Prointer II
Por: Maitê Mantovani • 2/11/2015 • Trabalho acadêmico • 9.178 Palavras (37 Páginas) • 601 Visualizações
Projeto Experimental de Viabilidade para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) na empresa Automais – Veículos, Transportes e Turismo Ltda., do segmento Automotivo.
Relatório Parcial
Caxias do Sul-RS 2015
Relatório Parcial
Relatório parcial apresentado no Projeto Interdisciplinar do Curso de Tecnologia em Gestão Comercial na Faculdade Anhanguera, sob a orientação da professora Tutora EAD MICHEL MOLON.
CAXIAS DO SUL/RS 2015
Apresentação
Propomos a elaboração deste projeto com o objetivo de mostrar a viabilidade, assim como a importância, da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) dentro de uma empresa, independentemente de seu ramo de negócio e de seu porte, e, ainda, propor melhorias nas práticas de gestão empregadas pela empresa escolhida, no caso, a AUTOMAIS – Veículos, Transportes e Turismo Ltda., uma empresa de serviços automotivos e turismo, que tem sede na cidade de Taguatinga, Distrito Federal.
Para tanto, foram realizadas pesquisas descritivas para garantir o êxito de sua implantação, tendo em vista a importância que o tema Gestão Ambiental tem alcançado dentro da sociedade e das organizações empresariais.
Além disso, foram levantadas, também, as práticas existentes de potencial perigoso ao meio ambiente, com a finalidade de contrapor os benefícios trazidos com a implantação de um SGA e a consequente adequação da empresa à norma ISO 14001, visando a diminuição dos impactos causados ao meio ambiente (biótico, abiótico e antrópico), por aquelas práticas, decorrentes da exploração da atividade empresarial.
Por fim, além de mostrarmos os benefícios e enfatizar a importância dos SGA’s, garantindo sua implantação, constatamos, felizes, que a preocupação com o meio ambiente está cada vez mais evidente nas organizações empresariais e, em razão, disso há uma maior adesão por parte das empresas a mecanismos que diminuem os impactos causados ao meio ambiente, tendo como instrumento as implantações dos SGA’s, apesar de identificarmos, também, resistências pontuais a mudanças, por parte de empregados, com pouco comprometimento destes, além de escassez de recursos financeiros e qualificação de envolvidos.
Sumário
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP 2
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM 2
GESTÃO COMERCIAL 2
2º Semestre/2015 1
Projeto Experimental de Viabilidade para a implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) na empresa Autoras – Veículos, Transportes e Turismo Ltda., do segmento Automotivo. 1
Relatório Parcial 1
CAXIAS DO SUL/RS 2015 1
Relatório Parcial 2
CAXIAS DO SUL/RS 2015 2
I. Introdução
A partir de diversos fatos que ocorreram, em diversas partes do mundo, como o acidente nuclear de Chernobyl, na União Soviética e o do ferro velho, em Goiânia, causando danos ao meio ambiente e mobilizando a sociedade quanto a questões voltadas a preocupações ecológicas, o que levou a uma posição de destaque na agenda dos líderes das organizações, primordialmente em função das crescentes pressões exercidas por vários segmentos da sociedade, vimos hoje várias organizações empresariais implantarem sistemas de gerenciamento ambiental com o propósito de melhorarem a imagem e a competitividade no mercado. Outro fator relaciona-se com o crescente rigor da legislação ambiental, cidadãos e investidores ambientalmente mais conscientes, consumidores mais exigentes e a concorrência. (DONAIRE, 1995).
