O AMANHECER DO 3º MILÊNIO – PERSPECTIVAS PARA O TRABALHO E TEMPO LIVRE

“O AMANHECER DO 3º MILÊNIO – PERSPECTIVAS PARA O TRABALHO E TEMPO LIVRE” Domenico De Masi

O autor relata, primeiramente, o seu conceito de sociedade pós-industrial, identificando-a como a produção de bens imateriais em grande escala. Após essa análise é dito como está se transformando o trabalho na sociedade pós-industrial, e como este está transformando o ócio.

De Masi enfatiza que essa transformação na sociedade se deve a alguns fatores como: desenvolvimento tecnológico, progresso organizacional e globalização. Logo é afirmado pelo autor que é necessário que se busque um terceiro modelo de regime político, que não se baseie no trabalho e sim no tempo livre.

Em seguida é descrito por De Masi quais foram as principais consequências da industrialização que nos levaram ao mundo pós-industrial, destacando-se os elementos aumento de longevidade, aumento exponencial da população, e desenvolvimento sem trabalho.

Fala-se também da mudança de valores da sociedade industrial, que apreciava a executividade, a obediência e a conformidade, frente à sociedade pós-industrial que aprecia a flexibilidade e a criatividade. Outro valor igualmente destacado pelo autor na sociedade pós-industrial é a constituição da desestruturação do tempo e do espaço.

Destacando-se, finalmente, a percepção que se tem de que trabalho esta relacionado a um dever, enquanto o ócio a um pecado.

Para a compreensão do texto é importante saber as fases do sistema social que passou da produção rural, onde o poder estava nos proprietários de terra, para a sociedade industrial, que possui a produção de bens industriais em grande escala, e em seguida passou para o sistema pós-industrial, que consiste na produção de bens imateriais, como serviços, em grande escala. Toda a transformação que temos nos dias de hoje foi determinada por alguns fatores, como o desenvolvimento tecnológico e científico, proporcionando a possibilidade de termos muita facilidades nos dias de hoje. Outro fator foi o progresso organizacional e principalmente a globalização. Contudo, estas transformações geraram as divisões que temos hoje, como o capitalismo e o comunismo, onde o capitalismo se preocupa apenas em produzir e o comunismo apenas em distribuir.

Diante da explanação histórica do autor que na passagem da sociedade rural para industrial as potencias que investiram em desenvolvimento tecnológico e cientifico saíram na frente dos gregos que incentivavam os estudos da filosofia, política e literatura (ócio produtivo). Diante de percepção de atraso da Grécia com essa estratégia o ócio produtivo tornou-se uma não opção de desenvolvimento. Para o grupo essa foi a grade idéia que De Mais quis passar como texto que para alavancar uma sociedade é preciso primeiramente investimento em estudos tecnológicos e científicos.

Para De Masi, existem alguns fatores que levaram a sociedade da industrialização a era pós-industrial, caracterizada ainda por ele como a época em que não se produzem bens materiais em larga escala, mas sim bens imateriais, como serviços, informação, valores, entre outros; Entre os fatores estão o desenvolvimento tecnológico – científico –, o progresso organizacional e a globalização.

          Levando em consideração o desenvolvimento científico – tecnológico  – o autor chama a atenção para o fato de esse avanço não se reter a informática, mas também abrangem a medicina, a farmacologia, o desenvolvimento de novos materiais e várias outras áreas de estudo que se desenvolveram em ritmo extremamente acelerado se comparado a outras épocas.

          Tomando como inicio Taylor, sendo seguido por Ford e outros, o progresso organizacional deu um grande salto a partir do século XIX. Assim escola, trabalho e a sociedade foram organizados sistematicamente, até o tempo livre virou alvo da organização cientifica. O autor ressalta este último fato como monstruoso e a transformação da sociedade industrial em sociedade pós-industial passou em grande parte pelo processo de transformação das ciências organizacionais.

           A globalização também toma parcela dessa transformação, o acesso das massas a informação e comunicação modificaram a sociedade como um todo. Para De Masi, é cada vez mais difícil irmos a lugares diferentes dos quais vivemos. Se levarmos em consideração a cultura de massa, observaremos uma grande quantidade de pessoas consumindo exatamente o mesmo produto em uma área extensa do globo, transformando a vida de pessoas, e uma grande parcela desse produto sendo produzida por um país – ou um restrito conjunto de países. Nações que vendem seu estilo de vida aos quatro cantos do globo.