PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
Por: sousalucineide • 8/6/2015 • Projeto de pesquisa • 4.126 Palavras (17 Páginas) • 140 Visualizações
FACULDADE DE DESENVOLVIMENTOS E INTEGRAÇAÕ REGIONAL - FADIRE
DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO
PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
LUCINEIDE DE SOUSA LIMA
PROJETO DE FORMAÇÃO DE GRADUAÇÃO
RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL:
O LUGAR DA RESPONSABILIDADE SOCILA DENTRO DAS EMPRESAS
Projeto de formação apresentado a Graduação em Administração da Faculdade de Desenvolvimento e Integração Regional Fadire.
Orientador: Profa. Dr. Francisco de Assis
Itaiçaba
Novembro/2013
SUMÁRIO
- – Definição do Assunto 3
- – Tema 5
- – Delimitação do tema 5
- –Problematização 9
- – Objetivos 21
- – Geral
- Especifico
- – Justificativa 23
- – Desenvolvimento 27
- – Procedimentos Metodológicos
- – Quanto aos objetivos
- - Quanto aos procedimentos técnicos
- – Método
7.1 - Cronograma
- Referencial
1 – INTRODUÇÃO
A questão da responsabilidade social empresarial (REM) é um tema que tem suscitado constantes debates tanto no meio acadêmico quanto nas esferas organizacionais e governamentais. No Brasil e no exterior as definições sobre o tema têm variado tanto em significado quanto em abrangência.
A expressão “responsabilidade social” suscita uma série de interpretações. Para alguns, representa a idéia de responsabilidade ou obrigação legal; para outros, é um dever fiduciário, que impõe às empresas padrões mais altos de comportamento que os do cidadão médio. Há os que a traduzem, de acordo como avanço das discussões, como prática social, papel social e função social. Outros a vêem associada ao comportamento eticamente responsável ou a uma contribuição caridosa. Há ainda os que acham que seu significado transmitido é ser responsável por ou socialmente consciente e os que a associam a um simples sinônimo de legitimidade ou a um antônimo de socialmente irresponsável ou não responsável (ASHLEY, 2003, p. 5).
Contudo, foram as pressões exercidas sobre as organizações para que estas se tornassem mais sintonizadas com os problemas sociais que se constituiu num movimento, que ultrapassando a mera consideração das obrigações legais e econômicas pôs em xeque o próprio conceito de legitimidade que servia de suporte aos negócios empresariais. À questão de uma missão empresarial estritamente econômica, foram agregadas questões sociais (GUIMARÃES, 1984).
O tema, tipicamente um produto deste último século, cresceu quase que na mesma proporção das cobranças realizadas por parte da sociedade e do governo. Os homens de negócios não começaram a investir em responsabilidade social por bondade, mas sim por terem sido cobrados ou por acreditarem que esta atitude socialmente responsável poderia gerar um fortalecimento da imagem da organização, revertendo também em maiores lucros (BOWEN, 1957).
O estudo da responsabilidade social empresarial vem sendo focado desde então em grandes organizações. Steiner (STEINER, 1978; apud OLIVEIRA, 1984), por exemplo, exclui as pequenas empresas do peso da responsabilidade social, afirmando que a sociedade não espera delas muitas atividades socialmente responsáveis, mas somente espera ser provida de bens e serviços elaborados dentro da lei e das normas de honestidade e integridade.
No que se refere à capacidade de atender aos problemas sociais, observa-se que tanto as grandes empresas, como também as pequenas e médias, têm uma responsabilidade para com a sociedade em que operam, embora alguns cientistas sociais da área de administração (Kobayashi, 1977; Odell, 1974; Steiner, 1978; e outros que advogam um maior desenvolvimento social das empresas) dirijam sua atenção somente para o estudo das grandes empresas. (OLIVEIRA, 1984 p. 203).
Também Bowen (1957), afirmava que devido ao seu tamanho, os pequenos negócios não teriam condições de investir em aspectos sociais. Contudo, Bowen apresentou sua visão muito mais focada no aspecto financeiro e, ser socialmente responsável não significa exclusivamente realizar elevados investimentos financeiros. Muitas ações socialmente responsáveis podem ser realizadas a custo zero. A preocupação com princípios éticos, por exemplo, é indispensável a qualquer empresa pretensa a ser socialmente responsável e não representa custo para as mesmas.
Zenisek (1979) baseava seu conceito sobre responsabilidade social na relação entre dois componentes: ética nos negócios e expectativas da sociedade sobre o setor de economia privada. Dessa forma, a responsabilidade social poderia ser considerada como uma derivação da ética nos negócios, pois no cerne de um comportamento socialmente responsável, se encontra no relacionamento ético entre a empresa e seus stakeholders[1].
É fato, no entanto, que muitas micro e pequenas empresas são sim administradas por pessoas simples e com pouca capacidade gerencial (OLIVEIRA, 1984), contudo este trabalho não partirá da premissa de que devido a este fato, os micro e pequenos empresários desconhecem por completo o assunto. Sendo assim, falar de responsabilidade social na microempresa ou empresa de pequeno porte no Brasil se faz oportuno. Hoje, a cada 100 empresas, 98 são micro ou pequenas e juntas elas empregam mais da metade de toda a mão de obra do país (SEBRAE, 2002).
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