Neste PROINTER II – Projeto Interdisciplinar Aplicado aos Cursos Superiores de Tecnologia II (PROINTER II_2015/2), demonstraremos a viabilidade de implantação de um projeto experimental para a Implantação de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA), com base no uso de técnicas e metodologias aprendidas no curso de Tecnologia em Gestão Comercial, por meio das disciplinas norteadoras: Direito Empresarial, Processos Gerenciais, Responsabilidade Social e Meio Ambiente e Tecnologias de Gestão. Para este propósito, escolhemos a empresa AUTOMAIS – Veículos, Transportes e Turismo Ltda., CNPJ/MF nº. 02.661.163/0001-40, com sede na cidade de Taguatinga, Distrito Federal, e que atua como locadora de veículos, serviços automotivos e turismo.
No desenvolvimento do trabalho percebemos que, como produto de mudanças comportamentais da própria sociedade em relação à preocupação com questões relacionadas ao meio ambiente, como já falado acima, as empresas têm incorporado às suas ações práticas de gestão ambiental.
Dentre tais iniciativas encontra-se a reciclagem de materiais como alternativa para que as empresas logrem, simultaneamente, a minimização de impactos ambientais e, consequentemente, a preservação do meio ambiente e a redução de custos e desperdícios, de forma a conciliar ações com potencial de benefícios à imagem institucional com aquelas que lhe conferem maior competitividade no mercado.
Este projeto tem como objetivo principal levantar indícios de que um Sistema de Gestão Ambiental, com suas práticas de preservação do meio ambiente, pode contribuir para tornar a empresa mais competitiva. Neste contexto, optamos por estudar o caso da AUTOMAIS, que atua no segmente automotivo, a fim de estabelecer uma rotina para o descarte correto de materiais que causam danos ao meio ambiente, como óleos, graxas, pneus velhos, cartuchos de tinta, dentre outros, além de rotinas de uso racional dos recursos disponíveis, como papel, energia elétrica, água, dentre outros.
Este trabalho apresenta uma descrição do processo de implantação de SGA e a percepção dos gestores e colaboradores para tratar da relação competitividade – meio ambiente.
Acreditamos na proposta do Projeto por entendermos que este é o caminho a ser percorrido por organizações empresariais que buscam o sucesso, ou pretendem se manter nele, preservando a boa imagem da empresa.
II. Levantamento de Campo / Situação Pesquisada / Consolidação
Breve Histórico
A empresa AUTOMAIS – Veículos, Transportes e Turismo Ltda. iniciou suas operações em 2010, tendo como embrião um lava a jato (estabelecimento para se lavar carros utilizando um objeto que provoca a saída impetuosa de água). Em razão dos poucos recursos, a empresa iniciou suas operações apenas com lavagem de carros progredindo para centro automotivo, com vários serviços de reparação e manutenção automotiva, até que, no final de 2011, a empresa promoveu uma alteração contratual, incluindo em seu objeto a locação de veículos e serviços turísticos. Em razão desse alcance, imaginado desde a concepção da empresa, foi que o proprietário escolheu o nome AUTOMAIS, uma alusão ao alcance que se pretendia, com a prestação de serviços nesse segmento. Foi assim que o senhor Willen Thiago Campos de Jesus, sócio fundador da empresa, justificou a escolha do nome. Jovem, apaixonado por automóvel e estudante de mecatrônica da UnB à época, o jovem resolveu iniciar o empreendimento por incentivo de amigos e familiares. Colocou como sócia sua mãe, Nilva Paula Campos de Jesus, apenas para constar no contrato social, pois todo o negócio seria gerido por ele.
A empresa conta hoje com nove funcionários, funcionando em um galpão de290 m2, onde tem dois escritórios, sala de espera, além de banheiros, cozinha e uma almoxarifado.
São sócios componentes da sociedade empresária limitada, denominada AUTOMAIS, os abaixo qualificados:
WILLEN THIAGO CAMPOS DE JESUS, brasileiro, solteiro, empresário, natural de Brasília - DF, nascido aos 03 de Janeiro de 1992, filho de Edmilson de Jesus e Nilva Paula Campos de Jesus, residente e domiciliado à Quadra 204, Lote 09, Bloco A, Apartamento 604, Residencial Millenium, Águas Claras, Distrito Federal, CEP 71.939-540, portador da Cédula de Identidade nº 2.963.455, expedida pela SSP/DF e inscrito no CPF/MF 037.098. 141 -38.
