INDÚSTRIA CULTURAL E SOCIEDADE -TEMPO LIVRE
Por: jocalopes • 14/10/2015 • Resenha • 976 Palavras (4 Páginas) • 569 Visualizações
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IFSP – SP INSTITUTO FEDEREAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
GESTÃO DE TURISMO
JOANA CARLA SANTOS DE LOPES
RESENHA DO TEXTO: INDÚSTRIA CULTURAL E SOCIEDADE -TEMPO LIVRE
SÃO PAULO
2015
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IFSP – SP INSTITUTO FEDEREAL DE EDUCAÇÃO, CIENCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
GESTÃO DE TURISMO
JOANA CARLA SANTOS DE LOPES
RESENHA DO TEXTO: INDÚSTRIA CULTURAL E SOCIEDADE -TEMPO LIVRE
Resenha sobre o texto: Indústria Cultural e Sociedade –Tempo Livre, como forma de avaliação da disciplina de História e Turismo no curso de Gestão de Turismo conforme orientado pelo Prof° Ms. Thiago Antunes.
São Paulo
2015
RESENHA DO TEXTO
ADORNO, Theodor W.. Tempo Livre. In: ADORNO, Theodor W. Tempo Livre. Indústria Cultural e Sociedade. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2002. Pp. 62- 70.
Adorno começa o texto dizendo que a expressão Tempo Livre não pode ser formulada em generalidade abstrata. Conhecido como ócio antigamente, o tempo livre era o oposto de trabalho. Ele discute a real liberdade de um indivíduo em seu tempo livre, algo que é dependente da situação econômica deste mesmo individuo e algo tão intrínseco as características pessoais de cada um. O autor provoca o leitor com a questão do tempo livre sendo subproduto do trabalho e sua real liberdade.
O autor nega o hobby como algo que seja fruto do tempo livre e sim algo corriqueiro que a sociedade espera que alguém possua, sendo esta mais uma obrigação do que necessariamente tempo livre ou lazer. Cita um exemplo dele que não possui hobbies e que não reconhece suas atividades diárias como tal por reconhecê-las como atividades sérias e gratificantes.
Quando aceitamos o fato que na sociedade burguesa a força de trabalho tornou-se mercadoria, como mostra o pensamento de Marx, e com este fator o trabalho foi coisificado, entende-se que hobby acaba sendo mais um produto de lucro em função do modo de vida imediatista das pessoas e mediado pelo sistema capitalista. Por meio disto podemos citar o Turismo que passou de algo que fazia parte do tempo livre de burgueses e se transformou em algo lucrativo e que foi aderido a massas, como relata Adorno.
O tempo livre é algo que não se opõe totalmente ao tempo de trabalho como antes era difundido e que de certa forma surgiu para aliviar o estresse de operários. Concluímos com isso que o tempo livre é um apêndice do trabalho e não podem ser separado do mesmo. Atribuiu ao tempo livre algo para se esquecer do trabalho e que inconscientemente são introduzidas como forma de se trabalhar melhor.
Quando se pergunta a alguém: qual o seu hobby? Esperamos uma resposta de acordo com a oferta de tempo livre e quando não se tem resposta a tal pergunta este alguém é tido como antiquado ou algo do gênero. O autor explica que a sociedade impõe o que deve ser feito no tempo livre e que a própria liberdade é induzida pelo comércio, mostrando o que devemos ser e comprar para sermos livres.
Segundo Adorno “o fetichismo que medra no tempo livre está sujeito a controles sociais suplementares”, com isso ele explica que a indústria e propaganda utilizam do encantamento a venda de produtos que são provenientes do tempo livre, ditando modas e fetiches antes ignorados pela sociedade, hoje por exemplo tirar férias e não voltar bronzeado é uma forma de não lazer no tempo livre. Lazer este esperado pela sociedade e almejado pela maioria.
As pessoas sofrem por insatisfação e tendem a se entediar facilmente, tédio este que só existe pela coação do trabalho, e como seres livres não deveriam ser influenciadas por terceiros, situação de heteronímia conforme Kant denominou. Se as pessoas tivessem o controle de suas vidas não se entediariam conforme explica o autor. Afirma também que o tédio é o desespero objetivo, fazendo com que as pessoas renunciem cada vez mais seus anseios e fantasias e com isso amputando o que poderia ser prazeroso, são acorrentadas ao trabalho e ao que os adestram para tal fim. Destruindo assim sua capacidade criativa e produtiva.
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