O Carrinho de Rolimã - Projeto Integrador
Por: brunamanteiga • 3/9/2019 • Trabalho acadêmico • 4.027 Palavras (17 Páginas) • 819 Visualizações
[pic 2] | INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO, CAMPUS BOITUVA. |
PROJETO INTEGRADOR: CARRINHO DE ROLIMÃ
Bruna Manteiga Bastos
Jheniffer Francielle Paes Coelho
Joelma da Silva Galdino
RESUMO
Neste trabalho é apresentado um projeto integrador, cujo objetivo foi desenvolver um carrinho de rolimã. Para isso foram utilizados dois tipos de metodologia, uma pedagógica e uma pesquisa bibliográfica. No andamento do projeto foi realizado o projeto conceitual, planejamento, execução, planilha de custos, uso do AUTOCAD para o desenho do protótipo, análise dimensional, análise cinemática e a parte elétrica. Com isso concluiu-se que o custo unitário do carrinho foi de R$ 619,54. Para a manufatura do carrinho foi utilizada a madeira de Pinus (Pinus Elliottii), aço e MDF. O carrinho apresenta um comprimento de 1,05 m, largura de 0,64 m. Com um tempo médio para percorrer 60 m em 34,4 s, teve uma velocidade média de 1,74 m/s e peso total de 869,26 N. Com relação à parte elétrica, apresenta um sistema de freio e sistema de setas. Os aspectos mais importantes desse trabalho foram aqueles relacionados com a parte pedagógica. A integração de conhecimentos de várias disciplinas propiciou uma evolução na metodologia de ensino e uma melhoria na qualidade do curso devido a aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos. A partir dessa experiência, a metodologia de projetos, foi incorporada ao curso de Tecnologia em Gestão da Produção Industrial do IFSP Campus Boituva.
1. Introdução
Durante os anos de 2017 e 2018, o Instituto Federal de São Paulo – IFSP campus Boituva, representado pelo coordenador e professores do curso de Gestão da Produção Industrial – GPI, tem proposto a realização de um Projeto Integrador que contou com o envolvimento de todos os alunos deste curso, o qual tem como objetivo propiciar aos graduandos uma visão mais ampla e interdisciplinar de sua futura atuação profissional.
Segundo Brasil (1999), a interdisciplinaridade não dilui as disciplinas, ao contrário, mantém sua individualidade buscando integrar as disciplinas. Com isso, as ações dos alunos nas tarefas de realização do Projeto Integrador permitem o uso de diversos conhecimentos e habilidades. O escopo do projeto integrador consiste no planejamento e construção de um carrinho de rolimã com um prazo estipulado para a realização de uma competição no final do semestre. O projeto representa 30% da nota final nas disciplinas semestrais, incluindo custos, eletricidade, metrologia, desenho técnico, física geral e geometria analítica, bem como os conhecimentos já adquiridos ao longo do curso.
Fortes (2009) diz que em um projeto de pesquisa interdisciplinar é necessário determinar o valor de cada disciplina, tendo uma discussão com base teórica sobre suas estruturas e a intencionalidade do seu papel no currículo escolar. Assim, foram determinados alguns critérios para avaliação no dia da competição, sendo eles: participação da equipe na elaboração do protótipo, design do carrinho de rolimã, velocidade durante o trajeto definido e a realização do trajeto completo com ênfase nas faltas cometidas. Dentro deste contexto, a equipe que atingiu o maior número de pontos foi declarada como vencedora.
Esses fundamentos possibilitaram entender que a interdisciplinaridade é muito mais que uma simples integração de conteúdo conforme Fortes (2009), é utilizar-se dos conhecimentos e experiências adquiridos nas disciplinas e conseguir relacionar os mesmos em um só trabalho, trocando informações com sua equipe.
Este trabalho contou com as seguintes disciplinas norteadoras: contabilidade e custos, metrologia dimensional, física geral, eletricidade geral e desenho mecânico.
2. Referencial Teórico
Segundo Frederico et al (2016), o nome “carrinho de rolimã” passou a ser utilizado nesses veículos por conta dos rolamentos que são utilizados como rodas. O carrinho de rolimã inicialmente (1960) era é um conjunto composto de uma tábua, com dois pequenos caibros e com 3 a 4 rolamentos de aço nas suas extremidades, atualmente esse modelo é o mais utilizado, seja no seu formato ou nos materiais utilizados, podendo ter seu design modificado de acordo com a preferência do seu construtor.
Com influência dos filmes americanos, os primeiros exemplares foram construídos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Os rolamentos eram obtidos em oficinas que faziam manutenção dos carros da época, e a madeira de sobra de caixas ou tábuas utilizadas em construções (Frederico et al, 2016).
3. Metodologia
Para alcançar o objetivo principal deste projeto integrador utilizamos duas etapas da metodologia pedagógica entre as quatro apresentadas por Barbosa et al (2018), as quais eram: (I) desenvolver, projetar e conceber a construção do carrinho a partir dos conhecimentos, competências e habilidades obtidos nas disciplinas estudadas e (II) reconhecer a inter-relação entre essas disciplinas.
De acordo com Costa (2016) o processo de gerenciamento de projeto é dividido em planejamento, execução, monitoramento e controle e por fim encerramento. Com base nestes autores, o processo de construção do “carrinho de rolimã” foi dividido em quatro etapas: projeto conceitual, planejamento, execução e testes. Esta divisão foi feita para facilitar a organização do processo como um todo.
Para a realização do projeto conceitual realizamos uma pesquisa bibliográfica, que conforme Gil (1991) é definida como aquela que é elaborada a partir de material já existente como livros, artigos científicos e materiais divulgados na internet.
Essa pesquisa nos possibilitou entender os conceitos e definições que contribuíram para as demais etapas que foram desenvolvidas neste trabalho.
4. Desenvolvimento do projeto
O Desenvolvimento do Projeto foi dividido em duas partes, a parte de manufatura, que contou o projeto conceitual, planejamento, execução e testes, e a parte elétrica.
4.1. Projeto conceitual
Nesta etapa buscamos entender o que era um carrinho de rolimã, para que e como funcionava e quais os melhores materiais a serem utilizados para a sua execução, qual a relação de custo x benefício no uso dos materiais para a confecção, quais as dimensões deveriam ser empregadas e quais as quantidades necessárias para realização conforme os requisitos do projeto. Tudo isso fundamentado no arcabouço teórico que norteou todo o projeto. E ainda nesta fase, para dar início ao planejamento montamos o cronograma do projeto através do proposto em aula por um gráfico de Gantt, conforme o gráfico 1, para a execução do projeto e entrega de relatórios e atividades aos professores.
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