NILVA PAULA CAMPOS DE JESUS, brasileira, casada em comunhão parcial de bens, empresária, natural de Planaltina - GO, nascida em 30 de Julho de 1967, portadora da Cédula de ldentidade/RG nº 923.881, expedida pela SSP/DF, em 30 de Maio 1977 e CPF nº 343.972.721 -15, residente e domiciliada à Quadra 204, Lote 09, Bloco A, Apartamento 604, Residencial Millenium, Águas
Pontos Fortes e Fracos da Organização
A decisão de expandir os negócios para locação de veículos se deu a partir de estudos da demanda para esse Setor, conforme demonstrado a seguir:
Os resultados da proporção de domicílios com viajantes (razão principal da demanda crescente por serviços de locação de veículos), por tipo de viagem: Internacionais (4,3%); Rotineiras (7,0%); e Domésticas propriamente ditas (44,0%). Naturalmente, a proporção de domicílios com viajantes da população brasileira pesquisada é dada pela soma das proporções de cada tipo de destino, descontada a parcela de intersecção, para evitar dupla contagem de indivíduos (não de viagens), o que equivale a 48,5% (Quadro 1).
Quadro 1 – Proporção de Domicílios Urbanos com Viajantes: Tipos de Viagem e Total (em %)
Tipo de Viagem
( % )
Privado
Doméstica
44,0
-95%
Rotineira
7,0
-45%
Internacional
4,3
-35%
Realizou pelo menos 1 desses tipos de viagem
48,5
-85%
Fonte: Turismo em Números, Páginas 60/61, Edição 90
As proporções de domicílios com viajantes, calculadas em nível dos domicílios da população urbana brasileira, permitem inferir que:
Em cada 100 domicílios tem-se que em 44,02 deles pelo menos 1 de seus residentes realizou, pelo menos, 1 viagem doméstica em 2008;
Em cada 100 domicílios tem-se que em 7,0 deles pelo menos 1 de seus residentes realizou viagens Rotineiras em 2008;
Em cada 100 domicílios tem-se que em 4,3 deles pelo menos 1 de seus residentes realizou, pelo menos, 1 viagem Internacional em 2008;
Em cada 100 domicílios tem-se que em 48,5 deles pelo menos 1 de seus residentes realizou, pelo menos, 1 desses tipos de viagem em 2008.
Por classe de Renda, nota-se que a proporção de domicílios com viajantes, para qualquer que seja o Tipo de viagem, cresce com a renda. De fato, a proporção de domicílios com pelo menos 1 de seus residentes que realizou pelo menos 1 viagem, de qualquer tipo, evolui de 39,2% na menor classe de renda para até 78,0% na última classe.
Constatamos que, apesar de já existir no mercado estadual grandes locadoras, inclusive de atuação nacional como a LOCALIZA, HERTZ, entre outras, em nossa cidade, mais precisamente em Taguatinga, onde está localizado o polo de apoio presencial Anhanguera, há poucas locadoras voltadas para o mercado local, que com a melhoria dos índices econômicos do país, têm demandado cada vez mais por serviços de locação de veículos, pois estudos já demonstram que fica mais barato alugar um veículo, ou pegar um táxi, para ir ao trabalho, por exemplo, que tirar o próprio carro da garagem para pequenos percursos. Ficou demonstrado que, no caso do aluguel do veículo ou do uso do táxi, não há gastos com manutenção, combustível, pneus e outros que, necessários, mais cedo ou mais tarde se desembolsa.
Esta é, sem dúvida, mais uma das causas do aumento de demanda constatadas nesse segmento empresarial.
