O Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro
Por: alissonogueira • 15/1/2018 • Resenha • 619 Palavras (3 Páginas) • 132 Visualizações
Alisson Nogueira de Lima
Desenvolvimento e Mudanças no Estado Brasileiro - Tarefa I
Paralelo entre os governos Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, no que se refere às estratégias de desenvolvimento
Maceió, 04 de julho de 2015.
Ambos os Governos tiveram como estratégia fundamental de desenvolvimento a modernização/ampliação do setor industrial, através de um alto investimento público para a consecução deste objetivo. Sendo que o Governo Vargas tinha sua base estratégica pautada no nacionalismo, ou seja, rejeitou ao máximo investimento estrangeiros, enquanto que a estratégia de desenvolvimento do Governo JK foi pautada no multinacionalismo, ou seja, houve a existência relevante de investimento estrangeiro na indústria.
Outro ponto distinto é em relação aos bens produzidos pelas indústrias. Enquanto que no Governo Vargas os bens produzidos eram praticamente todos voltados a infra-estrutura, ou seja, para a criação dos setores estratégicos do Estado, como energia, transporte e industria de base/pesada. No Governo JK além da produção de bens voltados a infra-estrutura foi muito marcante também a produção de bens de consumo duráveis, como a ampliação da indústria automobilística, já implementada no final do Governo Vargas.
O Governo JK criou um plano de metas que se orientava em cinco setores: energia, indústria de base, transporte, educação e alimentação. O audacioso plano de metas criado no Governo JK só foi possível graças à boa situação que o país vivia a época. O Estado estava bem estruturado, havia um corpo de servidores capacitados e competentes para fazer a máquina administrativa funcionar bem. Assim, o Governo JK se aproveitou dessa boa situação para fomentar ainda mais o desenvolvimento do país.
Não diferente de Vargas, JK investiu no planejamento como estratégia para o desenvolvimento. Um dos vários planejamentos foi alcançar a redução das desigualdades regionais existente no país, a fim de que houvesse uma maior integração do país, visando amenizar a pobreza presente em regiões como o Norte, Nordeste e Centro Oeste. Para isso, criou autarquias (entes públicos com personalidade jurídica própria) com o propósito de desenvolver essas regiões mais atrasadas. Assim, o Governo JK criou a SUDENE (Superintendência Regional do Nordeste), a SUDECO (Superintendência Regional do Centro Oeste) e a SUDAM (Superintendência Regional da Amazonas), que foram primordiais para iniciar/ampliar o desenvolvimento industrial nessas regiões.
Há que mencionar que ao contrário do Governo Vargas que criou diversos órgãos pertencentes a Administração Direta, o Governo JK criou diversos entes da Administração Indireta, a exemplo as já mencionadas Superintendências de Desenvolvimento. Isso porque o gozo de maior autonomia administrativa e independência financeira presente nesses entes, e a especificidade da criação desses entes, criados para um determinado propósito, faziam com que eles tivessem mais eficiência do que qualquer órgão da Administração Direta.
Desse modo, se pode afirmar que em termos de estratégia de desenvolvimento o Governo JK otimizou os recursos criados pelo Governo Vargas, e através de seu plano de metas ampliou ainda mais o crescimento econômico do país. Todavia, ambos os Governos não foram capazes de atingir resultados significativos no desenvolvimento humano, continuando a existir um grande déficit em termos sociais no país.
Referências:
Arend, Marcelo. 50 anos de industrialização do Brasil (1955-2005) : uma análise evolucionária / Marcelo Arend. – Porto Alegre, 2009. Disponível em:
...