O Governo Dilma X Temer
Por: Aldair Santos Novais • 6/9/2018 • Bibliografia • 646 Palavras (3 Páginas) • 278 Visualizações
O governo de Dilma Rousseff deu continuidade a política do governo antecessor de Luís Inácio Lula da Silva. Desse modo, foram mantidos os programas de assistência social como “Bolsa Família” e “Minha Casa, minha vida”. Economicamente, a pauta neoliberal continuou sendo adotada. Os problemas sociais do país foram incumbidos à iniciativa privada, por meio de programas que investiam dinheiro público no setor privado (“Minha casa, minha vida”, “Pro-uni”, dentre outros).
Quando Dilma assumiu a presidência havia forte recessão econômica mundial, que também atingiu a economia nacional. Tentando reverter essa crise, aumentou os investimentos na infraestrutura do país por meio do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2), em 2011. As taxas de juros foram reduzidas, facilitando o crédito para as empresas e pessoas físicas. Essas medidas, no entanto, não contiveram a crise econômica, que acarretou em uma crise política do governo Dilma.
No segundo mandato de Dilma a situação econômica brasileira se agravou ainda mais, e no ano de 2015 foi registrado PIB (Produto Interno Bruto) negativo no país (-3,8%). As taxas de desemprego e inflação cresceram.
A expansão da Farmácia Popular foi a primeira medida de Dilma Rousseff na saúde, um mês após assumir a Presidência. A gestão Dilma também teve como marca o Mais Médicos, programa criado depois das manifestações de 2013 que exigiam melhorias nos serviços públicos. Para driblar a falta de assistência, uma das estratégias usadas foi recrutar, por meio de um contrato com a Organização PanAmericana de Saúde, profissionais formados no exterior, sem necessidade da validação do diploma. Além do Mais Médicos, foram criadas regras criadas que permitiram a organização do sistema de saúde em forma de rede, o que tornou mais racional o atendimento, organizando filas e estratégias para integração de serviços.
Quando Temer assumiu, a taxa de desemprego já era alta: de 11,4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras. Após dois anos, mais de 2 milhões de pessoas perderam os seus empregos, aumentando para 13,7 milhões de desempregados, que representa 13,1%.
Da mesma forma, enquanto o mandatário enalteceu os cálculos de ativação da economia, tal cenário não se viu refletido para os cidadãos. 900 mil pessoas estão sem empregos formais. E os que foram criados se enquadram em remunerações de até dois salários mínimos.
A realidade para a moeda brasileira tampouco é positiva, fazendo o dólar aumentar nestes dois anos de R$ 3,47 para R$ 3,62. Outra de suas metas, a de alcançar a estabilidade da relação divida pública e o PIB, não foi atingida. Em março, a dívida pública bruta ficou em 75,3% do PIB, acima do patamar de 75,1% em fevereiro. E a líquida cresceu de 52% para 52,3%.
As novas leis do ensino médio e a reforma trabalhista foram apontadas por Temer como avanços, está última insistida como “modernização” trabalhista. E a privatização de estatais foi nomeada por Temer como “renascimento” das empresas. Mas justamente essas medidas foram amplamente criticadas pelos setores da Academia, entidades e sindicatos durante todo o governo Temer.
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