Há, ainda, em razão dos vários indicativos positivos de nossa economia, uma verdadeira invasão de cidadãos de outros países, em especial, da Europa, onde há tempos a economia está em crise. Achamos que por ser comum, nesses países, os cidadãos se utilizarem desse tipo de serviço (locação de veículos e uso de táxis), é natural que ao chegar aqui, estes sejam potenciais clientes desse segmento, além da já existente demanda interna. Acrescente-se a isso o fato de o país estar sediando grandes eventos esportivos nos próximos dois anos (copa das confederações, copa do mundo, olimpíadas e jogos paraolímpicos), o que faz com que haja, naturalmente, um aumento substancial da procura por transportes de passageiros, dentre esses, a locação de veículos, inclusive pelo setor público.
Em relação ao mercado local, percebemos que, apesar dessa percepção do aumento da demanda, não há grandes movimentações no setor (aparecimento de novas empresas), por isso a decisão do jovem empreendedor pela prestação de serviços de locação de veículos ou frotas para pessoas físicas e jurídicas, com possíveis participações em licitações que visem a contratação de empresa para terceirização de frotas, de empresas do segmento da telefonia, TV a cabo, seguradoras, e outras que necessitem de veículos para visitas e serviços diversos.
“Desta forma - justifica o jovem empreendedor - estaremos estabelecendo maneiras diferenciadas no segmento de locação de veículos e, assim, consolidando o nome e a expansão de nossa empresa”.
A seu favor, o jovem empreendedor aponta os pontos fortes de sua proposta de serviço, tendo como principal diferencial, o atendimento personalizado (levar o carro ao cliente, pegar onde ele deixar, fazendo-o se sentir especial) e de alta qualidade. Sua percepção do mercado lhe permite, segundo ele, afirmar que os serviços serão confiáveis, com a flexibilidade que o cliente exige e eficiência esperada.Será feito um constante e permanente investimento em conhecimento e tecnologia, para garantir a segurança e total qualidade de serviços propostos.
Sua equipe é composta por profissionais capacitados, que proporcionarão ao cliente um atendimento rápido, eficiente e de qualidade. Em razão dos investimentos em tecnologia e treinamento de pessoal, esse objetivo, de atendimento rápido (cadastro será rápido e sem burocracia para locação de automóveis), será atingido, acredita ele. Em seu negócio, o cliente é convidado a conhecer os donos da empresa, responsáveis pela política de preços agressiva e mais acessível, conseguida através de um controle rígido dos custos, para que ele saiba que ele, cliente, é o foco e que tudo é feito para sua completa satisfação. Além dos clientes convencionais (pessoas físicas), foram apontados outros clientes potenciais nos quais a empresa se sustenta para garantir seu espaço no mercado: o segmento de licitações públicas e de empresas prestadoras de serviços e atendimento em massa, tais como telefônicas, companhias de eletricidade e afins, que abrem concorrência para terceirização de frotas para tal atendimento
Outras vantagens competitivas da empresa: adoção de uma política de preços competitivos, qualidade superior em relação aos concorrentes diretos, e um investimento em marketing visando o público alvo, além da receptividade à proposta de implantação de um SGA e total comprometimento à essa proposta.
Há, porém, pontos que merecem total e constante atenção do jovem empreendedor, pois representam ameaça às pretensões de sucesso de seu negócio, que são as grandes locadoras que dominam o mercado, como LOCALIZA, HERTZ, QUALITY e ROSÁRIO, dentre outras, que vêm os novos empreendimentos nessa área como ameaça ao domínio que exercem, especialmente na área governamental, e, por isso, são extremamente agressivos em seus contra-ataques, inclusive fazendo gestão junto às montadoras, de quem são grandes clientes, para que estas não forneçam veículos a preços de frota (são mais baratos) a esses novos empreendedores, diminuindo, assim, o “poder de fogo” desses novos negócios.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA)
Podemos afirmar que a empresa que se utiliza da pratica de gestão ambiental pode atingir a sua grande vantagem competitiva pois hoje, num mercado globalizado, competitivo e de constantes mudanças, os consumidores estão cada vez mais exigentes e na hora de escolher uma empresa para aquisição de produtos ou serviços, são simpáticas àquelas que têm boas práticas sociais, principalmente com relação a este tema que ocupa cada vez mais espaço no cotidiano das pessoas.
