neto (2016, p. 263), “esse é o objetivo da análise de regressão, a qual, por meio de sua expressão matemática, permite que se efetuem além da identificação da relação das variáveis, importantes projeções futuras”

Segundo  Assaf  Neto (2018,  p. 128),  “ao  identificar uma correlação entre as variáveis, é interessante que se expresse seu relacionamento por meio de uma equação. Esse é o objetivo da análise de regressão, a qual, por meio de sua expressão matemática, permite que se efetuem, além da identificação  da  relação  das variáveis, importantes projeções futuras. Para uma correlação linear, a expressão da reta ajustada, em que os fatores de X explicarão os de Y (a variável Y é função da variável X), é definida por: Y=a+ bx.”

Como mencionado anteriormente, foi considerado o faturamento (x) e o consumo de energia (y). Com isso, os cálculos das variáveis “A” e “B” são:

B= 0,001716905 e A=-66,96104568. O fato da variável ser negativa (-66,96) demonstra que mesmo não havendo faturamento, haverá consumo de energia. Pode-se afirmar que será esperado um aumento em média de R$0,001716 no faturamento anual em função do consumo mensal de energia, obtendo-se um coeficiente de determinação de 0,996423259.

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Fonte: Dados da pesquisa

A análise obtida demonstra o forte relacionamento entre as variáveis faturamento e consumo de energia, em outras palavras, é possível afirmar que 99,64% das vezes, o aumento do faturamento (x) interfere no consumo médio de energia gerado (y).

Projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos

A projeção do consumo médio de energia por mês para os próximos cinco anos, são diretamente proporcionais, como avaliado anteriormente. Portanto, podemos observar os seguintes resultados; O resultado foi obtido ao multiplicar o faturamento pela variável B e somando ao valor de A, do cálculo da regressão linear:

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Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto

Considere o orçamento originalmente apresentado pela Tecsol Ltda.

Opção com pagamento à vista:[pic 8]

Opção com pagamento à prazo:

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O orçamento originalmente apresentado pela Tecsol Ltda é o da aquisição da micro usina mais 6 placas solares. O fluxo de caixa é composto pelas entradas e saídas no período do projeto, onde as entradas são os valores obtidos pela economia no consumo de energia bem como a devolução do valor residual no final do período e as saídas são determinadas pelo montante investido. Os valores são transformados à valor presente, assim poderá ser analisado o valor do investimento no tempo e também o payback descontado, para descobrirmos o momento que a empresa recupera o valor investido.

A opção de pagamento à vista, com desconto de 2% demonstra ser inviável pois gera um payback descontado de 49 meses e um índice de lucratividade de 1,19%. Lembrando que o custo de atratividade para Rolguind Ltda é de 1,48% e o payback mínimo de 48 meses.

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A opção com pagamento à prazo, demonstra ser uma opção viável, pois nos retorna um índice de lucratividade de 1,67% e um payback de 48 meses.

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Fluxo de caixa projetado para os cinco anos de vida útil do projeto, considerando a aquisição de mais conjuntos de placas solares de 500 kWh/mês

Opção com pagamento à vista:

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Opção com pagamento à prazo:

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Na segunda proposta apresentada pela Tecsol Ltda, a empresa adquire adicionalmente placas de 500KWh/mês, aumentando a geração mensal de energia. Essa alteração na proposta aumenta o retorno do investimento.

Essa opção é inviável, tanto na modalidade à vista como na modalidade à prazo. Pois o payback é de 52 e 51, respectivamente.

Opção à vista:

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Opção à prazo:

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Cálculo e interpretação dos indicadores de viabilidade

Calcule todos os indicadores solicitados para cada um dos fluxos de caixa projetados.

1. Valor presente líquido (VPL)

O valor presente líquido (VPL), segundo Vieira Sobrinho (2018, p. 171), “é uma técnica de análise de fluxos de caixa que consiste em calcular o valor presente de uma série de pagamentos (ou recebimentos) iguais ou diferentes a uma taxa conhecida, e deduzir o valor do fluxo inicial”. No exercício analisado, efetuamos o cálculo de entradas, saídas e o do fluxo de caixa com a taxa mínima de atratividade de 1,48%. No exercício, todos os cenários produziram um VPL positivo, sendo a opção original à prazo com o maior retorno obtido.

