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O Agronegócio no Brasil

Por:   •  5/2/2020  •  Artigo  •  1.009 Palavras (5 Páginas)  •  131 Visualizações

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O agronegócio no Brasil

Introdução: Quando do descobrimento do Brasil, aqueles que aqui habitavam já utilizavam da agricultura e pecuária como importantes fontes de alimento, mas foi a partir dos primeiros colonos que aqui chegaram que o país iniciou seus principais ciclos, primeiramente pelo cultivo de cana-de-açúcar, e posteriormente de café, sendo que hoje o Brasil produz os mais diversos tipos de cereais, frutas, grãos, e possui diversas criações de bovinos, suínos, aves entre outros.

Evolução: No ano de 2008 o Brasil ultrapassou o Canadá se tornando o 3º maior exportador mundial de produtos agrícolas. Anteriormente, o país já havia ultrapassado a Austrália e China, e atualmente, apenas os Estados Unidos e a União Europeia vendem mais alimentos agrícolas no planeta que os brasileiros.

Dados divulgados pela Organização Mundial de Comércio (OMC) apontaram que em 2008 o Brasil exportou aproximadamente USD 61,4 bilhões em produtos agropecuários, ante USD 54 bilhões do Canadá. Em 2007, os canadenses mantinham uma pequena vantagem dos brasileiros de USD 400 milhões, entretanto, o crescimento acelerado da produção brasileira nos anos anteriores já demonstrava que a ascensão brasileira logo ocorreria. Entre os anos de 2000 e 2008, as exportações agrícolas no país cresceram em média 18,6% ao ano, muito acima dos 6,3% do Canadá, 6% da Austrália, 8,4% dos Estados Unidos e 11,4% da União Europeia.

Com 8,5 milhões de quilômetros, o Brasil é o quinto maior país do mundo em extensão territorial, e o maior na América do Sul, obtendo um valor considerável de seu Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em 2013 o agronegócio correspondeu a aproximadamente 23% do PIB brasileiro, considerando não apenas a produção nos campos em si, mas de toda a cadeia econômica envolvida, desde a produção dos insumos até o beneficiamento final quando é o caso. Devido a grande proporção no PIB, o agronegócio é responsável ainda por criar aproximadamente 37% de todos os empregos no país, e responde por aproximadamente 39% de toda a exportação.

Entre os fatores que favorecem o Brasil como um forte produtor e exportador estão: a grande área de cultivo, que atualmente é de aproximadamente 64 milhões de hectares cultivados, e que possui ainda uma grande parte de seu território disponível; uma localização favorável para a exportação, o que permite que a produção chegue com mais facilidade ao mercado consumidor externo; a disponibilidade de água em grande parte dos territórios onde há lavouras e criação de animais; e por fim, condições climáticas favoráveis, sendo que no Brasil é possível em determinadas localidades colher até duas culturas, dependendo da cultura.

Entre 2007 e 2017, com exceção de 2014, o superávit comercial do agronegócio brasileiro superou o déficit comercial dos demais setores da economia brasileira, e garantiu sucessivos superávits à Balança Comercial brasileira. Apesar dos grandes desafios no mercado internacional, segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil é hoje o maior exportador de açúcar, café, suco de laranja, soja em grãos e carnes bovina e de frango do mundo; e o segundo maior de milho e de óleo e farelo de soja. É também o maior produtor mundial de açúcar, café e suco de laranja; o segundo na produção de soja em grãos e de carnes bovina e de frango; e o terceiro na produção mundial de milho.

Desafios: Dentre os principais desafios enfrentados pelo agronegócio no Brasil está à questão da logística. O problema é crônico pela dependência do país pelo transporte rodoviário e falta de integração intermodal. Nos Estados Unidos o transporte ferroviário movimentou em 2017 pelo menos 38% das cargas, o hidroviário 36% e o rodoviário 26%. No Brasil espantosamente 67% das safras escoam por rodovias, 22% por ferrovias e apenas 11% por hidrovias. Ademais a isso, grande parte do transporte terrestre é feito em rodovias em péssimas condições de tráfego. O custo do transporte, em geral recaindo sobre o produtor, é elevado e acarreta na diminuição do lucro deste, que por sua vez diminui os possíveis investimentos que poderiam ser feitos.

Além de lidar com as péssimas condições das rodovias, os produtores brasileiros ainda tem que arcar com um frete absurdamente elevado, e com incontáveis pedágios que servem apenas para engordar o bolso das concessionárias responsáveis pelas rodovias brasileiras, e a situação se torna cada vez mais crítica, visto que o agronegócio brasileiro não para de crescer, levando junto à economia nacional, e não há o devido acompanhamento logístico.

Outra dificuldade do agronegócio é quanto à falta de estrutura para armazenagem, que não acompanha o aumento e desenvolvimento da produção. É possível afirmar que no Brasil há um déficit do sistema de armazenagem. É recomendável que a estrutura de silos e armazéns seja ao menos acima da produção existente.

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