A gestão ambiental auxilia as organizações a integrar o cuidado ambiental de forma sistemática das suas operações. Sendo assim, podemos definir um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) como sendo uma estrutura organizacional que permite à empresa avaliar e controlar os impactos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços.
Segundo definição da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, um SGA “é a parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental” (ABNT, 1996, p. 5).
São seis os elementos importantes de um SGA:
Política ambiental, na qual a empresa estabelece suas metas e compromissos com seu desempenho ambiental;
Planejamento, no qual a empresa analisa o impacto ambiental de suas atividades;
Implementação e operação, que são desenvolvimento e a execução de ações para atingir as metas e os objetivos ambientais.
Monitoramento e correção das ações, que implica o monitoramento e a utilização de indicadores que asseguram que as metas e objetivos estão sendo atingidos;
Revisão gerencial, na qual o SGA é revisado pelo comando superior da empresa, a fim de assegurar sua probabilidade, adequação e efetividade;
Melhoria contínua. Ao implementar um como forma de gerenciamento de suas atividades organizacionais, a empresa deve se lembrar que o compromisso passa a ser permanente, pois exige uma mudança definitiva da antiga cultura e das velhas práticas. Para tanto, é imprescindível a busca da melhoria contínua, princípio fundamental de um SGA.
A ISO 14001
A ISO 14001 é uma norma internacionalmente aceita que define os requisitos para estabelecer e operar um Sistema de Gestão Ambiental.
A norma brasileira NBR ISO 14001 - Requisitos com orientações para uso de Sistemas da gestão ambiental é idêntica às normas propostas pela ISO para serem adotadas em todos os Países membros e tem um efeito sistêmico interessante: ao enfocar a necessidade de adotar fornecedores certificados, cria-se um enlace de reforço positivo. Quanto mais empresas estiverem certificadas, mais empresas se verão obrigadas a se certificar, pois a exigência se replica a montante na rede de valor.
Empresas existentes no mercado, como produtoras de bens e de serviços estão, hoje, em grande evidência em relação à questão ambiental. As pressões exercidas pelas comunidades, ONGs e governos, têm forçado uma postura proativa na melhoria de seus processos produtivos, com geração de menor quantidade de resíduos e poluentes, para que menor seja o consumo de matérias-primas e energia. Além disso, o gerenciamento de um processo produtivo, por meio das ferramentas de um SGA possibilita ganhos de produtividade e qualidade, além da satisfação das pessoas envolvidas diretamente, pois esses aprendem que sempre é possível fazer melhor e percebem a evolução da qualidade de seus serviços. Atuar de maneira ambientalmente responsável é ainda, hoje, um diferencial entre empresas, que se destacam no competitivo mercado globalizado.
Situação pesquisada no levantamento de campo foi constatado que os diversos tipos de resíduos (filtro de ar, filtro de óleo, papel/papelão (contaminados), pano, trapos e estopas (contaminados), solo, borra e barro, oriundos da lavagem de veículos, não recebiam tratamento adequado e eram descartados sem a menor preocupação com os prejuízos que poderiam trazer ao meio ambiente.
Além desses, foi constatado, também, que resíduos provenientes de atividades administrativas, como cartuchos de tinta para impressora, já usados, papéis A4, copos descartáveis, dentre outros, não recebiam tratamento de reciclagem, gerando gastos e desperdícios, aumentando os custos de produção dos serviços.
