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PROJETO INTERDISCIPLINAR III: ADEQUAÇÃO DOS PROCESSOS GERENCIAIS AO PARADIGMA DO TRABALHO DECENTE E DA GESTÃO DA DIVERSIDADE

Por:   •  9/10/2018  •  Projeto de pesquisa  •  3.646 Palavras (15 Páginas)  •  588 Visualizações

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Resumo

O objetivo do projeto é compreender os conceitos do trabalho decente e de gestão da diversidade por meio da análise do impacto da discriminação no ambiente de trabalho, da dimensão de responsabilidade social empresarial na gestão da diversidade e do desenvolvimento sustentável, bem como, da análise do desempenho que se adquire com o trabalho decente, tendo em vista as estratégias de gestão orientadas por esse conceito. Sendo assim, utilizou-se o método de pesquisa exploratório-descritiva por meio de um estudo de caso envolvendo a empresa Make Bella. Verificou-se com esta pesquisa que o trabalho decente, a gestão da diversidade e o desenvolvimento sustentável são essenciais para o aumento do motivacional dos funcionários, o combate contra a desigualdade e o racismo no ambiente de trabalho, bem como, a redução de custos operacionais, respectivamente. Sendo assim, destaca-se que o trabalho decente e a gestão da diversidade promoverem um bom desempenho para as empresas, pois garantem um bom clima organizacional que é responsável por gerar criatividade e inovação que têm grande impacto no desempenho econômico das organizações. Portanto, destaca-se que a responsabilidade social empresarial como nova forma de gestão é uma vantagem competitiva para as empresas garantirem seu sucesso no mercado, o que é evidenciado pelo aumento do faturamento, aumento do lucro e redução de custos e despesas para a empresa Make Bella em um período de crise econômica.

Palavras-chave: Trabalho. Diversidade. Responsabilidade Social.

1. INTRODUÇÃO

Atualmente, muito se tem falado sobre Responsabilidade Social Empresarial (RSE), pois é um assunto que envolve os colaboradores das empresas, mas diz respeito à redução dos impactos negativos do negócio na sociedade e no meio ambiente. Segundo o Instituto Ethos (2006), as empresas são como seres vivos e sociais, pois vivem como sociedade estabelecendo relações umas com as outras para fazer seus negócios, portanto destaca-se que as organizações devem se preocupar com a sua imagem e com os impactos que geram na sociedade. Logo, este assunto deve ser entendido como uma nova forma de gestão, conforme é destacado:

"A responsabilidade social empresarial é a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente da empresa com todos os públicos com os quais ela se relaciona e pelo o estabelecimento de metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais para gerações futuras, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais." (Instituto Ethos, 2006:05)

Chama-se de novo modelo de gestão, porque a aplicação do RSE requer uma administração que tenha foco no trabalho decente, na gestão da diversidade e no desenvolvimento sustentável, ao invés de estar com o foco somente em lucros e resultados de processos empresariais. Para isso, conforme destacado pelo Instituto Ethos (2003), a responsabilidade social empresarial é composta pelas seguintes diretrizes:

1. Adoção de valores e trabalho com transparência;

2. Valorização de empregados e colaboradores;

3. Desenvolvimento sustentável;

4. Envolvimento de parceiros e fornecedores;

5. Proteção a clientes e consumidores;

6. Promover o bem da comunidade;

7. Comprometer-se com o bem comum.

Em resumo, pode-se afirmar que a nova forma de gestão que adere ao RSE tem como pilares: o trabalho decente, a gestão da diversidade e o desenvolvimento sustentável além de estar alicerçado sobre a ética empresarial.

Em primeiro lugar, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), trabalho decente é um “trabalho adequadamente remunerado, exercido em condições de liberdade, equidade e segurança, capaz de garantir uma vida digna” (OIT, 2018).

Este conceito formalizado em 1999 é necessário para as empresas, pois visa promover um trabalho produtivo e de qualidade, com o foco na redução das desigualdades sociais e na garantia da governabilidade democrática.

Já, a gestão da diversidade tem o foco de buscar na diversidade uma vantagem competitiva, com a finalidade de promover uma integração organizacional que garanta a identidade e coesão do negócio da empresa, porém respeitando os diferentes grupos presentes na organização. Logo, esta nova mentalidade da administração busca criar um ambiente de trabalho que envolva indivíduos de diferentes idades, gêneros, etnias, religiões e culturas, com a finalidade de promover a troca de conhecimento e o crescimento tanto pessoal quanto empresarial. Tal forma de gestão é vantajosa para as empresas e para a sociedade, porque promove a interação entre os diferentes indivíduos quebrando as barreiras impostas por preconceitos e promovendo a união entre as pessoas que é tão requerido para o bem de um mundo globalizado.

Por fim, o desenvolvimento sustentável é de extrema importância para os negócios, porque segundo o SEBRAE (2013) “a inovação e a sustentabilidade são os dois pilares para a gestão das empresas até 2022”. Segundo o relatório de Brundtland (1987) “sustentabilidade é suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas”. Então, para se promover a sustentabilidade são necessárias as organizações adotarem tecnologias limpas nos seus produtos e processos, visando à redução de poluentes que degradam o meio ambiente.

Logo, tendo em vista esses três pilares do RSE: trabalho decente, gestão da diversidade e desenvolvimento sustentável, percebe-se que o alicerce dessa nova mentalidade de negócios é a ética empresarial, uma vez que visa promover o bem social e ambiental. Sendo assim, é observável que a prática do novo modelo de negócio é rentável, pois está pautado na ética que segundo Chiavenato (2008) “gera resultados positivos na organização, como aumento da produtividade, com o bem-estar do funcionário, saúde organizacional e minimização da regulamentação governamental”, bem como, maior aceitabilidade e promoção da imagem da empresa diante da sociedade.

Enfim, destaca-se que a responsabilidade social empresarial é fundamental

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