Plano de negócios

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo demonstrar a importância da Gestão de Estoque em uma empresa de bebidas que busca constante melhoria no seu nível de serviço, visando acuracidade e controle de seu estoque, e à redução de custos.

Mesmo provida de recursos e tecnologia, nos anos de 2010 e 2011, a empresa sofria com os altos custos do seu estoque, principalmente por perdas e inventários, sendo uma das piores franquias neste quesito. A busca emergencial para reduzir estes custos e, por uma melhor posição neste ranking, a empresa passou por varias mudanças de métodos e conceitos, que a colocou entre as melhores franquias com melhor resultado de perdas e de inventário – encabeçando este ranking nos anos de 2013 e 2014. A empresa tem sido benckmarketing para outras franquias, pelos resultados obtidos e, por sua metodologia de gerir o estoque, com o mais elevado nível de controle sobre os processos operacionais e atendimento a seus clientes, tanto externos como internos.

1. INTRODUÇÃO

A instabilidade e imprevisibilidade do atual cenário econômico tem causado apreensão e deixado empresários e investidores ainda mais cautelosos. Diante de uma economia titubeante, não só as grandes empresas, mas também as médias e micro empresas estão exaustivamente em busca de recursos para se manterem de pé diante das condições apresentadas neste cenário. Nas indústrias de refrigerantes, isto é bem visível, pois já se aponta uma retração neste segmento pelo reajuste de preço - reflexo do reajuste dos impostos promovidos pelo governo - e também pelo amadurecimento do mercado, somado à tendência dos consumidores substituir a bebida por opções com menos açúcar e sódio.

 Portanto, qualquer diferencial hoje é decisivo para se manter na frente de seus concorrentes, fidelizar seus clientes e conseguir novas aquisições. Um diferencial, por exemplo, é uma gestão de estoque eficiente. Trabalhar com estoque se torna cada vez mais inevitável, pois é muito difícil de prever e determinar a demanda de seus produtos e/ou serviços. Desta forma, a gestão de estoque e suas ferramentas podem auxiliar as empresas que tem dificuldade sobre seus estoques, para que evitem falhas nas entregas, ou que seus produtos se tornem impróprios para consumo e obsoletos.

1. PROBLEMA

A gestão de estoque e sua administração assume um papel crucial na estratégia competitiva da empresa. A gestão eficiente dos estoques permite que uma empresa execute suas operações sem problemas, com continuidade, atendendo sua demanda e reduzindo seu custo.  Segundo (CHOPRA; MEINDL, 2002, p.50) um grande estoque, no entanto, aumentará os custos do varejista, tornando-o, dessa maneira, menos eficiente. A redução de seu estoque fará com que o varejista seja mais eficiente, mas comprometerá sua responsividade.

Mediante a esta circunstancias, é necessário um controle eficiente sobre o estoque, pois se aumentam as perdas, danos, extravios, itens em obsolescência, gerando altos custos e inibindo receitas da organização. Por outro lado, falta de estoque também traz consequências negativas para o negocio. Falta de produtos geram custos adicionais como horas extras para produção de itens faltantes, as compras urgentes custam mais caro, assim como contratação de fretes exclusivos para redução do prazo de entrega, a empresa perde vendas e consequentemente, clientes.  Existem varias ferramentas que amparam as empresas para gerir os estoques, mas se não forem bem administradas, compromete todo fluxo da cadeia de suprimentos, fluxo de caixa e a rentabilidade do negocio.

4        FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

Estoque é um conceito possivelmente claro para todos, basicamente, acumulo de materiais. Presente na maioria das empresas, o objetivo fundamental dos estoques é não deixar faltar produtos ou material, entretanto, evitando a elevada mobilização dos recursos financeiros que são causadas pelos mesmos. Segundo (Ballou, 2006, p.271) estoques são ajuntamentos de matérias-primas, componentes, materiais em processo e produtos acabados que surgem em numerosos pontos do canal de produção e logísticas das empresas. [...] armazéns, almoxarifados, centro de distribuição, pátios, chão de fabricas, equipamentos de transporte e em redes de varejo.

Para (Moreira, 1993, p.463) define que os estoques são quaisquer quantidades de bens físicos que sejam conservados, de forma improdutiva, por algum intervalo de tempo; constituem estoques tanto os produtos acabados que aguardam venda ou despacho, como matérias-primas e componentes que aguardam utilização na produção.

Existem varias finalidades para a existência dos estoques, que segundo (Bowersox, et al., 2014, p.160) o estoque comprometido com apoio a vendas futuras impulsiona diversas atividades antecipatórias da cadeia de suprimentos. Sem a quantidade adequada de estoque, podem ocorrer a perda de vendas e a insatisfação do cliente.

Já para (Ballou, 2012, p.204-205), os estoques servem para uma series de finalidades:

• Melhoram o nível de serviço;
• Incentivam economias na produção;
• Permitem economias de escala nas compras e no transporte;
• Agem como proteção contra aumento de preços;
• Protegem as empresas nas incertezas na demanda e no tempo e ressuprimento; e;
• Servem como segurança contra contingências.

Como pode ser observado, existem varias finalidades para a existência dos estoques, mas deve-se destacar que administrar os estoques hoje se torna uma tarefa extremamente exaustiva e complexa. Existem varias situações que colaboram com essa complexidade, que para (Vieira, 2009, p.179) podem ser citadas: produtos com processos de customização elevados; produtos com ciclo de vida curto, ou seja, rapidamente se tornam obsoletos; a grande diversificação commoditização dos produtos; grandes flutuações de demanda, etc.