A seguir, identificamos e elencamos os aspectos do empreendimento passíveis de gerar impactos ambientais:
Cartucho para impressora jato de tinta / Geração de Resíduos;
Cartuchos, tipo tonner / Geração de Resíduos/Contaminação do Solo;
Papel A4 e afins / Geração de Resíduo / Contaminação do solo;
Copo plástico / Geração de Resíduo / Contaminação do solo;
Lâmpadas/Geração de Resíduo/Contaminação do solo;
Vidros e plásticos (embalagens de alimentos, garrafas, copos, etc.) / Geração de Resíduo/Contaminação do solo e água;
Liberação de CO2 / Poluição do Ar (Efeito Estufa);
Tambores de Acondicionamento Geração de Resíduo/Contaminação do solo e água;
Água (usada para lavagem de veículos) / Esgotamento de Recursos Naturais / Contaminação do solo;
Sabão Biodegradável demais produtos químicos usados na lavagem dos veículos / Contaminação do Solo e do lençol freático;
Tambores de Acondicionamento/Geração de Resíduo/Contaminação do solo e água
Ainda, na fase de levantamento, restou comprovado que apesar da preocupação em obedecer às normas ambientais por parte dos gestores, os funcionários não estavam preparados para a nova fase da empresa, exigindo medidas concomitantes, ou antecedentes, à fase de implantação do SGA, como treinamento dos funcionários e reuniões de conscientização dos benefícios que o SGA trará para a organização.
III. Aspectos de Viabilidade para implantação do SGA
Apesar das constatações, há de se destacar aspectos relevantes para a implantação do SGA nessa empresa, que é a decisão e a motivação dos gestores e a disposição de todos os envolvidos no processo, diretoria e colaboradores, em colaborar para garantir o pleno êxito do SGA.
Além disso, há outros que garantem a viabilidade para a implantação do SGA, que são:
a) Viabilidade técnica:
- Tecnologia.
- Fonte de tecnologia.
- Matérias-primas.
- Infraestrutura e instalações.
- Localização.
- Habilidades.
- Custos.
b) Viabilidade administrativa e organizacional:
- Habilidades, competências, capacidades (a serem desenvolvidas), valores e motivações dos principais funcionários e da administração frente aos requisitos do projeto.
c) Viabilidade financeira:
- Custo do projeto.
- Lucratividade.
d) Comercial
-Práticas de marketing social.
IV. Conclusão
Ao concluir esta etapa (parcial) deste Projeto já nos sentimos motivados para a próxima, pois nasce um sentimento de fazer parte do empreendimento pelo vislumbre dos benefícios que a implantação desse SGA trará a todos, inclusive a nós, que influenciamos a decisão de mais uma organização empresarial de aderir a essa boa prática hodierna, que é a adoção de um SGA, e participamos de sua implantação. É um sentimento de dever cumprido e de pleno exercício da cidadania, pois ficamos com um sentimento de ter contribuído para o bem estar de todos em um mundo ambientalmente melhor.
Na próxima fase (final), abordaremos detalhes do levantamento de campo, como os questionários feitos com os funcionários, o plano de descarte correto dos resíduos, a descrição do processo de identificação dos aspectos ambientais e, finalmente, como ficará o novo processo produtivo da empresa, agora ambientalmente amigável.
V. Referências Bibliográficas:
JUNIOR, Viterbo Ênio. Sistema Integrado de Gestão Ambiental. São Paulo:
Aquariana, 1998.
DONAIRE, Denis. Gestão Ambiental na Empresa. 2ª Ed. – São Paulo: Atlas, 1999.
ABNT, acessada no link abaixo, em 30/11/2013
http://pt.scribd.com/doc/30905770/Abnt-Nbr-14004-Iso-Gestao-Ambiental
MANUAL DE ELABORAÇÃO DOS RELATÓRIOS: PARCIAL E FINAL, do PROINTER II, 2ª Série, Coordenação – Cursos Superiores de Tecnologia EaD, Caxias do Sul, 2015/2.
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