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PSICOLOGIA PARA ADMINISTRADORES – FIORELLI

Por:   •  3/3/2017  •  Artigo  •  4.219 Palavras (17 Páginas)  •  604 Visualizações

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PSICOLOGIA PARA ADMINISTRADORES – FIORELLI

Motivação, percepção e comunicação

Um treinamento especializado com base em técnicas comportamentais e cognitivas possibilita ao atendente desenvolver comportamentos bastante eficazes para dar conta dessas situações, com benefícios para ele e para os clientes.

As Organizações saem beneficiadas: reduzem-se o absenteísmo, a rotatividade do quadro e o tempo médio de ocupação dos circuitos, modificações radicais nas tarefas constituem motivos freqüentes de prejuízos emocionais graves, exigindo trabalhos preventivos.

O Homem busca a auto-realização O conceito principal na teoria de Abraham Maslow (EUA, 1908 -1 9 7 0 ) é o da auto-realização, que consiste no pleno uso e exploração de talentos, capacidades e potencialidades do indivíduo.

Segundo Maslow, o indivíduo, atingindo esse nível, desenvolverá saúde física e mental, com produtividade e satisfação. A filosofia em que se fundamenta a obra de Maslow ba seia-se em dois pontos fundamentais: a. O homem tem uma natureza superior que é instintiva.

b. Esta natureza humana tem uma característica profundamente holística” (Campos, 1992:150).

Acreditava que, assim, poderia explorar os limites da potencialidade humana e compreender melhor a saúde e a maturidade psicológica. Para Maslow, “a insatisfação é um estado natural do ser humano” (p. 131), que justifica a constante necessidade de realizar, característica de pessoas saudáveis. Essas pessoas seriam orientadas “por valores intrínsecos, não pela busca de objetos desejados” (Hall, Lindzey e Campbell, 2000:359) e teriam, entre outras, as seguintes características (p. 362):

• aceitação de si mesmos, das outras pessoas e do mundo natural tal como são;

• espontaneidade;

• capacidade de concentrar-se nos problemas;

• orientação para a realidade;

• inconformismo com a cultura vigente;

• senso de humor filosófico, não hostil;

• isenção de preconceitos;

• identificação com a humanidade etc.

Olhar da administração de empresas

Estabelecer formas que viabilizem, a cada profissional, dar vazão a sua necessi dade de atuar.

Caso 11

Administradores de órgãos públicos conhecem o suplício de manter paralisadas as equipes de projeto e de implantação de obras e serviços, aguardando a aprovação do Orçamento e sabendo que os impedimentos, em geral, são meros procedimentos burocráticos ou resultam de manobras políticas. Esse tipo de situação provoca muitas vezes sérios transtornos de ordem física e emocional nos profissionais afetados.

Algumas percepções de Maslow sobre o pensamento e o comportamento humanos merecem profunda reflexão, por sua atualidade e conteúdo filosófico sob a óptica da Gestão de Pessoas (Fadiman e Frager, 1986:266-274):

• um sentido de identidade, carreira meritória e compromisso com valo res são tão essenciais ao bem-estar psicológico quanto a segurança, o amor e a auto-estima. Uma Organização deve ter v a lo r e s comuns;

• em lugar de se esperar o fim das reclamações, deve-se trabalhar para que as pessoas progridam para níveis mais elevados de reclamações.

Caso 12

O Ombudsman de uma Organização apresentou, em reunião gerencial, relatório que mostrava que a maior queixa dos profissionais referia-se à falta de vagas no estacionamento. Ao reclamar da falta de vagas no estacionamento, os profissionais sinaliza vam a extrema deterioração nas relações com a Organização. O que menos se encontrava em questão era o estacionamento! À medida que se rebaixa o nível de compreensão das dificuldades, a situação cronifica-se em patamares cada vez mais inferiores. A redução do nível de aspirações ocasiona prejuízos flagrantes para a Organização. “Pesquisas de clima” conduzidas de forma amadorística podem revelar apenas as manifestações superficiais de aspirações e queixas, permanecendo ocultas as verdadeiras causas das dificuldades. As pessoas, com surpreendente facilidade, concentram-se no imediato porque não vislumbram a extensão e a origem dos problemas, ou porque elas mesmas perdem a percepção de suas reais necessidades.

• Hábitos pobres inibem o crescimento. A falta de debate construtivo constitui a causa raiz das maiores dificuldades que os trabalhadores enfrentam.

O Psicólogo Organizacional pode contribuir para identificar, selecionar e desenvolver indivíduos com potencial de mediar relações.

Caso 13

Um analista de negócios desenvolveu a crença de que o trabalho do Psicólogo não passava de mero charlatanismo. Após grave problema conjugal, incentivado por um amigo, decidiu utilizar apoio psicoterápico. Dois meses após o início da psicoterapia, o analista revelou haver mudado completamente de opinião, em decorrência das transformações que ele conseguiu operar em seus comportamentos. Uma crença desprovida de fundamentação, contudo, fez com que ele prote lasse uma intervenção que deveria ter sido feita há muito tempo. Isso, que acon tece no plano individual, também ocorre nas percepções de muitos Administradores, com respeito às possibilidades de atuação do Psicólogo na Organização. Do ponto de vista cognitivo, tudo se passa como se as pessoas utilizassem es quemas rígidos de pensamento, ativados por eventos capazes de afetar emocionalmente o indivíduo. Tais eventos “disparam” esses esquemas de pensamento, que funcionam como se fossem caminhos predefinidos, por meio dos quais o indivíduo trafega sem conseguir experimentar outras estradas.

Assim se manifesta o lado negativo dos esquemas rígidos de pensamento, na forma de pensamentos automáticos disfuncionais, que distorcem a realidade, provocam ansiedade e acabam por se constituir em obstáculos à vida social e profissional. Essa pessoa desenvolveu um esquema rígido de pensamento em torno do assunto, a tal ponto que não con segue beneficiar-se de uma série de vantagens inerentes à sua nova condição. A medida que o comportamento do indivíduo resulta da ativação desses es quemas de pensamento, alterá-los ou reformulá-los possibilita à pessoa:

• identificar novas possibilidades de ação;

• dar novas interpretações a fatos e dados;

• desenvolver novas formas de tratar e resolver problemas;

• modificar, alterar e expandir sua percepção dos fenômenos.

A emoção que um tema religioso des perta no aluno provoca distorção da percepção, a ponto de acionar um esquema de controle extremamente poderoso. Isso o conduz a um comportamento de evitar o assunto que lhe provoca ansiedade, chegando à perda do autocontrole. Verifica-se, pois, amplo campo para trabalho do Psicólogo Organizacional na identificação das crenças dominantes e dos esquemas subjacentes, com o objetivo de formular estratégias para mantê-los, fortalecê-los ou alterá-los.

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