O Consumo Feminino
Por: Quadrosdani • 31/10/2018 • Trabalho acadêmico • 866 Palavras (4 Páginas) • 90 Visualizações
Na atual sociedade, a palavra consumo deixou de ser um termo voltado para a produção, se tornando o poder da inclusão social, adentrando em uma sociedade em que os consumidores são analisados de acordo com os bens e serviços que ele consome. A inclusão dos clientes não se realiza somente pela compra de um bem ou serviço, mas pela aquisição dos valores simbólicos que são agregados nos produtos adquiridos.
No atual cenário , percebe-se que o consumo ocorre não mas por uma escolha pessoal,mas coletivo,diferente do que pensávamos os clientes não possuem o poder de escolha , elas são induzidas a consumir baseado nas propagandas e nos círculos sociais que querem adentrar, facilitando assim a inserção e obtenção de determinados valores .
Desta forma as empresas necessitam analisar o seus produtos de forma que seus clientes possam perceber suas qualidades e então consumi-los.Devido esta vontade dos clientes em estarem incluídos em círculos sociais eles acabam por se sentirem coagidos moralmente e desta maneira são estimulados a consumir.
Conforme (LIPOVETSKY 2007, p 147) jamais se consome um objeto por ele mesmo, ou por seu valor de uso, mas por seu valor de troca de signos, isto e, em razão um prestigio do status, da posição social que confere. Para além da satisfação espontânea das necessidades, e preciso reconhecer no consumo um instrumento da hierarquia social e nos objetos um lugar de produção social das diferenças e dos valores estatuários.
Para ser considerado consumidor na sociedade atual e necessário consumir e não mais ser reconhecido pela sua mão de obra como era aceito na sociedade dos produtores. Para aqueles que possuem condições financeiras, consumir se torna uma tarefa fácil e simples, mas para aqueles cuja renda e inferior, e mais complicado, e para conquistar o produto desejado utilizam de vários meios alternativos.
Nessa nova era de consumidores segundo (BAUMAN, p 20)... Ninguém pode se tornar sujeito sem primeiro virar mercadoria... Ao se tornarem mercadorias as pessoas usam de todos os artifícios possíveis para valorizar seu produto, o produto que colocam a disposição no mercado, são elas mesmas. As pessoas precisam ser desejadas, e para tal buscam todo custo uma valorização de si, esse valor pode ser estético ou intelectual, embora neste tipo de sociedade a valorização do corpo seja algo que ultrapasse qualquer outra capacidade.
Atualmente as relações pessoais se igualam as relações de mercado, onde todos desejam ter determinado produto e acumular a maior quantidade possível de bens, e por acreditarem que estes bens possam satisfazer as suas próprias necessidades querem adquirir bens ou serviços com maior valor.
Conforme Marx (2005, p.66) A existência do trabalhador torna-se reduzida às mesmas condições que a existência de qualquer outra mercadoria. O trabalhador transformou-se numa mercadoria e terá muita sorte se puder encontrar um comprador. E a procura, a qual esta sujeita à vida do trabalhador, e determinada pelo capricho dos ricos e dos capitalistas.
Esta nova forma de consumir quer vender desejos e satisfação e despertar ao mesmo tempo satisfação dos desejos. Da mesma forma que ao comprarmos alguma mercadoria desejamos satisfação, dentro do grupo social também esperamos vantagens entre eles, buscamos sempre algo novo, capaz de substituir o antigo produto, isto é, para cada produto que não suprir a satisfação desejada a um descarte e uma nova compra para suprir a necessidade.
O processo geral pode definir-se historicamente: a concentração monopolista industrial, ao abolir as diferenças reais entre os homens, ao tornar homogêneas as pessoas e os produtos, é que inaugura simultaneamente o reino da diferenciação.
...