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O Movimento Negro

Por:   •  26/8/2015  •  Trabalho acadêmico  •  4.671 Palavras (19 Páginas)  •  254 Visualizações

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de

sociologia

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                                    Vila velha 2015

Introdução

Embora os primeiros movimentos ambientalistas tenham surgido no pós-II Guerra Mundial, a degradação do meio ambiente pelo homem vem ocorrendo a milhares de anos. Embasando tal afirmação, MCCORMICK afirma que as cidades sumérias foram abandonadas à cerca de 3.700 anos, pois as suas terras irrigadas ficaram salinizadas e alagadiças. Em torno de 2.400 anos, Platão tratava do desmatamento e da erosão do solo pelo excesso de pastagem e pelo corte de árvores para lenha. Na Roma do Século I, Columela e Plínio, o Velho, faziam advertências a respeito das quebras de safra e da erosão do solo. No século VII o sistema de irrigação da Mesopotâmia sucumbiu à má administração, bem como se assentavam as bases do colapso da civilização Maia nas Américas, em virtude do crescimento populacional, o que culminaria com o desaparecimento destes no século X. As construções das frotas marítimas das cidades-estados italianas reduziram drasticamente as florestas costeiras do mediterrâneo. E a poluição do ar pela queima do carvão levou o naturalista John Evelyn a comparar a cidade de Londres, em 1661, a “Corte de Vulcano” e aos “Subúrbios do Inferno”.(1992:15)
Mesmo com todas estas evidências de degradação do meio ambiente, a questão ambiental, ainda que de maneira bastante incipiente, somente passou a fazer parte do debate científico, de uma maneira geral, em um período posterior a Revolução Industrial. Foi no período das descobertas científicas, quando os sinais de esgotamento ambiental se tornaram mais evidentes, assim, as “raízes” do movimento ambientalista são encontradas na década de 1860 na Grã-Bretanha. Na virada do século XIX para o século XX, foi criado nos Estados Unidos da América um movimento bipartidário com o objetivo de proteger as áreas virgens e conservar os recursos naturais. Entretanto, o período de “verdadeira” mudança deu-se a partir de 1945, no qual cabe destacar aquelas inovações que se deram a partir de 1962. (MCCORMICK, 1962:15-16)
Foi na década de 1960 que a questão da degradação ambiental passou a ser tratada de fato como um problema mundial, isto porque de acordo com PIRES, as diferentes populações passaram a participar dos debates estabelecidos em variados fóruns diplomáticos, bem como da formulação e do controle sobre a aplicação dos acordos internacionais sobre o tema. Contribuíram ainda com a emergência da temática do meio ambiente, o aumento da poluição atmosférica, a poluição transfonteiriça e a poluição de rios e de mares. (2007)
Segundo PIRES, “a criação de normas internacionais para a proteção do meio ambiente não é tão simples, já que o meio ambiente se relaciona com diversas outras áreas, especialmente com a economia e o comércio”. (PIRES, 2007:307)
A interseção entre os temas do comércio e do meio ambiente, deve-se ao fato de que os subsistemas que compõem o meio ambiente, sejam os recursos naturais, recursos induzidos (agricultura), recursos criados (tanto materiais quanto imateriais) e os recursos humanos, são interdependentes, e desta forma influenciam uns aos outros, tanto positivamente, quanto negativamente. (PIRES, 2007)
No que se refere à questão do meio ambiente e as relações multilaterais entre os diferentes países, o primeiro acordo internacional sobre o meio ambiente foi assinado em 1886, atualmente estes são mais de 250, três quartos dos quais foram assinados após 1960 . (MCCORMICK, 1992; PIRES, 2007)
No que se refere à relação entre o comércio e o meio ambiente, o tema somente passou a fazer parte da pauta de negociações do GATT, organismo antecessor da OMC, em 1971. Em que pese o reconhecimento tardio da importância da questão ambiental para as negociações comerciais, o tema permanece como sendo de importância impar, principalmente em um contexto em que as diferentes nações buscam um desenvolvimento sustentável. Prova disto é o especial destaque que a relação entre o Comércio e o Meio Ambiente ganharam a partir do início das negociações da Rodada de Doha da OMC.

Movimento negro

O movimento negro tem por objetivo não deixar esmorecer e resgatar essa cultura afro- brasileira, rebatendo a rígida desigualdade e a segregação racial que ainda atinge o povo negro.
O movimento está diretamente ligado às lutas não só contra o racismo e a discriminação racial, mas também a xenofobia e intolerâncias correlatas.
No Brasil lembramos dos grandes marcos como Zumbi, Revolta dos Malês, Chibata e tantas representações de luta e resistência do povo negro (como acompanhamos em outras matérias da Revista do Portal Raízes). O movimento negro é resultado de uma série de manifestações decorrentes de um processo histórico. Não se pode dizer onde ele nasce ou especificar algum lugar determinado, tal afirmação nos limita, nos tira de uma visão de alpinista para nos deitar num acolchoado particular. A amplitude do movimento negro é um conjunto de manifestações que surgem de inquietações individuais e coletivas.

Zumbi

Guerrilheiro negro brasileiro nascido em um dos mocambos do quilombo de Palmares, o líder mais famoso desse famoso quilombo e cuja vida tornou-se envolta em mitos e discussões. Descendente dos guerreiros imbangalas ou jagas, de Angola, com poucos dias de vida foi aprisionado pela expedição de Brás da Rocha Cardoso e dado ao padre Antônio Melo em Porto Calvo (1655). Batizando como Francisco cresceu demonstrando uma inteligência privilegiada, e favorecido pela admiração do padre, aos 10 anos já sabia português e latim e aos 12 era coroinha. Aos 15 anos fugiu da casa do padre para voltar a Palmares, onde adotou o nome de Zumbi e passou a trabalhar na liderança dos quilombeiros. Participou da batalha em que a expedição de Jácome Bezerra foi derrotada (1673). Três anos depois, em um combate contra as tropas de Manuel Lopes Galvão, foi ferido com um tiro na perna (1676).

Revoltado com a assinatura de um acordo de paz (1678), rompeu com Ganga-Zumba e foi aclamado Grande Chefe pelos revoltosos que não aceitaram o acordo. Atacado pelas tropas lideradas por Domingos Jorge Velho (1694), foi baleado, mas conseguiu fugir espetacularmente. Um ano depois reapareceu e com cerca de 2000 palmarinos voltou a atacar povoados em Pernambuco, especialmente para conseguir armas e munições. No entanto, em um dos ataques, um de seus grupos foi derrotado, e o seu comandante, Antônio Soares foi preso (1695). Após ser torturado pelo bandeirante e mercenário paulista André Furtado de Mendonça, este lhe ofereceu a liberdade em troca da revelação do esconderijo de Zumbi e, em 20 de novembro daquele ano, Soares levou Mendonça até o esconderijo, na Serra Dois Irmãos. Conta-se que ao ver Soares, o grande chefe dos revoltosos foi abraçá-lo, mas foi recebido com uma punhalada no estômago. Os paulistas atacaram e o rebeldes presentes foram mortos. Seu corpo, perfurado por balas e punhaladas, foi levado a Porto Calvo, onde sua cabeça foi decepada e enviada para Recife, que por ordem do governador foi espetada em um poste para exposição pública até sua total decomposição. O dia 20 de novembro tornou-se o Dia da Consciência Negra.

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