Programa de Pós-graduação em Administração Mestrado Acadêmico em Administração

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Universidade Estadual do Ceará

Centro de Estudos Sociais Aplicados

Programa de Pós-graduação em Administração

Mestrado Acadêmico em Administração

Disciplina de Métodos Qualitativos- Prof. Ana Batista

Resumo Capítulo 8: Grounded Theory

Arthur Giló Santiago

        A leitura do capítulo 8 do Livro do Livro “Pesquisa Qualitativa em Estudos Organizacionais: Paradigmas, estratégias e métodos”, da autora Cristiane Godoi (2006), permitiu ampliar o nosso entendimento a respeito do tema da aula. Grounded Theory (GT) é uma teoria que nasce dos dados coletados no campo, a partir dos processos de observação-reflexão iniciada no campo prático. Aprendemos com a leitura do texto um pouco sobre a origem desse método, o pensamento e os problemas que o fez emergir, suas características fundamentais e suas variantes.

        Para entender de forma sucinta, trago a metáfora da aspiral, muito bem resumida na cartilha de Renata Victoratti e Rogério Gomes Neto (Universidade de São Paulo). Uma espiral crescente é uma forma que representa alguma coisa que se movimenta continuamente e que, na medida em que vai se desenvolvendo, se amplia, tal qual uma pesquisa Grounded Theory.

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        A GT começa de um ponto de partida e cresce na medida em que o pesquisador tem acesso aos dados no campo e se amplia justamente neste movimento de contato e retorno. Uma espiral é, na teoria da matemática uma “curva plana gerada por um ponto móvel, que gira em torno de um ponto fixo, ao mesmo tempo que dele se afasta ou se aproxima segundo uma lei determinada”. Neste caso, o ponto móvel representa o pesquisador, que gira a partir de um ponto fixo (a área inicial a ser estudada) e que dele se aproxima, se fasta e retorna novamente de acordo com as necessidades encontradas a partir dos dados recolhidos e interpretados constantemente.

        O movimento de se aproximar e se afastar representam o processo de codificação. Há três tipos de codificação na GT: Inicial, Focalizada e Axial. A primeira é realizada nos primeiros momentos da coleta de dados da pesquisa, refere-se a uma etapa mais ampla e genérica, pois todos os materiais coletados servem como dados, o que torna possível navegar por várias direções teóricas, enunciadas nos dados coletados. Na focalizada o pesquisador utiliza os códigos já mapeados (da codificação inicial), fazendo uma rigorosa avaliação para selecionar os códigos iniciais mais significativos e/ou frequentes, que possibilitam uma melhor compreensão analítica para categorizar os dados de forma incisiva e completa. Enquanto que a Axial é o momento de recompor dados e dar coerência à análise emergente, apontando suas dimensões e propriedades dentro de um contexto, possibilitando explicações mais precisas que respondem ao fenômeno com questões do tipo: quando, onde, por quê, quem, como e com quais consequências, para escrever a experiência estudada de um modo mais completo.

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        Uma vez estudado previamente um pouco sobre a Grounded Theory, foi passado aos alunos uma espécie de formulário sobre o assunto para ser respondido em um intervalo de tempo corresponde ao intervalo da aula presencial. Gostei bastante dessa abordagem. Para nós, alunos, esse tipo de método traz uma similaridade com a dinâmica de uma aula presencial.

        As perguntas giravam sobre os conceitos e características sobre a teoria, mas também trazia atividades de pesquisas e atividades de interpretações de pesquisas. Os alunos pesquisaram artigos científicos que tinham como o tema o uso, aplicação ou análise da Grounded Theory no campo da Administração. Ao final do término da atividade, cada estudante ganhou um retorno da professora, contendo os erros e acertos do que foi respondido no formulário, e, individualmente, cada um pôde corrigir as suas percepções sobre o assunto tratado.