O Mercado Externo e o Impacto no Brasil

A visão que podemos ter hoje no mundo é um momento pós crise financeira. A união europeia com a sua grande austeridade fiscal liderada pela premiê alemã Angela Merkel e os grandes fundos alemães, foram capazes de trazer um novo folego aos países do bloco, como Espanha, Portugal, Grécia e temos os Estados Unidos, que utilizaram de sua capacidade de endividamento e com uma queda de braço com o congresso conseguiram a liberação para emissão de títulos e assim levantar fundos que pudessem ser investidos para o aumento do Estado na manutenção da estrutura do país, como pontes, rodovias e outros e assim fomentar a economia e retomar o consumo interno.

O que podemos observar no cenário é que com o aquecimento e a retoma de crescimento dessas economias, os investidores voltam a retomar as suas atenções para esses países retirando o capital especulativo do Brasil e com isso começa-se a ter um questionamento do mercado como anda a economia e temos um efeito em cadeia, aumento de juros, variação cambial constante, queda na oferta de crédito entre outros. Essas questão acabam tendo um grande pacto no nível de competição do país, principalmente o Brasil que não é um agregador de valor ao que exporta, ainda somos grandes dependentes de exportação de produtos primários, como soja, minérios entre outros. Com a taxa cambial alta, a exportação fica interessante, pois o país recebe mais dólares e com isso acaba tendo uma influência positiva sobre a balança comercial.

O que podemos perceber que o Brasil ainda continua totalmente dependente do humor externo para manter o seu crescimento, não é novidade a informação de que o país possui uma população capaz de manter um ritmo intenso de consumo e assim fazer a máquina interna girar, porém deparamos com uma questão da pouca divisão de renda que existe e com isso a população da classe D e E tem um número significativo e com um poder de compra diminuto, faz com que o país ainda tenha sua dependência de nações consumidoras de grande volume como a China, porém toda e qualquer variação de demanda pode fazer com que o país sofra alguma desconfiança do mercado e por consequência pode ter seu PIB impactado.

O Brasil é um país que perde muito em competitividade por não valorizar a sua infraestrutura e com isso, seus produtos de exportações chegam a um custo bem elevado nos mercados externos, por mais que tenha produtos de qualidade, muitas nações buscam em países de maior confiabilidade e agilidade de entrega.  Esse é um grande gargalo, pois com os países de primeiro mundo retomando as suas atividades e o foco de fornecimento dos produtos brasileiros são a China, a oferta para eles é maior, com isso força a redução dos preços fazendo com que os produtos brasileiros acabem se tornando impraticáveis lá fora. Quanta a positividade do cenário, é que esses países por mais que tenham suas barreiras internas, ainda assim comercializam muitos produtos com o Brasil, como laranjas, soja e outros produtos.

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