O Poder nas Organizações

Capítulo 9 – O Poder nas Organizações

O poder, um dos processos sociais mais importantes que ocorrem nas sociedades humanas, é toda probabilidade de impor a própria vontade numa relação, segundo Weber, e ele se manifesta por meio de pelo menos três componentes. A força, o uso ou ameaça de coerção física, que nos primeiros agrupamentos humanos foi o único componente do poder. A autoridade, a legitimação do poder. E a influência, a habilidade de afetar as decisões e ações de outros, mesmo não possuindo autoridade ou força para assim proceder. Weber também diferencia autoridade e dominação e as classifica em racional-legal, tradicional e carismático

Os autores Crozier e Friedberg elaboraram uma teoria do poder especialmente para as organizações que mostra que o poder sempre possui dois aspectos um ofensivo, que é aproveitar as oportunidades para melhorar a situação e, outro, defensivo, que consiste em manter e ampliar sua margem de autonomia e, consequentemente, sua capacidade de atuar.

Já os autores French e Raven identificaram cinco bases sociais do poder: de recompensa, aquele que se submete a um comportamento será recompensado, coercitivo, baseia-se na cresça de que se não submeter haverá uma punição, legítimo, baseado numa autoridade legítima, do especialista, baseado na habilidade ou conhecimento especial, e de referência, aquele que possui é modelo de referência para outros. Além disso, é possível identificar que o controle nas organizações e sua relação com o poder ocupam lugar central nas organizações, sendo, faces de uma mesma moeda.

Em vigor, são intermináveis as fontes de poder, levando em conta as particularidades de cada contexto, no entanto, entre as principais fontes de poder nas organizações podemos citar. O controle dos recursos escassos, os processos internos dependem das decisões de quem coordena esse setor. O controle do processo de decisão, envolve um número significativo de pessoas geralmente. O controle da informação e do conhecimento, no âmbito organizacional informação também é poder. O controle de acesso a diversos setores da organização, se manifesta na prática pela capacidade de filtrar informações e contatos entre um setor e o restante da organização. O controle da tecnologia, a tecnologia constitui um fator básico de transformação e condicionamento da estrutura social. A autoridade formal, os níveis de poder dentro da hierarquia organizacional. O controle de uma habilidade técnica, trata-se do poder do especialista que é único capazes de controlar determinadas incertezas que são importantes para a organizações.

Além disso, para Crozier e Friedberg existem quatros grandes áreas da incerteza que ao serem controladas se tornam fontes de poder. As que são ligadas as relações entre uma organização e seu entorno, as que nascem do controle da comunicação e da informação, e as que existência de regras organizacionais gerais.

Ademais, a liderança organizacional é ligada ao poder que uma autoridade tem de fazer com que seus seguidores aceitem suas decisões podendo ser formal ou informal. E o conflito é inerente a qualquer sistema social e sinalizador importante das necessidades de mudanças.  Dentro das organizações a conflitos devido a competição por poder.