Cenário Original com Pagamento à vista: R$17.089,77.

Cenário Original com Pagamento à prazo: R$18.302,20.

Cenário Adicional com Pagamento à vista: R$15.495,86.

Cenário Adicional com Pagamento à prazo: R$16.823,38.

2. Taxa interna de retorno (TIR)

A taxa interna de retorno, segundo Assaf Neto (2016, p. 158), “é a taxa de juros (desconto) que iguala, em determinado momento do tempo, o valor presente das entradas (recebimentos) com o das saídas (pagamentos) previstas de caixa”. Os valores obtidos pela taxa interna de retorno devem ser comparados a TMA (taxa mínima de atratividade), no caso trabalho, de 1,48%. Todos os cenários possuem TIR maior que a TMA, sendo que o cenário original com pagamento à prazo tem a maior TIR.

Cenário Original com Pagamento à vista: 2,16%.

Cenário Original com Pagamento à prazo: 2,82%.

Cenário Adicional com Pagamento à vista: 2,04%.

Cenário Adicional com Pagamento à prazo: 2,56%.

3. Payback descontado (PD)

Segundo Feuser (2020, p. 75): “o período de payback descontado evidencia quanto tempo é necessário para que um determinado projeto devolva o capital investido devidamente remunerado pela rentabilidade mínima exigida pelos investidores. Comparando o período de payback descontado apurado para determinado projeto de investimento com o prazo máximo de retorno  exigido pelos investidores, os resultados possíveis são: (Payback Descontado > Prazo Máximo de Retorno); (Payback Descontado <  Prazo Máximo de Retorno); ou (Payback Descontado = Prazo Máximo de Retorno).”

De acordo com o exercício o tempo mínimo do investimento, para o mesmo ser considerado viável, é de 48 meses. Com isso, apenas o cenário original com pagamento a prazo, atende as expectativas.

Cenário Original com Pagamento à vista: 48,5 meses.

Cenário Original com Pagamento à prazo: 47,5 meses.

Cenário Adicional com Pagamento à vista: 52,0 meses.

Cenário Adicional com Pagamento à prazo: 51,0 meses.

4. Índice de lucratividade (IL)

Segundo Assaf Neto (2016, p. 391), “o índice de lucratividade (IL), ou índice de valor presente, é uma variante do método do NPV: é determinado por meio da divisão do valor presente dos benefícios líquidos de caixa pelo valor presente dos dispêndios (desembolso de capital)”. O índice de lucratividade é calculado da seguinte forma:

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Fonte: Métodos Quantitativos Aplicados a Corporate Finance (2021)

Em todos os cenários, o índice de lucratividade é maior que 1, sendo assim viáveis. Mas, o cenário original com pagamento a prazo demonstra ser o maior.

Cenário Original com Pagamento à vista: 1,19.

Cenário Original com Pagamento à prazo: 1,67.

Cenário Adicional com Pagamento à vista: 1,16.

Cenário Adicional com Pagamento à prazo: 1,57.

CONCLUSÃO

Finalize o seu texto destacando os principais pontos da sua reflexão sobre o caso.

Ao analisar a empresa Rolguind Ltda foi possível analisar uma forte relação entre o faturamento e o consumo de energia.

Com base nas propostas enviadas pela Tecsol Ltda. o cenário viável é o da aquisição original da micro usina de energia solar com pagamento à prazo, pois possuem o melhor retorno financeiro VPL (R$18.302,20), melhor Taxa Interna de Retorno (TIR) (2,82%), apresenta o payback inferior ao mínimo exigido (47,5 meses) e também o maior índice de lucratividade (1,67).

Referências Bibliográficas:

FEUSER , Carlos E.P. Métodos Quantitativos  aplicados a Corporate Finance. Rio de Janeiro, 2021. 102 p. Apostila do Curso de Métodos Quantitativos  aplicados a Corporate Finance – Fundação Getúlio Vargas. 

ASSAF NETO, A. Mercado Financeiro. 14ª ed. São Paulo: Atlas, 2018.

ASSAF NETO, A. Finanças corporativas e valor. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2016.

GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010

        

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